Progresso
em indicadores socioeconômicos.
Campinas (SP) é uma das quatro regiões
metropolitanas adicionadas ao Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Foto:
Neto Baldo /Flickr CC.
Por Redação da ONU Brasil –
Regiões metropolitanas do Vale do Paraíba e Litoral
Norte, Baixada Santista, Campinas e Maceió avançam no IDHM, seguindo tendência
de crescimento das outras 16 regiões pesquisadas na primeira fase do estudo.
A Fundação João Pinheiro, o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) lançaram nesta quarta-feira (01) novos dados para o Atlas do
Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras. Nesta nova fase,
o site do Atlas recebeu indicadores de quatro regiões metropolitanas: Maceió
(AL), Baixada Santista (SP), Campinas (SP) e Vale do Paraíba/Litoral Norte
(SP). As quatro novas regiões metropolitanas somam-se a outras 16 cujos
indicadores foram divulgados em novembro de 2014.
Mais uma vez os dados confirmam os avanços nos
indicadores socioeconômicos brasileiros entre 2000 e 2010. O Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e todos os outros 200 indicadores
socioeconômicos levantados cresceram nas quatro regiões pesquisadas.
Atualmente, todas elas se encontram na faixa de Alto Desenvolvimento Humano,
com IDHM acima de 0,700. A região metropolitana da Baixada Santista avançou 11%
no período, enquanto as regiões de Campinas e Vale do Paraíba/Litoral Norte
tiveram aumento de aproximadamente 11,5% no IDHM. O maior avanço foi observado
na Região Metropolitana de Maceió, que cresceu quase 24%, porém, ainda assim,
ocupa a última posição no ranking.
Apesar dos avanços generalizados, a desigualdade em
nível intrametropolitano ainda existe, revelando um quadro de injustiça social
que persiste tanto no Sudeste como no Nordeste. Seja em Campinas (SP) ou Maceió
(AL), a diferença na esperança de vida ao nascer, dentro mesma região
metropolitana, é de mais de 10 anos. Isso significa que a criança que nasce em
uma área pobre da cidade, possivelmente, viverá 10 anos a menos que aquela que
nasce em um bairro mais rico.
No campo da educação, a análise da situação nas
diversas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) – conceito próximo ao de
bairros – mostra um panorama igualmente impactante: enquanto em algumas áreas
mais de 90% das pessoas com 18 anos ou mais possuem o ensino fundamental
completo, em outras áreas esse percentual fica entre 30% e 40%,
aproximadamente.
Se o indicador analisado é a renda per capita média
mensal das pessoas, a desigualdade também aparece de forma marcante. Na região
metropolitana de Maceió, a renda per capita mensal vai de pouco mais de 200 a
mais de 4 mil reais. Na região metropolitana de Campinas, da Baixada Santista e
do Vale do Paraíba e Litoral Norte a situação é a mesma, sendo que nas áreas
ricas a renda mensal per capita supera os 4 mil reais, ficando entre 300 e 400
reais nas áreas menos favorecidas.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
é uma medida composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento
humano: longevidade, educação e renda. O índice varia de 0 a 1.
Quanto mais
próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
Fonte: ONU Brasil
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