quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Semestre mais quente da história.
Menino se refresca de um dia quente em Omdurman, Sudão. Foto: Banco Mundial/ Arne Hoel.
Por Edgard Júnior, da Rádio ONU –

Primeiro semestre de 2015 teve temperatura 0,8 ºC acima da média e foi o mais quente desde 1880.

A Organização Meteorológica Mundial, OMM, alertou que o 1º semestre de 2015 foi o mais quente já registrado na história.

Citando dados da Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Noaa, a OMM afirmou que o mesmo aconteceu com o mês de junho, que registrou a temperatura mais alta até agora.

Recorde

A média global das temperaturas sobre a superfície terrestre e dos oceanos foi 0,8º C acima da média registrada no século 20, de 15,5º C e ultrapassou também o último recorde registrado em 2010.

A agência cita que a maioria dos territórios em todo o mundo estava muito mais quente do que a média durante os seis primeiros meses do ano. Essas regiões incluem quase toda a América do Sul, a Eurásia e a África além do oeste da América do Norte.

A Austrália também estava mais quente durante este mesmo período.

A agência diz que junho de 2015 marca o terceiro mês, este ano, a quebrar o recorde de temperatura, junto com março e maio.

Camada de Gelo

Mas os outros meses não ficaram muito distantes: janeiro e fevereiro ficaram em segundo lugar e abril foi o quarto mais quente desde que os dados começaram a ser registrados em 1880.

A camada de gelo no Ártico sofreu uma redução de 7,7%, para 906 mil Km ² se comparada à média entre 1981 e 2010, ano justamente em que ela atingiu a sua menor área.

No caso do polo Antártico, houve um aumento de 7,2% de sua área que chegou a 984 mil Km ².

O Centro de Clima de Tóquio, que usa uma metodologia um pouco diferente, informou que a temperatura média da superfície global subiu um pouco menos do que o índice indicado pela agência americana.

A Organização Meteorológica Mundial utiliza uma combinação de dados de várias agências para preparar o relatório anual sobre o Clima Global, que vai ser divulgado em novembro.


Fonte: Rádio ONU

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