Em quatro meses, Cantareira perde
o equivalente ao volume morto.
Por segurança, a Sabesp solicitou a retirada
de 106 bilhões de litros de água da segunda reserva técnica do Sistema
Cantareira, mas ainda não há previsão para o início da obra.
O volume do Sistema Cantareira continua em queda
e chegou hoje (16) a 8,9% da capacidade dos reservatórios. Com isso, as
represas que abastecem parte da Grande São Paulo e dos municípios do interior
atingem praticamente o mesmo nível de 15 de maio (8,2%), considerado crítico, o
que levou o sistema a começar usar a reserva técnica, que adicionou 182,5
bilhões de litros de água.
A falta de chuvas tem dificultado a reposição do
volume das represas. Foram registrados na região 30,1 milímetros de chuva neste
mês. A média histórica é 91,9 milímetros de precipitação ao longo de setembro.
Segundo a Secretaria de Saneamento e Recursos
Hídricos do Estado de São Paulo, no entanto, o abastecimento de água está
garantido até março de 2015. Além disso, a expectativa é que, até o final do
mês, chova regularmente e não haja necessidade de se recorrer à segunda cota da
chamada reserva técnica ou volume morto. Essa solução só será utilizada em último
caso, segundo o governo paulista. Também, gradativamente, será reduzida a
dependência do Sistema Cantareira em relação a outros mananciais.
A partir deste mês, o processo de transferência
de água para a área abastecida pelo Cantareira permitirá o bombeamento de mais
500 litros por segundo com a utilização das águas do Rio Grande e, em outubro,
mais 1 mil litros por segundo retirados do Rio Guarapiranga. Com esse volume,
haverá redução de dependência do Cantareira para o abastecimento de 500 mil
moradores. Só neste ano, acrescenta a nota, a estimativa é diminuir de 8,8
milhões para 6 milhões o número de consumidores atendidos por esse sistema.
Como medida preventiva, a Sabesp solicitou a
retirada de 106 bilhões de litros de água da segunda reserva técnica do Sistema
Cantareira. A obra já foi autorizada pelo Departamento de Águas e Energia
Elétrica (Daee), porém, não há previsão para o início.
* Edição:
Denise Griesinger
Fonte: Agência
Brasil
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