Ensaio sobre a cegueira hídrica.
por Inês
Castilho, do Outras Palavras*
Como a negação eleitoreira da crise colocou SP à
beira de um racionamento selvagem ou do retrocesso bizarro aos caminhões-pipas.
Marússia Whately, entrevistada pelo Coletivo Conta D’Agua. Fotos:
Mídia Ninja.
A falta d’água afeta a dignidade humana, tem
implicações de saúde pública, desespera, paralisa a atividade econômica. Pois
prepare-se: 2015 começou sob a sombra da crise hídrica. O cenário que se está
montando é gravíssimo.
Já quase terminado janeiro, contata-se que choveu
muito menos do que era esperado. No Sistema Cantareira, choveu 35% da média
histórica. No Sistema Alto Tietê, meros 26% da média histórica. E o quadro não
encontra alívio nos demais mananciais, também deficitários.
A própria Sabesp admite que o que existe de água em
todos os sistemas, considerando o padrão de consumo atual, vai dar pra 50 dias,
ou seja, março. E daí? Aí, acabou. Não é que vai faltar um pouco de água. É que
não tem água; não tem para onde correr.
Para entender melhor as dimensões humanas, sociais,
econômicas e ambientais dessa crise, o projeto Conta D’Água procurou uma das
maiores especialistas do tema, a ambientalista Marussia Whately, dirigente do
projeto Água São Paulo, do Instituto Socioambiental (ISA), e uma das principais
protagonistas da Aliança pela Água, uma iniciativa reunindo 30
ONGs, visando propor soluções e cobrar providências do poder público.
A crise na vida real
MARUSSIA WHATELY: Tornou-se séria a perspectiva de o Sistema Alto
Tietê, que abastece a zona leste de São Paulo, entrar em colapso. Isso quer
dizer que quatro milhões de pessoas deixarão de ter água pra beber. Hoje, o
nível do reservatório está em 10,4%, o que é extremamente crítico porque se
trata de um reservatório com apenas metade da capacidade do sistema Cantareira.
E está baixando.
Como você vai fazer pra manejar essa região? Onde
as pessoas vão pegar água? Uma das possibilidades é levar água potável com
caminhões-pipa provenientes de Ubatuba, São José. Quantos litros serão necessários
para abastecer a zona leste todos os dias? Qual a qualidade da água que chegará
aos consumidores?
Nessa região, você tem reservatórios de distribuição, as caixas d’água da Sabesp, como a que existe na avenida Consolação, ou no Paraíso. Esses reservatórios, logicamente, estarão vazios. Mas eles têm de ser o lugar para onde os caminhões-pipas serão levados.
Não se pode deixar caminhão-pipa no mercado. A
partir de agora, será preciso que se mapeiem todos os poços que estão
autorizados a captar água mineral. Num plano de contingência, todos esses 50
mil poços têm de ter sua outorga suspensa e a exploração será de uso exclusivo
do Estado.
Agora, a Sabesp vai fazer isso? Não. Esta é uma
responsabilidade do governo do Estado, com as prefeituras. É uma agenda que
temos que trabalhar para que se torne realidade.
Vamos um pouco mais em frente com esse cenário.
Os caminhões-pipas foram captar a água. E como essa
frota chegará à zona leste? Será necessário organizar uma grande operação de
logística durante as madrugadas, com menos trânsito, para transportar toda essa
água. Porque serão centenas de caminhões-pipas.
Os caminhões encherão o reservatório e amanhã, das
10h às 12h, a população de Ferraz de Vasconcelos, com seu comprovante de
residência em mãos, vai poder retirar uma quantidade de água por pessoa. Das
12h a tal hora, vai ser a população da zona leste…
Isso é um plano de contingência numa situação de
estresse grave. Água pra escovar os dentes, tomar banho e cozinhar. Para outros
fins —como dar descarga, lavar roupa, limpar a casa—, a saída será a água da
chuva. Para isso, postos de saúde, escolas, creches, unidades de serviço
público, precisarão se equipar com caixas para captar água da chuva, com
filtro, tudo direitinho.
