Brasil tem Mapa de Conflitos
envolvendo injustiça ambiental e saúde.
O objetivo é avaliar os impactos de políticas e
projetos que atingem diretamente populações vulneráveis.
A reportagem é da Rádio Nacional da Amazônia,
13-05-2015.
Brasil tem Mapa de Conflitos envolvendo injustiça ambiental
e saúde. O objetivo é avaliar os impactos de políticas e projetos que atingem
diretamente populações vulneráveis. O Mapa é desenvolvido em conjunto pela Fiocruz
e pela Fase, com o apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do
Trabalhador do Ministério da Saúde.
A partir de um levantamento inicial, o Mapa
tem como objetivo apoiar a luta de inúmeras populações e grupos
atingidos em seus territórios por projetos e políticas baseadas numa visão de
desenvolvimento considerada insustentável e prejudicial à saúde por tais
populações, bem como movimentos sociais e ambientalistas parceiros.
O Mapa busca sistematizar e socializar informações
disponíveis, dando visibilidade às denúncias apresentadas pelas comunidades e
organizações parceiras, contribuindo para o monitoramento de ações e de
projetos que enfrentem situações de injustiças ambientais e
problemas de saúde em diferentes territórios e populações das cidades, campos e
florestas, sem esquecer as zonas costeiras.
Os casos são selecionados a partir
de sua relevância socioambiental e sanitária, seriedade e consistência
das informações apresentadas.
Embora tenha contado com apoio governamental para a
sua realização, o Mapa é direcionado para a sociedade civil. Ele está aberto
para informar, para receber denúncias e para monitorar as ações dos diversos
níveis do Estado. Nesse sentido, ele está democraticamente a serviço do público
em geral e, principalmente, das populações atingidas.
No Amazônia Brasileira desta quarta-feira
(13), a doutora em História Tania Pacheco explica como o Mapa pode ser
usado pela sociedade civil e pelo poder público, na defesa das populações mais
vulneráveis no sentido de garantir um dos direitos primeiros garantidos na
Constituição: o direito à saúde.
Tania Pacheco há
anos trabalha sobre o conceito de “racismo ambiental”, que ela define
como “as injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre
grupos étnicos vulnerabilizados e sobre outras comunidades, discriminadas por
sua raça, origem ou cor.”
O programa Amazônia Brasileira vai ao ar a partir das 08h na Rádio Nacional da Amazônia, em rede com a Rádio Nacional do Alto Solimões, onde é transmitido ao vivo às 05h. A produção e a apresentação são de Beth Begonha.
Rede Ambiente TV
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