terça-feira, 29 de maio de 2018


Observatório do Clima repudia escolha de presidente do ICMBio.

O descaso com que o governo federal tem tratado a questão ambiental se refletiu diretamente na escolha – por loteamento político- de dirigentes para entidades ambientais oficiais. O Observatório do Clima, assim com a Envolverde, repudiam esse tipo de atitude nefasta, irresponsável e inconsequência para abrigar aliados políticos no ‘cabide de empregos’ no qual se penduram milhares de apaniguados das siglas partidárias. Essa é uma afronta grave aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, como o ODS 13 e a 16, documento esse que o Brasil é signatário. Abaixo a nota de repúdio do Observatório do Clima:

A indicação de um membro do PROS para chefiar o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade vai longe demais até mesmo para um governo que tem no fisiologismo a sua essência, como é o de Michel Temer.
Nesta semana, funcionários do ICMBio foram informados de que o instituto será presidido por Cairo Tavares, indicado pelo PROS, sócio de uma distribuidora de bebidas em Goiás e sem nenhuma experiência com conservação. Na busca fútil por manter algum fiapo de poder no Congresso nos últimos meses de uma administração naufragada, Temer se dispõe a entregar as 333 unidades de conservação federais – que somam 9% do território nacional – à barganha política. Ao fazê-lo, fragiliza ainda mais a proteção à natureza num momento em que as áreas protegidas se encontram sob ataque da bancada ruralista. Também dá uma banana aos compromissos internacionais do Brasil e a uma sociedade que tem direito a seus parques preservados.

O Observatório do Clima repudia a tentativa de nomear para o ICMBio o sr. Cairo Tavares, ou seus correligionários, ou qualquer pessoa sem experiência em gestão socioambiental, e se solidariza com os funcionários do instituto em sua oposição a mais esse absurdo.


Fonte: ENVOLVERDE

Greenk Tech termina com recorde em coleta de lixo eletrônico.

A segunda edição do Greenk Tech Show encerrou ontem (27), no Anhembi, em São Paulo, com o novo recorde de arrecadação de lixo eletrônico no país: 77,8 toneladas. E o mais importante: conforme o ciclo da Economia Circular, durante o próprio evento, parte do e-lixo arrecadado, em condições de uso, passou por processo de remanufatura, transformando-se em novos computadores.

Um total de 20 computadores foram doados à escola municipal Arquiteto Oscar Niemeyer, de São Caetano do Sul, e irão compor o novo laboratório de informática do colégio. “Este ano, o Greenk Tech Show superou todas as expectativas. Batemos um recorde de arrecadação de e-lixo no país e, mais importante, com o apoio de nossos parceiros ambientais, como a GREEN Eletron, o Sinctronics, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e do Verdejando da Rede Globo, conseguimos fechar o ciclo da Economia Circular ainda durante o evento, com a entrega de um laboratório de informática composto de equipamentos remanufaturados e certificados”, explica Mauricio Eugenio, sócio do Greenk Tech Show.

Nem mesmo a falta de combustível nos postos de gasolina da cidade foi capaz de parar a mobilização dos “geeks e greens” que prestigiaram o evento. Milhares de pessoas e muitas famílias apaixonadas por tecnologia, cultura nerd e meio ambiente, compareceram durante os três dias de evento.


Fonte: ENVOLVERDE

Greve de caminhoneiros mostra necessidade de outras formas de transporte.

A atual greve dos caminhoneiros está mostrando de forma inequívoca que a excessiva dependência dos combustíveis fósseis é um sério problema de segurança nacional. A exemplo do que já ocorreu no passado, quando as crises de energia elétrica alavancaram programas e iniciativas de eficiência energética e diversificação da matriz, o caos que o Brasil vive atualmente pode ajudar a lançar luzes sobre o futuro que queremos.

“É muito oportuno se discutir a eletrificação do sistema de transporte brasileiro. Quase 15% de toda carga transportada no Brasil é o próprio combustível que viaja milhares de quilômetros para chegar aos postos para abastecer os veículos. Num sistema de transporte baseado em eletricidade isto desapareceria, pois a energia circula pelo sistema integrado de energia elétrica”, explica Tasso Azevedo, coordenador do SEEG. “Postos de recarga podem ser instalados de forma rápida em qualquer lugar e, ainda, serem carregados com energia solar no local. Embora o investimento inicial seja alto, os custos de operação dos veículos elétricos são muito mais baixos. Apesar dos óbvios benefícios, a eletrificação do transporte tem sido solenemente ignorada nas politicas de transporte, mobilidade e desenvolvimento da indústria automobilística no Brasil, como mostra de forma escancarada o Plano Rota 2030”, destaca.

Passados mais de 40 anos da criação do Proálcool, e mais de 10 anos da criação do programa de incentivo da produção e do uso de biodiesel, mais de 80% da energia que movimenta nosso sistema de transportes ainda é de origem fóssil: gasolina, querosene de aviação e óleo diesel. Ter alternativas tecnológicas à mão é fundamental, mas não parece ser suficiente. “Para quem busca sistemas de transporte livres de combustíveis fósseis, estas crises revelam pistas sobre algumas questões de natureza não tecnológica que precisam ser enfrentadas, bem como acerca de atores sociais que devem ser levados em conta no debate sobre descarbonização dos sistemas de transportes”, explica André Ferreira, do Instituto de Energia e Ambiente.

Entre as razões estruturais que precisam ser abordadas está a excessiva dependência do transporte rodoviário, que os sistemas político e econômico têm enorme dificuldade em abordar. Entre os países de grandes dimensões, o Brasil é o que mais depende dos caminhões. Aqui estes respondem por 65% da carga transportada, enquanto na Austrália respondem por 53%, na China por 50%, no Canadá por 43%, nos EUA por 32% e, na Rússia por somente 8% (em tkm). Vale observar que o caminhão é o mais perdulário dos modos de transporte: para transportar uma tonelada de carga útil por 100 quilômetros, os caminhões gastam – no Brasil – 2,3 litros de diesel, enquanto os trens gastam 0,4 litros e os navios 0,3 litros.

Carlos Rittl, do Observatório do Clima, diz que “o Brasil parece se esforçar demais para chegar atrasado no futuro. Enquanto vemos avançar mundo afora trens e caminhões com energia solar, internet das coisas e blockchain na logística de transportes, entre outras inovações, governo e políticos se restringem a discutir o preço e os subsídios aos combustíveis fósseis. Nenhum deles, durante esta crise, sequer mencionou a necessidade de revermos nossa dependência de estradas e combustíveis fósseis para transportar cargas atravessando este país continental. No país do sol, dos ventos e dos biocombustíveis, o futuro vira fumaça”, completa.

A política de preços da Petrobras certamente tem papel na crise atual. Ao tentar corrigir o subsídio excessivo dado pelo governo anterior adotando como baliza os preços do petróleo no mercado internacional – e não sua planilha de custos -, a empresa criou uma situação difícil de administrar para aqueles que têm nos combustíveis fósseis um insumo essencial.

Para Rachel Biderman, do WRI Brasil, “é importante usar essa crise para refletirmos sobre nossa excessiva dependência do petróleo, que nos faz vulneráveis a interesses econômicos e políticos, além de causar enormes impactos na saúde e no meio ambiente. Além dos preços abusivos, estamos reféns também da falta de uma política energética focada nas energias renováveis, perdendo na competição com outras economias emergentes que já aderiram às mesmas em combate às mudanças climáticas”.

