Para Al Gore e DiCaprio, ação
pelo clima não é questão de escolha.
por Leda Letra, da Rádio
ONU
Na Cimeira do Clima, ex-vice-presidente americano
fala sobre baixo custo da energia solar; já o ator e novo Mensageiro da Paz da
ONU afirma que o desastre do clima cresceu além das escolhas individuais.
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos discursou
esta terça-feira na Assembleia Geral da ONU, na abertura da Cimeira do Clima.
Para Al Gore, agir contra a mudança climática não deve ser considerada uma
questão de escolha entre economia e ambiente.
Ganhador do Nobel da Paz, Al Gore destacou que o
preço da energia solar já está diminuindo. Segundo o ativista, em 79 países,
este tipo de energia renovável chega a ser mais barato do que a eletricidade
comum.
Cidadania
Al Gore acredita que em seis anos, 80% da
população do planeta estará vivendo em regiões onde a energia limpa irá custar
o mesmo ou até menos do que a energia baseada em carbono.
O novo Mensageiro da Paz da ONU também participou
da abertura da Cimeira do Clima. O ator Leonardo DiCaprio se apresentou não
como um especialista na “crise do clima”, mas como um “cidadão preocupado”.
Proporções
Segundo DiCaprio, todas as semanas surgem
evidências dos efeitos do aquecimento global, como aumento das secas,
acidificação dos oceanos e derretimento das geleiras da Groenlândia “num nível
sem precedentes”.
Para o ator, não basta apenas pedir às pessoas
para trocar lâmpadas ou comprar carros híbridos. DiCaprio afirmou que “o
desastre cresceu além das escolhas feitas por indivíduos”.
O Mensageiro da Paz da ONU fez um apelo às
indústrias e aos governos de todo mundo para que tomem ação decisiva e em larga
escala. DiCaprio sugeriu um preço para as emissões de carbono e o fim dos
subsídios governamentais para todas as companhias de petróleo, carvão e gás.
Acordo
O ator acredita que ar limpo e um clima tolerável
são direitos humanos e resolver esta crise não é apenas questão de política,
mas de sobrevivência.
Também participam da Cimeira do Clima mais de 120
chefes de Estado e de governo. A proposta do secretário-geral Ban Ki-moon ao
criar o encontro é de alcançar vontade política para um acordo global sobre o
clima, que pode ser assinado no próximo ano em Paris. A medida busca fixar em
menos de 2° graus Celsius o limite de aumento da temperatura global.
Fonte: Rádio
ONU
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