Por que
comprar no mercadinho da esquina.
elipe Campos Mello —
Foto: Shutterstock
Sebrae lança campanha de incentivo ao consumo
de pequenos negócios. Atitude estimula a economia local e gera empregos na sua
região.
Comprar uma cerveja na esquina de casa ou almoçar
por 15 reais em um restaurante do seu bairro tem um valor que vai além de
apenas suprir suas necessidades. Esse é o conceito do Sebrae (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) ao elaborar o “Movimento
Compre do Pequeno Negócio”, lançado nesta quarta-feira 5.
“Ele é perto da sua casa, o dinheiro fica no seu
bairro e gera empregos. É o motor da economia e, quando analisado o conjunto,
possui uma amplitude econômica importantíssima.”, explica Luiz Barretto,
Presidente da entidade. Para ele, a concepção de pequeno negócio ainda é muito
vaga para sociedade brasileira.
“A ideia é juntar um ato de cidadania com um ato
de mercado, que faça o consumidor entender porque é importante comprar de uma
pequena empresa”, afirmou Barretto.
O quadro maior do setor dá uma dimensão mais
ampla do conceito da campanha: mais de 17 milhões de brasileiros vivem com
carteira assinada por uma pequena empresa, e o setor responde a 27% do Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em São Paulo, já são mais de 2,7 milhões de
micro e pequenas empresas.
Crise econômica
Paulo Solmucci, o presidente da Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes (entidade que também apoia a medida), falou
sobre o momento econômico do país: “evidentemente a crise existe. Em alguns segmentos
e localidades, ela é muito intensa, mas quando você olha o Brasil como um todo,
ela não tem a força que os jornais falam. A grande maioria do nosso setor, os
pequenos estabelecimentos, estão crescendo até 15 %.”
mercado.jpgA opinião converge com a análise de
Barretto, presidente do Sebrae. Para ele, o momento é de crise mas também de
oportunidade. “Nós vivemos um ano de ajuste, de dificuldade, mas a pequena
empresa continua gerando emprego. O saldo do primeiro semestre de 2015 é
positivo, entre janeiro e 31 de junho foram geradas 116 mil vagas, muito mais
do que as médias e grandes empresas. Estas, por sua vez, apresentaram um saldo
negativo em torno de 450 mil vagas.”
A presidenta da Associação Brasileira de
Franchising, Maria Cristina Franco, seguiu na mesma linha: afirmou que o
franchising, presente em 37% dos municípios brasileiros, fechará o ano de 2015
com um crescimento entre 7,5% a 9%.
Fonte: Carta
Capital
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