A injustiça do sistema tributário, claro, também tem seu papel, assim como os têm o preço internacional do petróleo que dobrou nos últimos 12 meses, o dólar que ficou mais caro entre abril-maio, a prolongada crise econômica, o excesso de oferta de capacidade de transporte por caminhões, o ambiente de ‘salve-se o mais forte’ pelo qual setores econômicos buscam arrancar benesses do estado, os problemas localizados nos contratos de concessão de rodovias e muitos outros fatores, entre eles a falta de legitimidade do governo Temer.

O movimento atual, que se desdobra numa crise de mobilidade de pessoas e cargas, faz lembrar, em alguns aspectos, os movimentos de junho de 2013, deflagrados em função de aumentos nas tarifas de transporte público. Ambos relacionados a transportes, ambos falando de custos, em cuja composição o óleo diesel é parte importante tanto das tarifas de ônibus quanto do custo do frete de cargas. Ambos escancarando a fragilidade das políticas públicas, do planejamento e das regras tributárias; ambas revelando a força de novos atores sociais e sua falta de confiança nos “tomadores de decisões”.

Em 2001, o apagão da eletricidade revelou nossa profunda dependência das usinas hidrelétricas. Em 2018 a crise do diesel está revelando que, no estágio atual, sem os combustíveis fósseis, cargas e pessoas perdem a mobilidade em nossa sociedade. Se ainda é difícil entender o quadro socioeconômico que gerou a greve dos caminhoneiros associada ao locaute das empresas de transporte rodoviário, não é difícil perceber que ele exige saídas sustentáveis – e não a repetição do mesmos modelos. Estas, no longo prazo, passam necessariamente pela incorporação no planejamento do transporte no país da racionalidade que permeia o Acordo de Paris pelo clima do nosso planeta, que tem como intenção primordial a descarbonização da economia, isto é, acabar com a dependência dos combustíveis fósseis.


Fonte: ENVOLVERDE

Entidade mostra quem é o profissional de sustentabilidade no país.

Criada em 2010, a Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável, acaba de concluir sua mais recente sondagem sobre o perfil dos profissionais que atuam na área, abrangendo quatro setores: Empresas, Governo, Academia e 3º Setor. Realizado a cada dois anos, em 2013 o estudo mapeou cargos e remuneração; em 2015 incluiu as estruturas organizacionais, papeis e responsabilidades dos profissionais; agora em 2017 ampliou a pesquisa para órgãos públicos e meio acadêmico.

A sondagem, que teve 244 respondentes vinculados à Abraps e sua ampla rede de relacionamento, trouxe algumas visões interessantes sobre o grau de maturidade do tema dentro das organizações, os desafios para avançar a agenda de sustentabilidade – especialmente diante de um cenário de crise econômica e mudanças regulatórias -, e a dificuldade de traçar limites claros sobre o que seria um “profissional de sustentabilidade”.

Confirmando a multidisciplinaridade da sustentabilidade, percebe-se um alto grau de diversidade na formação dos profissionais, com predominância das áreas mais técnicas (38%). Há uma concentração em Gestão Ambiental (14%), Engenharia (13%), Administração (12%) e Ciências Biológicas (11%).

Trata-se também de uma profissão “jovem”, pois a maioria das pessoas atua nesse campo há menos de 15 anos (67%), embora haja profissionais maduros, com mais de 15 anos de vivência (17%). É interessante notar que a motivação de carreira é mais filosófica e idealista, como o senso de realização pessoal (38%) e a admiração pelo tema (30%), e menos financeira.

A faixa salarial predominante (47%) entre todos os setores pesquisados é de nível médio – de R$ 3 mil a 9 mil/mês. Curiosamente, as mulheres têm remuneração superior aos homens, dado que merece melhor investigação.

Dentre as atribuições-chave desse profissional estariam educar e conscientizar o público interno, reduzir os impactos negativos da operação, prestar contas ao público externo por meio de relatórios (principalmente acionistas), estimular à participação institucional em fóruns dedicados a avançar a agenda da sustentabilidade no mercado e na sociedade e, com o maior número de respostas (43%), estabelecer metas e criar indicadores de desempenho específicos.

A primeira descoberta é alentadora: há um aumento de profissionais voltados ao tema nas pequenas e médias empresas, demonstrando a viabilidade de implantar ações sustentáveis em qualquer porte de negócio.

O grau de maturidade da sustentabilidade nas organizações, vistos todos os setores conjuntamente, está em desenvolvimento (44%), ou seja, estruturado e integrado às demais áreas; se somarmos as empresas maduras (27%), que tem a sustentabilidade como ação sistêmica e vetor estratégico, com as líderes (11%), que são benchmarks no mercado, o retrato é positivo, considerando-se que a profissão é relativamente jovem. Entretanto, a adesão tem ocorrido mais por força de leis e demandas de mercado, como a exigência de certificações e relatórios.

Naquelas que possuem uma área dedicada à sustentabilidade, o setor privado costuma alocá-la principalmente sob o RH (15%), Marketing (13%), Relações Institucionais (11%) e Comunicação (9%), que assim concentram 48% da sua gestão. Nas que não têm uma área específica, o RH e o Institucional costumam gerir o tema.

O meio acadêmico é o que mais possui um setor específico (70%), e o Governo o que menos o tem (31%), entretanto isso pode ser fruto do tema estar “dissolvido” em diferentes áreas e transversal na organização.

Existe uma percepção difusa sobre se houve aumento ou diminuição dos investimentos na área, mas a maioria dos pesquisados (70%) concorda que o tema é de alta relevância para sua organização, índice que cresceu desde a sondagem anterior. A quantidade de entrevistados que sente uma diminuição nos investimentos em relação ao estudo de 2015 cresceu, e 47% dos respondentes consideram esse o principal entrave para a execução dos projetos na área. A falta de comprometimento da alta administração (17%), falta de liderança (11%) e carência de conhecimentos técnicos (11%) indicam a necessidade de inserir mais treinamentos e conscientização dos gestores na agenda das organizações, abrindo uma nova frente de atuação para o RH.

Para concluir, a percepção sobre quais são as atribuições do profissional de sustentabilidade é bastante variada, o que pode ser explicado pela grande multidisciplinaridade e transversalidade da área, que vai das atuações mais técnicas às mais estratégicas, do setor privado ao meio acadêmico, passando por ONGs e poder público. Uma das discussões mais atuais é justamente sobre a posição do tema dentro das organizações: se deveria haver uma área estruturada que funcione como executora ou facilitadora das demais, monitorando suas atividades; se a sustentabilidade permearia a cultura interna, estando inserida nas responsabilidades dos gestores de todas as áreas, de forma mais distribuída; ou finalmente, se seria um posicionamento estratégico e sistêmico, que orienta todas as decisões da organização.

A Abraps espera ter contribuído para avançar a agenda da sustentabilidade, ao demonstrar a riqueza do setor e a necessidade de discutir melhor seu escopo, já que é muito comum que pessoas atuantes na área ainda não se reconheçam como tal. Uma comunidade unida e que compartilhe experiências será fundamental para o avanço do tema.

Fonte: ENVOLVERDE

Brasil sedia fórum pelos Direitos da Mãe Terra em junho.

O Brasil será sede do 2º Fórum Internacional pelos Direitos da Mãe Terra, que será realizado nos dias 03 e 04 de junho de 2018, em São Paulo. O evento é gratuito e integra o movimento de luta pelo reconhecimento da Natureza como sujeito de direitos e traz para o país um debate mais do que urgente que tem modificado a ação dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em todo o mundo frente aos temas ambientais.

Organizado pela ONG MAPAS (Métodos de Apoio à Práticas Ambientais e Sociais) com apoio da ONU (Organização das Nações Unidas), o 2º Fórum Internacional pelos Direitos da Mãe Terra entrou no calendário oficial da Semana Estadual do Meio Ambiente de São Paulo em parceria com a Câmara dos Vereadores de São Paulo e Governo do Estado por meio da Secretaria do Meio Ambiente. O primeiro dia do evento será realizado no Parque Villa Lobos, das 9h às 18h e, o segundo, na Câmara Municipal de São Paulo, das 9h às 18h.

A primeira edição do evento foi realizada no México, em 2016, e resultou na aprovação da lei dos Direitos da Natureza na cidade do México. No Brasil, o primeiro e único município que reconhece os direitos da Mãe Terra na legislação é Bonito, no Estado de Pernambuco. Já em São Paulo, a mesma lei tramita na Câmara Municipal. De acordo com a presidente da MAPAS, Vanessa Hasson, o Fórum pode culminar na aprovação também em São Paulo. “O que me faz acreditar nisso é a grande movimentação e adesão da sociedade, autoridades do governo e universidades.”

Estão previstas várias atrações, como atividades artísticas, palestras, mostras de práticas sustentáveis, medicina integrativa, permacultura, propostas educativas, eco vila, ativismo, produtos conscientes e diversas oficinas para uma vida em harmonia com a Natureza. “Nosso propósito é conscientizar as pessoas de que é possível viver bem e respeitar a Mãe Terra” afirma Vanessa.

Além dos debates que fomentarão a construção de políticas públicas ao redor do tema com enfoque na educação, economia solidária e da saúde integral, será realizada uma feira de exposição de produtos, serviços e projetos que coincidem com o tema e, ainda, um festival multiartes, que visa transmitir a mensagem dos participantes por meio da arte e do ativismo.


Fonte: ENVOLVERDE

São Paulo realizará a 17ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas e o 2º Fórum Internacional da Mãe Terra.

Evento gratuito será realizado no dia 3 de junho, no Parque Villa Lobos e no dia 4 de junho, na Câmara Municipal de São Paulo.

Há 17 anos acontece em São Paulo a Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas, que tem como objetivos intermediar o diálogo entre cidadãos, instituições, iniciativa privada e governo, para aprofundar a discussão sobre os três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social e propor políticas públicas e legislações de caráter mais objetivo e resolutivo. Esse evento é fruto da lei de autoria do vereador Gilberto Natalini (PV), que é o proponente e presidente da Conferência.

Neste ano agregou-se à Conferência, o 2º Fórum Internacional da Mãe Terra, organizado pela ONG Mapas, que conta com o apoio da ONU.

Os dois eventos entraram para o calendário da Semana Estadual do Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente.

A programação da Conferência que acontecerá no dia 4 de junho, na Câmara Municipal de São Paulo, este ano tem como tema: Direitos da Natureza, será aberta por uma mesa diretora, onde autoridades de diversas áreas do governo estadual e municipal e entidades da sociedade civil irão expor ações focadas nas questões de sustentabilidade. A palestra magna será ministrada pelo Secretário de Estado de Meio Ambiente, Mauricio Brusadin. A programação conta com  duas mesas de debate e ainda  com palestras de profissionais da área acadêmica, governamental e sociedade civil e uma mesa inter-religiosa, onde líderes religiosos apresentarão o que as suas crenças realizam com relação ao tema. Na ocasião também será entregue o Prêmio Responsabilidade Sócio Ambiental outorgado pela Câmara Municipal de São Paulo.
No dia 3 de junho, acontecerá o 2º Fórum Internacional da Mãe Terra, no parque Villa Lobos e contará com palestras, oficinas, shows e muito mais.

O movimento mundial dos Direitos da Natureza é uma iniciativa apoiada pelas Nações Unidas, por meio da plataforma Harmony with Nature, que busca a incorporação dos direitos da natureza na legislação das cidades e a ampliação da consciência de que o meio ambiente não está somente ao serviço das pessoas, e sim que haja uma relação de coexistência com o meio ambiente, como outro ser que divide esse espaço comum, a Terra. A Conferência pretende demonstrar na prática ações congruentes com uma vida em harmonia com a Natureza, que respeita os Direitos da Natureza, disseminando uma nova perspectiva de viver em harmonia com a natureza, não tratando somente do meio ambiente, mas do bem viver de todos os membros da comunidade da terra.

A Origem

A ONU recepcionou este conceito ao aprovar na 71ª Assembleia Geral em 2011 a proposta da Bolívia de criar uma plataforma Harmony with Nature e desde então tem se realizado diálogos internacionais para intercâmbio. Diversos países e governos subnacionais incorporaram em seu arcabouço legal dispositivos a respeito, com destaque para o Equador, que emendou sua constituição para acolher os Direitos da Natureza. Há países com escassez de recursos hídricos, como Israel, que no planejamento do rateio da água considera o quinhão para a Natureza, ao lado dos usos domésticos, irrigação agrícola, industrial e recreativo. A iniciativa de conferir à Natureza titularidade de direito, se traduz em desdobramentos, pois enseja permear toda política e ação pública.

Conferência P + L é um fórum de discussão municipal sobre ocupação do espaço urbano relacionado com o meio ambiente e sustentabilidade. Estamos em nossa 17ª edição, sentimos que precisávamos de algo a mais e com isso trouxemos para o evento o Fórum Internacional de Direitos da Mãe Terra e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, comenta Gilberto Natalini, proponente do evento.

Cenário de Iniciativas Sustentáveis

Na área de exposição, o público terá oportunidade de conhecer diversos exemplos de projetos, produtos e serviços alinhados às questões de sustentabilidade, com o conceito de produzir mais e melhor com menos, com boas iniciativas e tecnologias promissoras em favor da preservação das áreas verdes.

Campanha de Coleta de Pilhas, Baterias Portáteis e Produtos Eletrônicos durante a Conferência.

A FECOMERCIOSP e a GREEN Eletron, em parceria com a Conferência promoverão, durante o evento, a Campanha de Coleta de Pilhas, Baterias Portáteis e Produtos Eletrônicos.

Os participantes terão oportunidade de conhecer mais sobre os dois sistemas de logística reversa que estão sendo implantados na cidade de São Paulo, pois os consumidores domésticos não podem descartar produtos como pilhas, baterias portáteis e eletrônicos no
lixo de suas residências.

No processo de Logística Reversa há leis e normas federais, estaduais e municipais que disciplinam a forma pela qual estes produtos pós-consumo precisam retornar aos fabricantes e importadores para a destinação ambientalmente correta, preferencialmente a reciclagem.

A responsabilidade dos sistemas de logística reversa é dos: consumidores, comerciantes, distribuidores, fabricantes e importadores.

Leve pilhas, baterias portáteis, aparelhos de telefone, celulares, videogames, câmeras de foto e vídeo, impressoras, desktops, laptops, tablets, notepads, e-readers e similares.

Atenção: A campanha não receberá lâmpadas e eletroeletrônicos de grande porte (geladeiras, fogões, televisores, etc).

Esses sistemas de logística reversa são frutos de uma parceria entre o Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FECOMERCIOSP), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e a Gestora de Resíduos Eletroeletrônicos Nacional (Green Eletron).

O presidente do Conselho de Sustentabilidade da FECOMERCIOSP, José Goldemberg, ressalta que campanhas são importantes para informar as pessoas da necessidade de segregar estes tipos de produtos do lixo doméstico, e onde encontrar os pontos de entrega para descarte responsável. “A cidade de São Paulo conta com pontos de entrega para vários produtos. É preciso que todos participem”, disse Goldemberg.

