Líderes de pequenas ilhas do
Pacífico Sul falam da vulnerabilidade de seus Estados.
por ONU
Brasil
Destruição em Vanuatu após a passagem de ciclone
Pam. Foto: UNICEF Pacific/Alice Clements.
Em conferência da ONU, países localizados em
pequenas ilhas do Pacífico – que são mais vulneráveis a eventos climáticos
extremos – pedem parcerias para se prepararem melhor contra as catástrofes.
No momento em que se faz o levantamento das perdas
causadas pelo ciclone Pam que atingiu o Pacífico Sul nos dias 13 e 14 de março
e destruiu grande parte de Vanuatu, líderes da região fizeram uma convocação
conjunta, nesta terça-feira (17), por uma conferência da ONU sobre resistência
às catástrofes. Eles também pedem parcerias que ajudem seus países a
desenvolver uma maior capacidade para lidar com eventos climáticos extremos.
Kiribati, Tuvalu e Ilhas Salomão também sofreram
com a tormenta tropical. O embaixador de Tuvalu na ONU, Aunese Makoi Simati,
presente na Terceira Conferência Mundial para a Redução de Riscos de Desastres
afirmou que assim como em Vanuatu, a devastação no seu país é imensa.
“A palavra ‘vulnerável’ anda de mãos dadas com as
palavras ‘ilha pequena’, disse, expressando sua solidariedade à todas as ilhas
afetadas e atóis vizinhos. Simati disse que os moradores das ilhas do Pacífico
sempre são perguntados “por que as pessoas não vão para um lugar mais alto? Por
que não vão para outro lugar? Não há um lugar mais alto. Tuvalu fica a menos de
três metros acima do nível do mar. Nossas ilhas são planas.”
O objetivo da Conferência de Sendai, que termina
nesta quarta-feira (18), é atualizar o Marco de Ação de Hyogo, criado na
esteira da devastação causada pelo tsunami no Oceano Índico, em janeiro de
2005. A adaptação às mudanças climáticas, assim como a vulnerabilidade
específica enfrentada pelos Estados em desenvolvimento em pequenas ilhas
surgiram como prioridades durante as discussões em Sendai.
Fonte: ONU Brasil
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