Mundo precisa investir US$ 90 bi
em renováveis nos próximos 15 anos, diz estudo.
O mundo pode evitar custos financeiros e
ambientais ao optar por uma economia de baixo carbono nos próximos 15 anos,
afirmou nesta terça-feira, 16 de setembro, um grupo de especialistas antes da
cúpula das Nações Unidas sobre o clima.
Copresidido pelo ex-presidente mexicano Felipe Calderon,
o grupo pediu maior ação global para a adoção de energias renováveis, o fim do
desmatamento e a integração da investigação sobre as tecnologias adequadas como
parte do combate às alterações climáticas.
O estudo cita um investimento mundial de US$ 90
bilhões em infraestrutura nos próximos 15 anos, período em que é esperado
rápido aumento da urbanização.
O relatório, escrito em conjunto com o economista
britânico Nicholas Stern, apela igualmente à supressão progressiva das energias
fósseis.
“Podemos usar esse dinheiro para prosseguir com o
modelo atual, que produz grande quantidade de emissões de carbono, ou escolher
um modelo diferente”, ressaltou Calderón aos jornalistas por meio de
videoconferência.
Compensação
O documento mostra que ainda que os investimentos
mais ecológicos representem US$ 270 bilhões de custos adicionais por ano, eles
seriam compensados por outros custos mais baixos, como a diminuição das
despesas com petróleo.
A ideia segundo a qual uma política para o clima
traz demasiados prejuízos baseia-se “na incompreensão total das dinâmicas em
jogo na economia mundial”, adianta o estudo. “[Essa ideia] tem como base a
premissa de que as economias são imutáveis e que o futuro não é mais do que uma
continuação das tendências passadas.”
Saúde e poluição
Segundo o relatório, os problemas de saúde e as
mortes causadas pela poluição do ar são um dos principais entraves econômicos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convocou
uma reunião de cúpula sobre o clima para o próximo dia 23, nas Nações Unidas,
na esperança de preparar a próxima grande conferência mundial de Paris em 2015.
O relatório, escrito em conjunto com o economista
britânico Nicholas Stern, apela igualmente à supressão progressiva das energias
fósseis, assim como à reflorestação de 500 milhões de hectares de florestas e
de terras cultiváveis até 2030.
Fonte: EcoD
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