Especialistas tentam regulamentar
produtos químicos e resíduos perigosos.
Cerca de 1.500 especialistas de mais de 180
países tentam regulamentar produtos químicos e resíduos perigosos, como o
amianto, pesticidas e lixo eletrônico em uma conferência internacional iniciada
nesta segunda-feira em Genebra.
Esta reunião, que se encerra em 15 de maio, reúne
representantes dos Estados membros de três convenções que administram este
setor: a de Estocolmo sobre poluentes orgânicos persistentes, a de Roterdã
sobre o comércio de produtos químicos perigosos e a de Basileia sobre o
controle dos movimentos transfronteiriços de resíduos perigosos.
Durante as próximas duas semanas, novas
substâncias estarão sujeitas a legalização internacional, como o
hexaclorobutadieno, com propriedades inseticidas e fungicidas, e o
pentaclorofenol, usado como solvente ou como biocida em produtos
fitofarmacêuticos.
Dois produtos, o amianto crisotila e o paraquat –
que já foram estudados na última reunião em 2013 – voltarão a ser propostos a
integrar a Convenção de Roterdã, na esperança de que os países alcancem um
acordo, declarou a jornalistas Rolph Payet, secretário executivo das três
convenções.
O amianto crisotila, também conhecido como
amianto branco, é um material resistente ao fogo utilizado na construção civil,
mas está associado a certos tipos de câncer.
O paraquat é, por sua vez, um produto químico
usado na produção de herbicidas. Pode causar a morte dentro de 30 dias após sua
ingestão. É proibido na União Europeia e na Suíça, em particular.
A Convenção de Roterdã regula a importação e
exportação de alguns produtos, embora não seja proibitiva: isto significa que um
produto químico nesta categoria só pode ser exportado com o consentimento
prévio do importador.
Durante as próximas duas semanas, os
especialistas irão tentar chegar a acordos para criar um sistema de controle do
cumprimento das obrigações relativas às convenções de Roterdã e Estocolmo. Este
sistema só existe no caso da Convenção de Basileia.
Eles também tentarão definir o que são os
resíduos elétricos e eletrônicos, a primeira etapa antes de saber como lidar
com estes produtos altamente tóxicos, embora em 2014 apenas cerca de um sexto
destes resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos tenham sido devidamente
reciclados.
Com relação aos resíduos perigosos (Convenção de
Basileia), Suíça e Indonésia defendem uma iniciativa conjunta para que estes
resíduos acabem apenas nos países capazes de eliminá-los.
Trata-se, sobretudo, de desenvolver padrões
internacionais para instalações de tratamento de resíduos tóxicos no mundo
inteiro.
Há centenas de milhares de diferentes produtos
químicos. Cerca de 700 estão no corpo humano devido à exposição permanente a
estes produtos.
Fonte: Yahoo
Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário