terça-feira, 24 de março de 2015

Brasileiros cobram mais ação do governo sobre mudanças climáticas.
por Redação do Observatório do Clima
Caminhada pelo clima, setembro de 2014. Foto: Olivia Nachle | Avaaz.

De acordo com pesquisa, Brasil é o país onde mais pessoas manifestaram desejo de ver mais ação governamental para reduzir emissões.

Os brasileiros querem que o governo faça mais do que tem sido feito sobre as mudanças climáticas e a emissão de gases de efeito estufa. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Sindical Internacional (ITUC, na sigla em inglês), divulgada nesta quinta-feira (19), 93% dos brasileiros gostariam de mais atuação do governo para limitar a poluição que causa mudanças climáticas.

Dos 14 países onde foi realizada a pesquisa, o Brasil é o país onde mais pessoas manifestaram o desejo de ver mais ações do governo para reduzir as emissões que causam mudanças climáticas, seguido por África do Sul (88%) e Rússia (87%). Índia e China também obtiveram percentual superior a 80%. Em todo o mundo, 73% da população acreditam que os governos podem fazer mais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A notícia é um alerta para o governo brasileiro e demais governos, para que apresentem metas ambiciosas de redução de emissões na Conferência do Clima de Paris, em dezembro. “Sem uma ação urgente e ambiciosa vamos enfrentar um aumento de temperatura de 4ºC ou mais neste século e mudanças irreversíveis no nosso clima”, afirmou Sharan Burrow, secretária-geral da ITUC.

Burrow também alertou para o prejuízo financeiro causado pelo aquecimento global. “Os economistas têm falado. O aquecimento global vai custar ao mundo muito mais do que o estimado anteriormente”.

Transição justa

Da ITUC considera que os trabalhadores e os seus sindicatos têm um papel vital a desempenhar, exigindo transformação industrial, organização de novos empregos de qualidade na economia verde emergente e lutando pelas medidas de transição justa que garantam manutenção de empregos em um cenário de menos emissões.

A pesquisa foi realizada em 2014 e divulgada nesta quinta-feira. Saiba mais, no site da ITUC (em inglês).


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