“Precisamos entender que o equipamento eletrônico só vai ter destinação adequada se for corretamente descartado”, afirmou o presidente executivo da Abinee e da GREEN Eletron, Humberto Barbato. “Estes sistemas de logística reversa são os primeiros passos que estamos dando em direção a um mundo mais sustentável”, completou.

A FECOMERCIOSP possui uma plataforma de Logística Reversa (http://www.fecomercio.com.br/projeto-especial/logistica-reversa) que auxilia consumidores, empresas e sindicatos na adoção da Logística Reversa, e quaisquer dúvidas podem ser enviadas para o e-mail: logisticareversa@fecomercio.com.br, que serão respondidas pela equipe da Federação.

A GREEN Eletron também possui um site que apresenta orientações e informações aos consumidores, sobre os sistemas de logística reversa que gerencia, confira no link: https://www.greeneletron.org.br/pilhas.
Mais informações e consultas sobre os endereços dos Pontos de Entrega, acesse os links abaixo:
https://www.greeneletron.org.br/descartegreen

Mais informações
Luciana Feldman
Assessora de Comunicação Vereador Gilberto Natalini
lucianafeldman@gmail.com
3396-4962 | www.natalini.com
Sandra Pegorelli
Ânggulo Comunicação Estratégica
5031-2707 | sandra@anggulo.com.br

Serviço
17ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo 
4 de junho de 2018 l 8h30 às 17h
Câmara Municipal de São Paulo- Salão Nobre
Vd. Jacareí, 100- 8º andar

2º Fórum Internacional da Mãe Terra 
3 de junho de 2018 l 9h às 17h
Parque Villa Lobos
Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001 – Alto de Pinheiros
Inscrições gratuitas – www.natalini.com.br e será fornecido certificado de participação.


Fonte: ENVOLVERDE

quinta-feira, 24 de maio de 2018


Universidade de S.Carlos tem tecnologia para remover sal e poluentes da água.

Uma tecnologia desenvolvida no departamento de engenharia química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para a remoção de sais e poluentes orgânicos da água pode ajudar comunidades que sofrem com a falta de água.

O sistema, desenvolvido pelo doutorando Rafael Linzmeyer Zornitta, sob orientação do professor Luís Augusto Martins Ruotolo, utiliza carvões ativados para limpar a água e deixá-la potável por um custo bem mais baixo do que o das outras tecnologias existentes. Ele também é mais eficiente.

Embora imperceptível, o carvão ativado é um material presente em filtros de barro e purificadores de água e funcionam como uma peneira muito eficiente, mas foi aprimorado na UFSCar com a utilização de bagaço de cana e polímeros.

Foram quatro anos de desenvolvimento. O sistema tem a vantagem de ser mais simples e mais barato que os métodos tradicionais de dessanilização que são muito caros, precisam de muita energia elétrica e de sistemas potentes de bombeamento.

No sistema desenvolvido pela UFSCar, o carvão em pó é transformado em um filme, como se fosse uma película e colocado em placas que recebem uma pequena corrente elétrica de 1,2 volts. Ao passar pelo filtro de carvão ativado, a água tem o cloreto de sódio retirado.

Por enquanto, o método funciona para concentrações de até 10 gramas de sal por litro. Não pode ser utilizada na água do mar, por exemplo, que tem uma média de 35 g/l, mas pode ser utilizada em água salobra, que tem menos sal.


Fonte: ENVOLVERDE

Frio acentuado volta ao Brasil com massa de ar polar.

O frio deve continuar acentuado no Sul do Brasil com a chegada de uma nova massa de ar frio, de origem polar, a partir desta quarta-feira (23). Com a condição, as temperaturas devem cair ainda mais na região e cresce também o risco de geadas de forte intensidade, segundo a Climatempo.

“O centro (região de frio mais intenso) da nova massa de ar frio polar vai passar sobre o Rio Grande do Sul e o Uruguai nos próximos dias e com mais força do que a massa polar do fim de semana passado”, disse a empresa meteorológica. Áreas elevadas devem ter temperatura negativa.

A Climatempo estima que o frio seguirá intenso sobre a região Sul nas próximas 48 horas. “Há risco de geada nesta quarta-feira e na quinta-feira, 24, em quase todo o interior do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e também no sul do Paraná. A geada prevista para 24 de maio, quinta-feira deve ser mais forte e ampla do que a do dia 23”, alerta.

Essa condição de mais frio reascende a preocupação dos produtores na região. Além disso, mapas apontam falta de chuvas volumosas nos próximos dias na maior parte do país. Lavouras de milho safrinha tiveram baixos volumes nas últimas semanas e o café também sente os reflexos do tempo seco em regiões produtoras.

“O padrão de seca estabelecida sobre a principal região produtora da América do Sul é reafirmado nas leituras climáticas de hoje. Apesar das previsões continuarem trazendo pequenos traços de chuvas sobre o Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, a ARC alerta que tais índices pluviométricos de 2-7mm serão dificilmente confirmados, nestes próximos 5 dias”, disse em relatório a consultoria AgResource.

As temperaturas mínimas subiram pelo país ontem (22) depois de mínimas abaixo de 0°C na segunda-feira (21) em várias localidades do Sul e Sudeste do país. No início da semana, geadas atingiram, ainda que isoladamente, plantações de café, milho, feijão e laranja.

Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), das cinco menores temperaturas registradas em todo o país na terça-feira, quatro estão no Sul. São elas: Caçador (SC): 0,2°C, General Carneiro (PR): 0,3°C, São Mateus do Sul (PR): 0,4°C, Major Vieira (SC): 0,8°C e Monte Verde (MG): 0,9°C.


Fonte: ENVOLVERDE

Empresas e agricultores são multados pelo Ibama por desmatamento.

Cinco empresas exportadoras de grãos, entre elas Cargill e Bunge, e dezenas de agricultores receberam multas no valor total de 105,7 milhões de reais devido a atividades ligadas ao desmatamento ilegal, informou o Ibama nesta quarta-feira.

As tradings de grãos, que ainda incluem ABC Indústria e Comércio SA, JJ Samar Agronegócios Eireli e Uniggel Proteção de Plantas Ltda, foram multadas em 24,6 milhões de reais.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que impôs as multas, disse em um comunicado que as companhias compraram quase 3 mil toneladas de grãos produzidos em áreas que, segundo as leis ambientais, estão proibidas para o cultivo.

A Cargill disse que não recebeu nenhuma notificação do Ibama sobre as compras ilegais de soja e que analisará a questão.

A Bunge informou que suas compras de grãos na área na qual foi multada estão de acordo com as melhores práticas e que consultou bancos de dados públicos sobre áreas proibidas, acrescentando que apoia o Ibama e os esforços de preservação do Brasil.

O volume de soja a que se refere as multas, contudo, é ínfimo perto do total que as tradings movimentam anualmente, na escala dos milhões de toneladas.

Representantes das outras companhias não foram encontrados de imediato para comentar.

As multas foram uma fase da “Operação Shoyo”, que vem sendo realizada desde abril e por meio da qual o Ibama e procuradores federais vêm coibindo o uso de terras ilegais em Matopiba, região do Cerrado formada pelos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

O Matopiba é uma das regiões em que o cultivo de soja mais cresce, graças a terras ainda relativamente baratas.

O coordenador-geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Renê Luiz de Oliveira, disse que o desmatamento ilegal no Cerrado está avançando muito mais rápido em Matopiba do que em outras regiões do bioma.

“Isso exige que se fortaleçam as estratégias de controle para deter todo elo ilegal da cadeia de suprimentos”, disse ele no comunicado do Ibama.

A operação se concentrou em áreas que já haviam sido desmatadas ilegalmente e que foram interditadas pelo Ibama para permitir que a vegetação nativa volte a crescer.

Dezenas de agricultores foram multados por produzirem grãos nestas áreas, por impedirem o retorno da vegetação nativa ou por tentarem comercializar produtos oriundos das áreas proibidas.

Fonte: ENVOLVERDE

Produção de biodiesel chega ao maior nível em 10 anos.

A produção de biodiesel no Brasil chegou ao maior nível nos últimos dez anos, informa o Ministério de Minas e Energia. Em março, foram produzidos 452 milhões de litros, recorde para o mês. O resultado também foi positivo na soma dos três primeiros meses de 2018, quando foram registrados 1,13 bilhão de litros, 32% a mais que no mesmo período de 2016.

Até março, a soja foi a matéria-prima mais utilizada na produção (67,8%), seguida pela gordura bovina (15,6%) e de porco (2,4%). De acordo com a pasta, o desempenho deste ano se deve principalmente ao aumento de 10% na quantidade de biodiesel misturado ao óleo diesel, conhecido como B10. É esperado que, no ano, a demanda de biodiesel seja 1 bilhão de litros maior — no ano passado, o consumo foi de 4,29 bilhões de litros.

O Brasil foi o segundo maior mercado de biodiesel em 2017, seguindo os Estados Unidos, com 7,4 bilhões de litros. O Centro-Oeste e o Sul foram as regiões com maior produção, responsáveis por 82% do total.

Biodegradável, o biodiesel é um combustível renovável feito a partir de gorduras animais ou óleos vegetais, como os derivados de mamona, dendê, girassol, canola, gergelim, soja, entre outras plantas. O óleo diesel, derivado de petróleo utilizado por automóveis e geradores, pode ser substituído total ou parcialmente pelo biodiesel, misturado em diferentes proporções.

Fonte: ENVOLVERDE

Inventário Florestal percorre a Amazônia para recolher dados.

Equipes do Inventário Florestal Nacional (IFN) estão percorrendo a Amazônia com o objetivo de coletar dados sobre as condições das florestas e realizar entrevistas com moradores. Nos estados do Acre, Maranhão, Tocantins e na região de Manaus, no Amazonas, as equipes foram capacitadas em março e deram início ao trabalho de campo, com previsão de quase 700 pontos de coleta de dados.

Além destas regiões, o levantamento também está sendo realizado em Roraima desde setembro de 2017 e a previsão é terminar em julho, com coleta de dados em 201 pontos da floresta. Realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o levantamento já foi concluído em Rondônia, parte do Pará e do Mato Grosso.

A expectativa é que a coleta de dados em campo em toda a Amazônia seja concluída até o final de 2020. O levantamento conta com investimento do Fundo Amazônia, num total de mais de R$ 65 milhões.

O objetivo é conhecer não só a quantidade dos recursos florestais como também o estado de conservação, a sua diversidade e a relação da população com as florestas. “Produzir informações sobre as florestas é uma forma de valorizá-las, de potencializar o seu manejo sustentável e de influenciar na formulação de políticas que fortaleçam o uso adequado de seus recursos e a permanência das florestas em pé”, explica Joberto Freitas, diretor de Pesquisa e Informações Florestais do Serviço Florestal.

De acordo com o diretor, os resultados poderão orientar a formulação de políticas de conservação, uso e desenvolvimento florestal. “A biodiversidade da Amazônia e seu estado de conservação ainda são pouco conhecidos. O IFN está fazendo um levantamento detalhado em campo da floresta, o que inclui dados sobre a flora, o solo, estoque de carbono, o uso que a população faz da floresta, entre outros dados”, explica Freitas.

A Amazônia é a maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior bioma do Brasil – ocupa 420 milhões de hectares, quase metade do território nacional. O bioma cobre totalmente cinco estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), quase totalmente Rondônia (98,8%) e parcialmente Mato Grosso (54%), Maranhão (34%) e Tocantins (9%).

As equipes estão indo a campo medir as árvores, analisar sua saúde e vitalidade, coletar amostras do solo e de material botânico, entre outros aspectos. Além disso, são realizadas entrevistas com moradores do entorno das áreas pesquisadas para levantar informações sobre a sua relação com a floresta e o uso dos recursos florestais.

Realizada em todo o país, a coleta de dados do Inventário Florestal Nacional já foi concluída em 48% dos estados: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. Em outros 11 estados (40,7%), o levantamento está em andamento.

Quase 51 mil amostras botânicas e mais de 12 mil amostras de solo foram coletadas, entre outros dados, em mais de 6 mil pontos do país. Além disso, quase 17 mil pessoas já foram entrevistadas pelas equipes do IFN nas proximidades das áreas pesquisadas.


Fonte: ENVOLVERDE

segunda-feira, 21 de maio de 2018


Energia suja cresce nos EUA com aumento de empregos no setor.

O setor energético dos Estados Unidos empregou 6,5 milhões de trabalhadores em 2017, um aumento de 133 mil empregos em relação ao ano anterior, segundo o Relatório de Energia e Emprego de 2018 dos EUA (U.S. Energy & Employment Report – USEER), que acaba de ser divulgado pela Energy Futures Initiative (EFI) e pela National Association of State Energy Officials (NASEO). Metade deles – 67 mil – foram criados por empresas de eficiência energética. A indústria da energia poluente, principalmente de base petrolífera, cresceu com a política do governo Trump e conseguiu em 10 anos reduzir o número de empregos no setor de energia limpa.

Os empregos na geração de eletricidade a gás natural continuaram a crescer, adicionando mais de 19.000 novos empregos, à medida que o gás natural continua a ascender à posição de combustível número um para geração de eletricidade nos EUA. As empresas de energia solar empregaram, total ou parcialmente, 350.000 pessoas em 2017. Isso representa uma redução de 24.000 postos de trabalho em energia solar em 2017 – a primeira perda líquida de empregos desde que os empregos solares foram compilados pela primeira vez em 2010.

A taxa de crescimento dos empregos em energia foi de 2%, índice ligeiramente acima da média nacional de 1,7%. Mas esse cenário de crescimento não está sendo acompanhado pela oferta: mais de duas em cada três empresas ouvidas (70%) relataram dificuldade em contratar trabalhadores qualificados nos últimos 12 meses. Para 2018, as empresas participantes da pesquisa anteciparam uma expansão de 6,1% no emprego, excluindo o setor de veículos automotores, indicando que a demanda por mão-de-obra qualificada permanecerá aquecida.

O relatório analisou quatro setores da indústria de energia nos EUA: geração de energia elétrica e combustíveis; transmissão, distribuição e armazenamento; eficiência energética; e veículos motorizados. Os empregos nos setores de energia foram responsáveis por quase 7% de todos os novos empregos em todo o país em 2017.


Fonte: ENVOLVERDE

Estudo internacional inédito aponta risco de perda de 82% dos campos rupestres no país.

Áreas abrigam mais de 5000 espécies de plantas e um dos níveis mais altos de endemismo no mundo Imagem: Ricardo Solar.

Um estudo desenvolvido em colaboração entre pesquisadores da Unesp Rio Claro, Standford University (dos EUA) e Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG), alerta para mudanças no uso do solo que podem levar à perda de 82% desses ecossistema no futuro, prejudicando o acesso à água e a segurança alimentar em escala regional.

Os campos rupestres são complexos vegetacionais antigos, datando de milhares de anos e megadiversos, que abrigam mais de 5000 espécies de plantas e um dos níveis mais altos de endemismo no mundo.

