Grandes economias insistem em se manter atreladas ao uso do carvão.
Enquanto
parte dos integrantes do Acordo de Paris comemorara o avanço das
energias limpas, há um temor literalmente no ar, pois grandes
economias ainda se mantém firmes com o uso do carvão. Entre os que
continuam com a expansão do carvão térmico estão o Japão, a
Indonésia, as Filipinas e a Turquia, que ainda estão prosseguindo
com planos de construção de usinas de carvão, o que elevará as
emissões e os riscos de ativos ociosos significativos. Embora a
China esteja parando a construção de usinas a carvão em algumas
províncias devido a excesso de capacidade, o carvão continua a
responder por cerca de dois terços da geração de eletricidade, e
novas usinas foram autorizadas. O uso total de carvão na China
aumentou novamente no ano passado após um declínio que vinha desde
2013. Dentro da União Europeia, a Polônia, anfitriã deste ano da
conferência sobre o clima, continua a depender fortemente do carvão
e está sozinha na expansão do planejamento da UE.
Governos que decidiram eliminar o carvão, mas precisam de mais etapas para a implementação de suas intenções, incluem a Coréia do Sul, que anunciou sua intenção de fechar várias usinas antigas de carvão antes do previsto e reconsidera as novas usinas que buscam licenças ou estão em construção, mas ainda não conseguiu implementar totalmente essas aspirações. Outros países, como o Chile e a Alemanha, deram um primeiro passo e decidiram iniciar um processo para estabelecer cronogramas de eliminação progressiva. Nos dois países, quase metade da eletricidade ainda é gerada pelo carvão atualmente.
Há governos que ainda se concentram em um futuro movido a carvão, enquanto a realidade é renovável: o uso continuado do carvão parece ainda estar firme nos planos governamentais dos Estados Unidos e da Austrália, apesar dos sinais claros de que a energia renovável está ganhando terreno devido à competitividade em termos de custo – e é altamente provável que continue a fazê-lo.
Fonte:
ENVOLVERDE
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