Mais de
80% da população subestima impacto da alimentação não saudável.
Foto: Creative Commons/Patrick Feller
Por Redação do Akatu
Dietas não saudáveis são responsáveis por mais
motes que guerras, tabagismo, consumo de álcool, HIV ou malária.
Uma pesquisa da Consumers International (CI)
revelou que mais de 80% da população subestima o impacto global da alimentação
não saudável em comparação a outras causas. Apenas 18% responderam corretamente
que as dietas não saudáveis contribuem mais para mortes que guerras, tabagismo,
consumo de álcool, HIV/Aids ou malária. No Brasil, essa pergunta foi respondida
corretamente por 12% das pessoas.
Mais de 11 milhões de mortes por ano acontecem em
consequência de uma má alimentação, segundo estimativa do Institute for Health
Metrics and Evaluation, baseado no estudo Global Burden of Disease 2010.
O levantamento, realizado em seis países, também
identificou um forte apoio internacional a ações que ajudem os consumidores a
ter uma alimentação mais saudável. Ações de redução de açúcar e sal na
alimentação teriam apoio de 95% das pessoas (61% disseram que apoiariam
fortemente e 34% disseram que apoiariam). No Brasil, 74% dos entrevistados
disseram que apoiariam fortemente estas ações.
Ações de restrição do marketing de alimentos com
percentuais altos de açúcar e sal teriam apoio de 92% dos entrevistados (55%
apoiariam fortemente e 37% apoiariam). No Brasil, o percentual de forte apoio
foi de 59%.
O apoio a ações de oferecer mais informações de
níveis de açúcar e sal nos alimentos foi de 97%, sendo 67% de forte apoio. Os
entrevistados brasileiros tiveram um percentual alto de forte apoio a este tipo
de ação, de 83%.
A Consumers International lançou na segunda-feira
(18/5) um contador para exibir o número de mortes relacionadas a dietas não
saudáveis e o custo global da obesidade. Clique aqui para ver o contador da
Consumers International.
Em sua campanha global para promover a alimentação
saudável, a Consumers International defende que os estados membro da
Organização Mundial da Saúde se comprometam com políticas que incluam ações de:
Restrição no marketing de comida não saudável para
crianças;
Melhora na informação nutricional nos rótulos dos
produtos alimentícios;
Reformulação da comida processada para reduzir
gordura, açúcar e sal;
Uso de ferramentas fiscais para apoiar o consumo de
comida saudável.
A pesquisa da CI foi realizada em seis países:
Holanda, Estados Unidos, China, Brasil, Índia e Egito. No total, foram
entrevistadas 2.988 pessoas, sendo 499 delas brasileiras.
A transição para um novo modelo de civilização mais
sustentável tem como um de seus fundamentos justamente um estilo de vida mais
saudável, que privilegie alimentos mais nutritivos. Adotar critérios mais
conscientes para o consumo dos alimentos, como sua qualidade e origem, por
exemplo, pode trazer uma série de benefícios para a saúde, a sociedade e para o
meio ambiente.
Fonte: Akatu
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