Este ecossistema ímpar ocorre em solos pobres em nutrientes e sob condições ambientais extremas, em geral nas montanhas de quartzo e ferro de Minas Gerais e Bahia. Até pouco tempo atrás, os campos rupestres foram poupados das principais intervenções humanas de agricultura e pecuária intensiva. No entanto, recentemente, estas áreas têm experimentado uma das mais extremas mudanças no uso da terra entre todos os ecossistemas brasileiros, sofrendo com políticas precárias que levam a intensas atividades de mineração, turismo descontrolado e construção de estradas mal planejadas.

A descoberta de grandes reservas minerais, a adoção de políticas de conservação ineficazes e mudanças climáticas em curso estão ameaçando esse ecossistema.

O artigo, co-autorado por pesquisadores da UFMG, Unesp de Rio Claro e Stanford University (EUA), lançam luz sobre as ameaças severas impostas pelas mudanças no uso da terra sobre os campos rupestres, modelando sua distribuição futura sob diferentes cenários de mudanças climáticas.

O estudo inédito faz uma previsão catastrófica que, se não for interrompida, levará à perda de 82% desse ecossistema no futuro, impactando os serviços ecossistêmicos em escalas regionais, incluindo água e segurança alimentar, potencialmente afetando mais de 50 milhões de pessoas no Brasil.

Link para o artigo original (PDF):


Fonte: EcoDebate

Estudo revela que um terço das áreas protegidas do mundo estão sob intensa pressão humana.


UMA VILA DE PESCADORES ILEGAIS LOCALIZADA NO PARQUE NACIONAL DE VIRUNGA, NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO. | ANDY PLUMPTRE, SOCIEDADE DE CONSERVAÇÃO DA VIDA SELVAGEM .

Por Michelle Hampson*, American Association for the Advancement of Science
Globalmente, um terço das terras protegidas está sob intensa pressão de construção de estradas, pastagens, urbanização e outras atividades humanas, de acordo com um novo estudo publicado na edição de 18 de maio da revista Science . Os resultados sugerem que áreas protegidas, como a área selvagem designada, parques nacionais e áreas de reabilitação de habitat criadas para conter a perda de biodiversidade, não são tão bem guardadas quanto se pensava.

Nações ao redor do mundo se comprometeram a preservar a biodiversidade sob a Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), através de designações de status protegidas que vão desde reservas naturais com controles rígidos sobre o impacto humano até regiões onde as pessoas podem extrair recursos naturais de maneira sustentável. Este estudo sugere que muitas dessas nações não estão conseguindo atingir suas metas de conservação.

James Watson, pesquisador da Wildlife Conservation Society e um dos autores do estudo, observou que 111 nações atualmente afirmam que cumpriram suas obrigações sob a CDB, com base na extensão de suas áreas protegidas. “Mas se você apenas contasse a terra em áreas protegidas que não são degradadas, o que desempenha um papel na conservação da biodiversidade, 77 dessas nações não cumprem o padrão”

Watson passou anos viajando por diferentes paisagens para o trabalho. “Enquanto isso me permitiu ver uma grande conservação em ação, ficou claro que muitas áreas protegidas estavam sendo invadidas pela humanidade, na forma de extração de madeira, mineração, aldeias, estradas e agricultura, e eu senti que a questão estava piorando. Eu Ficou surpreso ao descobrir que ninguém havia mapeado este problema em áreas protegidas globais, pois é tão incrivelmente importante nas discussões globais sobre estratégias de biodiversidade pós-2020 “.

Watson e uma equipe de pesquisadores decidiram tirar proveito de um mapa de pegada humana lançado recentemente para analisar a degradação de áreas protegidas. O mapa global combina dados sobre ambientes construídos, agricultura intensiva, pastagens, densidade populacional humana, luzes noturnas, estradas, ferrovias e hidrovias navegáveis.

“Os resultados são bastante surpreendentes”, disse Watson. “Descobrimos que 2,3 milhões de milhas quadradas – duas vezes o tamanho do Alasca – foi impactado pela construção de estradas, pastagens, extração de madeira, estradas e urbanização. Isso é 32,8% de todas as terras protegidas – as terras reservadas pelas nações para a conservação da biodiversidade – isso] é altamente degradado “.

As regiões que foram consideradas particularmente sobrecarregadas pela atividade humana incluem a Europa Ocidental e o sul da Ásia.

Em termos de terra protegida livre de qualquer pressão humana mensurável, 42% poderiam ser classificados como tal; No entanto, muitas dessas áreas estão localizadas em regiões remotas de países de alta latitude, como Rússia e Canadá.

Alguns esforços de conservação foram frutíferos, no entanto. “Nós vimos vislumbres de esperança”, disse Watson. “Muitas áreas protegidas que foram identificadas como áreas protegidas ‘estritas’ pareciam estar fazendo um bom trabalho, mesmo em áreas que estão sendo massivamente erodidas pela humanidade.”

Por exemplo, Watson aponta para o Santuário da Vida Selvagem de Keo Seima, no Camboja, e a Reserva do Niassa, em Moçambique, que ele diz ser bem-sucedida graças ao apoio de organizações não-governamentais e consistente assistência financeira de doadores nacionais e internacionais.

Áreas protegidas designadas após 1993 têm um nível mais baixo de pressão humana intensa dentro de suas fronteiras do que aquelas previamente designadas, os autores descobriram. Eles sugerem que isso pode indicar que áreas designadas mais recentemente foram consideradas espaços protegidos porque foram reconhecidas como estando sob baixa pressão humana.

“Precisamos reconhecer que simplesmente declarar uma área protegida é apenas o primeiro passo que as nações devem dar. Ajudar as áreas protegidas a serem bem-sucedidas requer um esforço mais sustentado e dedicado”, enfatizou Watson.

“Estamos realizando pesquisas para identificar aqueles lugares intactos e biologicamente importantes em todo o mundo que ainda precisam de proteção e os mecanismos que melhor garantirão sua proteção”.

Referência:
One-third of global protected land is under intense human pressure
Kendall R. Jones, Oscar Venter, Richard A. Fuller, James R. Allan, Sean L. Maxwell, Pablo Jose Negret, James E. M. Watson
Science 18 May 2018:
Vol. 360, Issue 6390, pp. 788-791
DOI: 10.1126/science.aap9565
http://science.sciencemag.org/content/360/6390/788
* Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.

Fonte: EcoDebate

ONU vê baixa eficiência do Brasil em combater tráfico de mulheres.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) participou no início do mês de encontro para debater a assistência dada pelo Brasil a vítimas de tráfico internacional. Evento em Brasília reuniu representantes do Judiciário e do Executivo para discutir marcos sul-americanos que podem melhorar políticas públicas do país. Especialistas alertaram para momento de fragilização das instituições que prestam serviços para quem sofreu esse tipo de violação.

Na pauta dos diálogos, ocorridos em 2 e 3 de maio, estava a implementação do protocolo de atenção às mulheres em situação de tráfico internacional, um documento regional aprovado pela Reunião de Ministras e Altas Autoridades do MERCOSUL. A medida prevê que países do bloco estabeleçam formas de cooperação ampla para ajudar mulheres nessas circunstâncias. Outra determinação é a adoção de uma abordagem de gênero na aplicação das legislações sobre direitos humanos.

“O contexto nacional atual cria desafios para a institucionalização de políticas públicas e a implementação do protocolo, considerando que as instituições que prestam assistência direta às vítimas de tráfico foram reduzidas”, ressaltou Tais Cerqueira, coordenadora-geral de Acesso à Justiça e Fortalecimento da Rede de Assistência à Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SPM).

Outra problema discutido foi a necessidade de melhorias na articulação entre os serviços de assistência social e de saúde. “É importante unir as redes para melhorar as ações contra o tráfico de pessoas”, afirmou a delegada Janaína Gadelha.

Rafaela Seixas Fontes, da Divisão de Assistência Consular do Ministério das Relações Exteriores, explicou como os postos consulares são pontos focais de denúncia e apoio às vítimas do tráfico de pessoas no exterior. Os especialistas presentes lembraram que minorias raciais e trans estão frequentemente entre as vítimas desse tipo de crime.

Participaram da reunião representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Justiça, da Defensoria Pública da União, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e dos comitês de enfrentamento ao tráfico de pessoas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O evento foi financiado pela Ação Global para Prevenir e Combater o Tráfico de Pessoas e o Tráfico Ilícito de Migrantes, programa conhecido pela sigla GLO.ACT. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a União Europeia, o UNODC, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Instituições prestam assistência às autoridades governamentais e às organizações da sociedade civil, apoiando o desenvolvimento de estratégias para combater o tráfico de pessoas e contrabando de migrantes.

Fonte: ONUBr

Incêndios destroem florestas sazonais e campos agricultáveis na Sibéria.

Um grande número de intensos incêndios se espalhou pelo extremo leste da Rússia nesta primavera, envolvendo não só a atmosfera, como estradas e florestas na densa camada de fumaça. Em apenas seis dias entre 7 e 13 de maio de 2018 , os bombeiros russos combateram 693 incêndios em 40 territórios. Muitos dos incêndios estavam localizados na região de Amur Oblast na Sibéria. Esses incêndios estão destruindo grande parte da floresta de coníferas que circundam o planeta e são conhecidas como florestas sazonais.

As imagens de labaredas em Amur Oblast foram capturadas pelo Landsat 8 em 7 de maio de 2018. 

Os dados de cor natural ( bandas 4–3–2) são sobrepostos com dados infravermelhos (bandas 6 e 5) para revelar pontos quentes ainda em chamas.

Um inverno seco e quente preparou o cenário para uma temporada de incêndios florestais em 2018 na Rússia. Os incêndios florestais são comuns nesta região densamente florestada ( floresta sazonal, formada por pinheiros), e a estação geralmente começa em abril ou maio.

Isso é agravado pela prática de agricultores desta área, que queimam cultivos antigos para ajudar a limpar os campos e reabastecer o solo com nutrientes. Esses incêndios saem de controle e se tornam verdadeiras catástrofes ambientais. Amur Oblast tem experimentado mais incêndios por mês neste ano do que em qualquer outro desde 2008, de acordo com o Global Fire Emissions Database .

Fonte: ENVOLVERDE

Mobilidade ruim interfere na piora da qualidade de vida, diz pesquisa.

Pesquisa do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica mostra que 19 dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo apresentaram uma piora relativa em suas posições no ranking de qualidade de vida ao considerar os aspectos de mobilidade.

O bem-estar da população está associado às questões de mobilidade de urbana, considerando que as dificuldades de acesso comprometem a qualidade de vida dos cidadãos. Essa é a premissa do estudo Acessibilidade e bem-estar: medindo algumas das privações da dimensão da mobilidade, listado no Hub de Estudos do Instituto Escolhas. Os resultados apontam que 19 dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) apresentaram uma piora relativa em suas posições no ranking de qualidade de vida ao considerar os aspectos de mobilidade.

Para comprovar os resultados, os pesquisadores do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, Vladimir Maciel, Maurício Fronzaglia, Paulo Scarano e Roberta Muramatsu, e a pesquisadora Mônica Kuwahara, da Universidade Federal do ABC, utilizaram três estratégias gerais. A primeira foi estabelecer indicadores de acessibilidade como aproximações das privações associadas à dimensão de mobilidade.

Para comprovar os resultados, os pesquisadores do Curso de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Vladimir Maciel, Maurício Fronzaglia, Paulo Scarano e Roberta Muramatsu, e a pesquisadora Mônica Kuwahara, da Universidade Federal do ABC, utilizaram três estratégias gerais.

A primeira foi estabelecer indicadores de acessibilidade como aproximações das privações associadas à dimensão de mobilidade.

Um segundo conjunto de estratégias foi incorporar o indicador de acessibilidade a um índice sintético de bem-estar multidimensional, sensível à presença de desigualdades. A terceira estratégia buscou avaliar a eficiência da política pública na dimensão de transportes por meio de análise envoltória de dados, a qual confronta gastos municipais em transportes públicos e o TAI-M (Transport Acessibility Index for Municipalities, na sigla em inglês), que utiliza dados de tempo de deslocamento dos domicílios ao trabalho principal.

Ao avaliar os resultados, o trabalho revelou que, basicamente, os mesmos municípios da RMSP que têm sua posição no ranking piorada ao se acrescentar a dimensão acessibilidade são aqueles que se revelaram ineficientes nos gastos com transportes. Confira o estudo completo http://escolhas.org/wp-content/uploads/2016/09/acessibilidade.pdf.


Os especialistas estão disponíveis para comentar o assunto.

O Centro Mackenzie de Liberdade Econômica é um think-tank liberal acadêmico, único no Brasil baseado numa Universidade. É uma iniciativa do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) junto à Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Faz parte da unidade “Centro de Ciências Sociais e Aplicadas” (antiga Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas). Inaugurado em 09 de maio de 2016. O objetivo é contribuir de forma sólida para o debate em torno do papel do mercado e das características e consequências dos diferentes tipos de intervenção e regulação, tendo como objeto as questões reais da economia brasileira e os entraves ao seu desenvolvimento.


Fonte; ENVOLVERDE

Baleia Jubarte procria nas águas da costa do Espírito Santo.

Um diagnóstico apresentado pelo projeto Amigos da Jubarte traz informações curiosas e muito animadoras sobre o comportamento das baleias na costa capixaba. O trabalho, realizado em 2017 com a Vale entre os parceiros, engloba dados gerais sobre as atividades realizadas pelo projeto em expedições de pesquisa e de avistamento turístico, em que foram identificados filhotes que nasceram em águas capixabas durante a temporada da espécie na costa do Espírito Santo.

Na temporada de 2017, as equipes de pesquisa e demais parceiros do projeto puderam acompanhar os primeiros dias de vida dos novos filhotes capixabas no Oceano Atlântico e tiveram a oportunidade de presenciar, nos mares do Espírito Santo, o seu desenvolvimento, o treinamento com as suas mães e comportamentos diversos, como saltos e batidas das nadadeiras. Eles estavam sempre mais próximos à costa do que os indivíduos registrados no início da temporada, o que é um comportamento comum das fêmeas com filhotes. “Geralmente, grupos de baleias adultas e sub adulta utilizam as águas mais profundas”, explica Paulo Rodrigues, coordenador de pesquisas do Projeto Amigos da Jubarte. O projeto Amigos da Jubarte é uma colaboração entre os institutos O Canal, Últimos Refúgios, Ecomaris e Baleia Jubarte.

“A gestação das Jubarte dura aproximadamente 11 meses. Os filhotes nascem com cerca de uma tonelada de peso e medindo em torno de quatro metros de comprimento. Após o nascimento, eles passam até dez meses se alimentando de 100 litros de leite por dia. Trata-se de um alimento bastante rico, que contém até 70% de gordura e que garante energia suficiente para os meses de migração que os filhotes têm de enfrentar”, relata Rodrigues.

