Programa Mata Atlântica faz
parceria criativa em prol da Baía de Guanabara.
por
Redação do WWF Brasil
Cadeiras e outros utensílios estão entre as ideias
de produtos para reaproveitar o resíduo plástico. Foto: © The Plastic Soup.
A segunda maior baía do litoral brasileiro possui
380 km² de extensão e é também um dos ícones do Rio de Janeiro. A famosa Baía
de Guanabara está presente em praticamente 16 municípios e vem sofrendo
impactos consideráveis devido ao crescimento demográfico. Um deles é o acúmulo
de lixo.
Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio, a Baía recebe
em torno de 100 toneladas diárias de resíduos sólidos.
Pensando em uma forma de reduzir o lixo plástico
despejado, chamar a atenção para resolução do problema e, ao mesmo tempo,
beneficiar as comunidades locais (tanto em relação às condições de saúde quanto
por meio de ganhos econômicos), o WWF-Brasil e o WWF – Holanda estão
realizando, em conjunto com a Plastic Soup Foundation, um projeto na Baía de
Guanabara.
Para dar início ao escopo do projeto, as
organizações promoveram o “Designer´s Day” nos dias 5 e 7 de março. Um encontro
de profissionais no Rio que discutiu conceitos para criar e desenvolver, de
forma conjunta, conceitos de produtos que utilizem matéria prima proveniente do
plástico flutuante retirado da Baía de Guanabara. Os produtos deverão ter
viabilidade econômica, técnica e social, e contribuir para o debate sobre a
questão da poluição marinha.
Foto: © WWF-Brasil / Fabrício Scarpeta.
“Esse projeto abrange o desenvolvimento de um
piloto que aborda o recolhimento de resíduos plásticos nas comunidades, o
tratamento dos resíduos, e a sua transformação em produtos de consumo funcional
e comercializável, projetados por designers brasileiros e internacionais. Ele
deverá funcionar como alavanca para recolocar a questão da poluição da
Guanabara na agenda pública”, explica a Anna Carolina Lobo,
coordenadora do Programa Mata Atlântica que lidera essa parceria.
O corpo de 14 designers (12 brasileiros e dois
holandeses) estudaram oportunidades geradas pelos Jogos Olímpicos de 2016 e
reviram os designs criados no evento homônimo realizado na Holanda em 2014. “Os
designs criados serão apresentadas em uma exposição em conjunto com o Instituto
Mar Adentro, que acontece no próximo domingo (22/03) no Posto 6 na praia de
Ipanema. Os próximos passos serão escolher os designs mais viáveis, realizar o
estudo de viabilidade técnica, econômica e social e iniciar a produção”,
finaliza Lobo.
Fonte: WWF Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário