Conferência discute avanços nos direitos das mulheres.
Foto:
ONU/Ky Chung
“Ao
buscar um crescimento econômico que beneficie todos os cidadãos, é importante
se concentrar não apenas em garantir que as mulheres possam participar das
decisões que afetam suas vidas”, afirmou a administradora do PNUD, no evento em
Buenos Aires.
A
administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
Helen Clark, referiu-se a 2015 como “uma nova oportunidade” para alcançar a
equidade de gênero, ao abrir o encontro global de três dias em comemoração pelo
20º aniversário da conferência sobre as mulheres que consagrou a Plataforma de
Ação de Pequim em Buenos Aires (Argentina), na quarta-feira (08).
Na
abertura da conferência internacional “Mulheres e Inclusão Social: De Pequim
para o pós -2015″, que abordou os desafios enfrentados por mulheres e meninas e
contou com a participação da ministra do Desenvolvimento Social da Argentina,
Alicia Kirchner e da diretora mundial da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo Ngcuka,
Clark ressaltou que, além de uma meta específica de igualdade de gênero na nova
agenda de desenvolvimento global pós-2015, é essencial garantir que todas as
políticas, tanto em nível nacional quanto local, estejam sendo vistas através
das “lentes do gênero”, para que ajudar a superar as desigualdades históricas
entre homens e mulheres.
“Ao
buscar um crescimento econômico que beneficie todos os cidadãos, é importante
se concentrar não apenas em garantir que as mulheres possam participar das decisões
que afetam suas vidas, mas também da superação de barreiras, incluindo as
práticas e atitudes discriminatórias institucionalizadas que mantêm as mulheres
em situação de pobreza”, afirmou Helen Clark para mais de 200 líderes mundiais,
parlamentares, formuladores políticos, pesquisadores e mulheres de organizações
da sociedade civil e comunidades de todo o mundo.
“Isso
inclui a luta contra o flagelo da violência contra as mulheres, e também a
carga desproporcional de trabalho não remunerado realizado pelas mulheres e
meninas que as privam de tempo para ganhar dinheiro, obter novas habilidades e
participar da vida pública,” continuou. “Tais movimentos em apoio à igualdade
de gênero e ao empoderamento das mulheres estão no centro dos esforços do PNUD
para erradicar a pobreza, melhorar a vida das mulheres, e direcionar o
desenvolvimento sustentável.”
A
diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, fez um apelo para
“enfrentarmos as causas profundas da pobreza das mulheres”, incluindo a
garantia de trabalho digno para as mulheres.
“Para a
pobreza das mulheres virar passado, elas precisam estar em empregos protegidos
e dignos em grandes números”, disse.
“Não é
possível igualdade de gênero sem justiça, inclusão, crescimento e
desenvolvimento social”, disse Alicia Kirchner, ministra de Desenvolvimento
Social do Governo da Argentina.
Saiba
mais sobre o encontro clicando aqui.
Fonte: ONU Brasil
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