No primeiro ano de execução do Jubarte.Lab, a plataforma científica do projeto Amigos da Jubarte, também foi possível verificar a preparação desses pequenos gigantes para a sua jornada inaugural, que consiste na migração por mais de 4 mil quilômetros até as águas Antárticas. “É lá que as baleias Jubarte se alimentam, garantindo uma espessa camada de gordura e reserva energética para a produção de leite para os seus filhotes. A cada ano elas retornarão para casa, no litoral brasileiro, quando será possível encontrá-las novamente, acompanhadas de seus bebês, já mais crescidos e com algumas toneladas a mais”, explica o coordenador do Amigos da Jubarte, Thiago Ferrari. Esses registros ocorreram durante as expedições realizadas na região da Grande Vitória e que oportunizaram a aproximadamente 620 pessoas a experiência de participar de uma expedição para avistamento de baleias pela primeira vez na capital capixaba.

De acordo com o diagnóstico realizado pelo Projeto Amigos da Jubarte, as baleias permanecem nas águas brasileiras por aproximadamente sete meses durante o período reprodutivo, para o nascimento dos filhotes, amamentação, primeiros ensinamentos e acasalamento. Ficam concentradas principalmente na região do Banco dos Abrolhos, localizado entre o Espírito Santo e a Bahia, permanecendo por meses sem se alimentar, com exceção dos filhotes.

Após a temporada nas águas quentes e calmas, principalmente do Sudeste e Nordeste do país, a população de baleias Jubarte brasileira migra para as proximidades das Ilhas Sandwich, próximo da Antártida, nas águas austrais, onde realiza o seu ciclo de alimentação. Depois de alimentadas, e fugindo do clima severo, as Jubarte retomam, a partir de maio, uma jornada de aproximadamente 4 mil quilômetros, retornando às águas brasileiras e se aproximam da plataforma continental do Atlântico Sul, principalmente a partir dos estados do Sudeste.

Estudos históricos e os novos métodos de estimativa populacional empregados pelo Instituto Baleia Jubarte demonstram que nos últimos anos houve uma taxa de crescimento de 10% ao ano da população da Jubarte brasileira, o que significa uma média de 2 mil filhotes nascendo anualmente. 

Estima-se que a população total de jubartes na costa brasileira é de 20 mil indivíduos atualmente.


Fonte: ENVOLVERDE

quinta-feira, 17 de maio de 2018


Blindagem jurídica dificulta saber causas de acidentes em barragens.

“No Brasil ainda existe uma ‘blindagem’ jurídica que restringe as informações sobre as causas dos acidentes em barragens. Isso precisa mudar, já que relatórios sobre acidentes e estudos de caso ajudam a prevenir novas tragédias e melhorar a segurança dos empreendimentos”. A afirmação é do presidente do Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), Carlos Henrique Medeiros. Para aprofundar o tema e trazer as últimas novidades do setor, o Comitê organiza de 21 a 23 de maio, em São Paulo, o II Encontro Técnico sobre Incidentes e Acidentes em Barragens, o XI Simpósio sobre Pequenas e Médias Centrais Hidrelétricas e o II Simpósio sobre Usinas Hidrelétricas Reversíveis.

Para Medeiros, acidentes como o da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), chamam a atenção para o fato de que a cultura de segurança ainda não foi internalizada de forma eficiente nas organizações. “Segurança não combina com burocracia, falta de recursos, deixar para depois. Barragens são estruturas de risco e passíveis de incidentes e acidentes, com sérias consequências”, reitera. Quem participar do evento conhecerá também a visão de um palestrante internacional, que falará sobre as lições aprendidas no acidente de Oroville (EUA), de grande repercussão no meio técnico.

O CBDB ainda vai discutir a questão das pequenas e médias centrais hidrelétricas, que se destacam por serem fontes de energia limpa, barata, de baixo impacto ambiental e geradoras de empregos. Para completar, estarão em debate as usinas reversíveis, pouco comuns ainda no Brasil e que podem servir de suporte nos picos de demanda do sistema elétrico.

São esperados cerca de 300 profissionais, agentes e acadêmicos no Bourbon Convention Ibirapuera, que compilarão ao final dos eventos a Carta de São Paulo para servir de subsídio às políticas setoriais. “O CBDB é um importante fórum de discussão dessas transformações e por isso vai exercer seu papel de impulsionador das ações necessárias para aprimorar cada vez mais o setor”, completa o vice-presidente do CBDB e coordenador dos eventos, José Marques Filho.

Fonte: ENVOLVERDE

Guerra comercial entre EUA e China afeta floresta amazônica.

À medida que a ameaça de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China se aproxima e a retórica aumenta, um efeito colateral sinistro foi deixado de fora da discussão: os impactos potenciais sobre as florestas e o clima.

Recentemente, a China anunciou que imporia uma tarifa de 25% sobre os produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja, trigo, milho, algodão, sorgo, tabaco e carne bovina. Embora a China ainda não tenha anunciado uma data para a ação, suas tarifas propostas sobre os produtos agrícolas dos EUA poderiam aumentar a demanda por soja e outros produtos agrícolas nos países sul-americanos. 

Embora seja uma oportunidade para o Brasil e outros países aumentarem as receitas e promoverem melhores práticas de uso da terra, sem as devidas precauções tomadas pelos governos, setor privado e comunidade internacional, uma mudança na produção de soja poderia colocar alguns ecossistemas tropicais, particularmente o Cerrado brasileiro, em risco de desmatamento da expansão agrícola.

A China importa mais da metade de sua soja da América do Sul – um valor total de importação de US $ 19,5 bilhões, com US $ 15,6 bilhões apenas do Brasil. E já começou a transferir sua demanda de soja dos EUA para o Brasil: as exportações brasileiras de soja para a China mais do que dobraram desde setembro de 2017, em parte devido à seca na Argentina .

Com altas tarifas sobre produtos dos EUA, o Brasil poderia ser o principal beneficiário da guerra comercial por meio de preços preferenciais. Analistas acreditam que isso poderia ter impactos de longo prazo na produção de soja e mudar permanentemente a demanda para a América do Sul. Isso pressupõe alta elasticidade da produção e preço da soja. Se o aumento da demanda da China levar ao aumento da produção de soja, a soja poderá invadir as florestas se as devidas salvaguardas e práticas agrícolas não forem utilizadas.

Como os preços da soja aceleram o desmatamento

De acordo com uma meta-análise dos impulsionadores do desmatamento, os preços agrícolas são o fator mais forte no aumento do desmatamento. Mudanças no uso da terra com relação a preço são muito mais elásticas no Brasil do que os EUA. Simplificando, isso significa que se os preços aumentarem, a produção de soja no Brasil tenderá a se expandir, como ocorreu quando os preços da soja brasileira subiram no início dos anos 2000 . Por outro lado, preços mais baixos poderiam facilitar certas mudanças políticas e ambientais. Por exemplo, a moratória de soja do Brasil em 2006 , um acordo voluntário de desmatamento zero da indústria da soja, foi possível em parte porque ocorreu em um momento em que os preços da soja estavam baixos.

A possibilidade de uma guerra comercial entre a China e os EUA já fez com que os prêmios de soja brasileiros subissem , atingindo a maior alta em 21 meses. E o risco de desmatamento se estende além da Amazônia brasileira para outros ecossistemas, como o Cerrado (um bioma de savana com uma mistura de áreas florestais e pastagens) e além do Brasil para os vizinhos Paraguai, Argentina e Bolívia.

Além de ter o potencial de impactar as florestas brasileiras, o maior cultivo de soja também poderia afetar as emissões brasileiras e sua capacidade de alcançar seus compromissos de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) para o Acordo Climático de Paris. Mudanças no uso da terra e florestas combinadas com a agricultura contribuíram com 28,6ktCO 2 e das emissões brasileiras de 1990 a 2014, 74% do total nacional. O desmatamento adicional do aumento da produção agrícola elevaria ainda mais as emissões totais brasileiras.

Fonte: ENVOLVERDE