Agricultores familiares de Cotriguaçu criam associação para fortalecer
participação sociopolítica.
Sucena
Shkrada Resk/ICV
Agricultores
familiares do Projeto de Assentamento Nova Cotriguaçu, no município de
Cotriguaçu, no noroeste mato-grossense, fundaram, no último dia 24, a
Associação de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Comunitário de Nova
Esperança. A iniciativa tem como objetivo o fortalecimento da participação
sociopolítica local, tendo como plano estratégico a organização da comunidade
para produzir e vender, respeitando e valorizando os recursos naturais. A
entidade substitui uma organização anterior, criada nos anos 90, mantendo o
quadro de associados. “Com a associação organizada é mais fácil de a gente
adquirir benefícios, como a aquisição de tratores e reivindicar a presença de
uma ambulância para atender nossos moradores”, disse José Schumaker, atual
presidente da entidade.
Nesta
nova etapa, uma das propostas em curso é a catalogação e preparação da 1ª Feira
de Sementes Crioulas e Mudas de Nova Esperança, programada para o mês de
agosto. Os agricultores ainda pretendem apoiar projeto de alunos do ensino
médio da Escola Estadual André Maggi, que estudam em uma sala cedida na Escola
Municipal do Campo Aldovandro da Rocha Silva (veja notícia Estudantes de assentamento rural em Mato Grosso elaboram
projeto para evitar êxodo rural). As estudantes Natiele Serafim
Barros, 19 anos, e Marcilene Souza Silva, 18, expuseram a meta dos estudantes à
associação.
O
Grupo de Mulheres da Esperança, que integra a Associação, também comemora o
início dos trabalhos, neste mês, da nova cozinha comunitária, instalada no
galpão da Associação. “Praticamente levamos um ano para estruturá-la para
termos condições de atender os requisitos das compras públicas. Fazemos pães,
bolachas e doces e nossa intenção é, no futuro, termos uma padaria aqui, aberta
à toda comunidade”, disse Luzia Helena da Silva. Sua companheira de trabalho,
Terezinha Alves Ferreira Inhanse, confessa: “Para mim, cozinhar é um prazer”. E
Maria Aparecida de Souza, complementou: “A renda que a gente consegue aqui
também é importante para ajudar nas despesas que temos com nossos filhos. Eles
vêm em primeiro lugar”.
Terezinha, Maria Aparecida e Luzia,
que integram o Grupo de Mulheres da Esperança, já utilizam nova cozinha
comunitária. Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV.
A
assessoria à organização comunitária integra as atividades do Projeto Noroeste:
território sustentável, desenvolvido pelo ICV e parceiros, com apoio do Fundo
Vale. O principal objetivo é fortalecer e consolidar o noroeste de Mato Grosso
como um território florestal, por meio do incentivo e da disseminação de
soluções produtivas sustentáveis e com boa governança socioambiental.
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Fonte: ICV
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