Brasileiros levam prêmios da
Competição Latino-Americana.
por
Redação da Envolverde
Foram anunciados na noite de 25/03 os vencedores da
Competição Latino-Americana da 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. Ao
todo, 12 filmes participaram da competição, dos quais sete longas e cinco
curtas.
“Brasil S/A”, de Marcelo Amaral, foi escolhido o
melhor filme pelo júri, composto por Tata Amaral, Toni Venturi e Francisco
Galvão de França. O filme argentino “Balada para Satã”, de Antonio Balseiro e
Carlos Balseiro, foi escolhido como melhor curta-metragem.
A escolha do público foi o filme “A Lei da Água”,
de André D’Elia, que também levou Menção Honrosa do júri. Este ano foram
concedidas duas menções honrosas. A segunda foi para o filme “Carioca era um
Rio”, de Simplício Neto.
“Neste ano consolidamos a competição latino
americana com a exibição de 07 longas, o que reflete o amadurecimento desta
produção no Brasil e na América Latina”, define o diretor da Mostra, Chico
Guariba.
A Lei da Água
Deliberações do Júri
Melhor Curta
Pela graça da animação e sua articulação narrativa,
que nos leva a um mundo fantasioso que ao final se revela uma realidade
assustadora, o júri escolheu como Melhor Curta-Metragem “Balada para Satan”, de
Antonio Balseiro e Carlos Balseiro.
Menções Honrosas (Longa)
Por trazer à tona os desmandos históricos no
tratamento dado aos rios, o que revela a catástrofe do saneamento básico
brasileiro, o júri outorga menção honrosa ao longa-metragem “Carioca era um
rio”, de Simplício Neto.
Carioca era um Rio
Pela urgência do tema e por reconvocar a sociedade
para a discussão do código florestal, o júri também dá menção honrosa ao filme
“A Lei da Água”, de André D’Elia.
Melhor Longa
Pela relevância da experimentação da linguagem e
por trazer reflexão sobre aspectos socioambientais contemporâneos, o júri
elegeu como Melhor Longa-Metragem “Brasil S/A”, de Marcelo Pedroso.
Balada para Satã
Troféus
Os troféus da premiação dos melhores filmes da
Competição Latino-Americana buscam valorizar a inclusão e a economia solidária.
Como no ano anterior, foram idealizados e desenhados pelo Design Possível
e produzidos pelo Projeto Tear. Nesta edição, agregamos um novo parceiro:
Cristais São Marcos.
No novo troféu, foram mantidos em madeira a base e
o muriqui, mascote da mostra. Esta madeira é proveniente de restos de poda de
árvores e reaproveitamento de descartes. Uma ‘gota de água’ em cristal foi
agregada ao troféu, substituindo o galho de árvore do ano anterior. Produzida
em cristal, a gota remete ao colapso hídrico vivenciado pelo sudeste do Brasil.
O Projeto Tear, produtor das peças em madeira, iniciou sua
trajetória em 2003. É um serviço público de saúde mental que atua no campo da
inclusão pelo trabalho cultural e convivência, integrando a Rede de Atenção
Psicossocial do Município de Guarulhos, por meio de parceria entre a Prefeitura
de Guarulhos, Associação Saúde da Família, Associação Inclui Mais e
Laboratórios Pfizer. As oficinas de trabalho e intervenção cultural funcionam
como espaços de convivência e geração de trabalho e renda para 120 pessoas em
situação de sofrimento psíquico ou outras vulnerabilidades socioafetivas, que
participam de atividades de encadernação, mosaico, vitral, papel artesanal,
marcenaria, tear e costura, serigrafia, espaço multiforme e Teatro do Oprimido.
A renda obtida com os produtos e serviços é revertida para os participantes sob
a forma de bolsa oficina.
Para inclusão da gota no novo modelo do troféu veio
a empresa Cristais
São Marcos, pioneira nesse tipo de vidro no Brasil. Tradição familiar
aprendida com um mestre italiano que foi para Minas Gerais, está há mais de 60
anos em Poços de Caldas. A peças são feitas artesanalmente. Os irmãos Antônio
Carlos e Paulo Molinari aprenderam a arte do vidro ainda crianças, e hoje são
verdadeiros artistas vidreiros. (Ecofalante/ #Ecofalante)
Fonte: ENVOLVERDE
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