Projeto comemora reintrodução de
cutias na floresta da Tijuca.
Projeto de reintrodução de cutias originárias do
Campo de Santana, centro do Rio, no Parque Nacional da Tijuca completa cinco
anos e celebra a reprodução desse animal. Foto Tomaz Silva/Agência Brasil.
O projeto de reintrodução de cutias originárias do
Campo de Santana, centro do Rio de Janeiro, no Parque Nacional da Tijuca
completa cinco anos e celebra a reprodução, nesse habitat, desse
animal da espécie de roedores, alguns já na terceira geração.
Chefe do parque, o biólogo Ernesto Viveiros
de Castro explicou que, após serem capturados no Campo de Santana, os animais
são examinados para atestar que estão saudáveis, passam por um período de
aclimatação e são soltos gradualmente. “Eles ficam em um cercado no parque,
onde recebem alimento e água durante o tempo de aclimatação. Depois, a gente
abre o cercado, mas continua com algum suplemento alimentar até que se adaptem
totalmente à liberdade”, ressaltou.
Castro observa que reinseri-las na natureza é
importante para reconstituir processos naturais em uma floresta. “A cutia tem
papel fundamental como dispersora de sementes. Como ela costuma enterrá-las
para uso posterior, desperta espécies que dependem desse procedimento para
permanecerem na área”, comentou o biólogo.
Desde 2009, foram soltos na floresta da Tijuca
aproximadamente 20 cutias e hoje já são cerca de 40. “A população cresce e se
reproduz. De fato, estamos estabelecendo uma população aqui”, disse Castro.
Acrescentou que a ideia é, ao mesmo tempo, reintroduzir mais animais e ampliar
a área.
Livres nas florestas, algumas espécies de cutias
recebem colares de radiofrequência. Elas também são monitorados por meio de
câmeras fotográficas. Conforme o chefe do parque, o bjetivo é criar uma população
viável no longo prazo. O número ideal ainda depende de estudos. Esses roedores
são de pequeno porte e vivem, em média, até cinco anos.
Responsável pelo projeto na Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a bióloga Alexandra Pires, do Departamento de
Ciências Ambientais do Instituto de Florestas, entende que a iniciativa deve
continuar, porque acabou gerando um projeto maior, que é a reintrodução
de fauna no Rio de Janeiro.
O próximo passo é a reinserção, a partir de 2015,
de bugios (tipo de macaco) no Parque Nacional da Tijuca. Posteriormente, o
trabalho será de reinclusão de antas em todo o estado do Rio de Janeiro,
principalmente no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, região serrana
fluminense.
Alexandra informou que os bugios serão
retirados de criadouros particulares, autorizados pelo Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e do Centro de Primatologia
do Rio de Janeiro.
“Nossa preocupação genética é grande, porque tem de ser da mesma espécie”. Em geral, são animais da natureza, atropelados ou apreendidos de caçadores e que se encontram em centros de triagem. Ela acredita que, nessa nova fase, o número de parceiros aumentará. Um deles é a Universidade Federal do Norte Fluminense (UENF).
“Nossa preocupação genética é grande, porque tem de ser da mesma espécie”. Em geral, são animais da natureza, atropelados ou apreendidos de caçadores e que se encontram em centros de triagem. Ela acredita que, nessa nova fase, o número de parceiros aumentará. Um deles é a Universidade Federal do Norte Fluminense (UENF).
O projeto das cutias é desenvolvido pelo Parque
Nacional da Tijuca, em parceria com a UFRJ, Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro (UFRRJ), Fundação Parques e Jardins, Fundação Rio Zoo e
Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Fonte: Agência
Brasil
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