É preciso que a cidade se prepare. É preciso que o
poder público se organize. A possibilidade de implantação de um racionamento de
cinco dias sem água é bem concreta. Mas uma coisa é viver cinco dias sem água
em uma situação organizada. Outra coisa, bem diferente, é ter o racionamento em
uma área como a zona leste da Capital, com uma rede toda remendada, com áreas
inteiras de ocupação irregular. O resultado torna-se muito mais imprevisível.
Para dar um exemplo. Ontem, a partir das 16h30, não
tinha mais água da rua em minha casa. Mas se trata de uma casa com apenas dois
moradores. Manejando o consumo, conseguimos ficar até cinco dias sem água da
rua. Vamos ter restrição? Claro, mas dá para garantir as necessidades básicas.
Essa situação é totalmente diferente da que é vivida em uma comunidade com
poucas caixas d’água, com casas habitadas por um número muito maior de
moradores.
Mas fica pior quando se considera que essas pessoas
funcionam em horários difíceis –gente chegando muito tarde em casa, por causa
do transporte deficiente (quando a água já foi fechada), e que sai muito cedo
de casa, também por causa do transporte deficiente (e a água ainda não voltou).
“Uma creche que não abre porque não tem água gera
um efeito cascata. Se as crianças não podem ir para a creche, a mãe tem de
faltar no emprego. “Tomemos o caso de uma diarista. Quantos dias ela poderá
faltar no emprego? Será que ela vai poder levar os filhos ao emprego? E isso
impacta a vida da patroa dela também. Assim, começa um efeito de instabilidade
grande na sociedade. Esse é um dos efeitos que ainda não estão devidamente
dimensionados. Os governantes estão desatentos a essa questão.
E há a situação crítica das populações mais
sensíveis, que precisam ser levadas em consideração.
Sabe-se que a população da
terceira idade, mais de 60 anos, e as crianças até 7 anos têm uma
vulnerabilidade maior à desidratação. E há ainda os acamados, com deficiência
de mobilidade e idosos, aos quais é preciso garantir o suprimento básico de
água no próprio domicílio. Em suma, há uma série de desdobramentos éticos
envolvida na gestão da crise.
Já se esperam protestos. Em Itu, vizinho de São
Paulo, até donas de casa colocaram fogo nas ruas. Aqui em São Paulo, vai haver
um escalonamento de manifestações e de violência porque a água mexe com a
questão da dignidade. Quantos dias nós aguentamos sem poder dar descarga?
É preciso instalar um Comitê de Crise. Temos de
falar e explicar que se trata de uma crise sem precedentes. O mais natural
seria o governador do Estado de São Paulo [Geraldo Alckmin] puxar isso, mas se
ele não puxar, a sociedade civil tem de fazê-lo.
O Comitê é fundamental no sentido de começar a
desenhar as linhas de ação de um Plano de Contingência. A população precisará
de referências públicas em relação à água. Também é importante o acesso à informação.
Nós lançaremos em fevereiro um copilado de
propostas de especialistas para a gestão dessa crise. Um dos itens importantes,
por exemplo, é a questão da qualidade da água oferecida pelos caminhões-pipa.
Teria de haver em cada subprefeitura uma lista de caminhões-pipas autorizados a
operar. E informações claras do tipo: “Aqui, na área desta Subprefeitura,
faltará água nos próximos cinco dias; água potável poderá ser encontrada nesses
endereços, de tal hora a tal hora”. Isso tem que ser feito e não é responsabilidade
da Sabesp.
Em última instância, quem vai ter de decretar os
estados de emergência são as prefeituras, mas elas estão receosas de assumir o
protagonismo da crise. Pela lei de saneamento, as prefeituras são os titulares
do saneamento. Teoricamente, seriam as prefeituras que deveriam mandar nessa
confusão. O contrato de prestação de serviços da Sabesp é assinado com a
prefeitura, que delega a regulação para a Arsesp, Agência Reguladora de
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo.
Eu acredito que tem um canal, que vai ser começado
pelo município de SP, que está revendo o contrato com a Sabesp, e está
percebendo que os moradores do município vão ficar sem água, enquanto a empresa
recebe uma grana incrível em cima e não reinveste.
Um acionista da Sabesp que eu acho que está sendo
pouco questionado é o próprio governo do Estado, que detém 51% da empresa.
Quando são pagos os dividendos, 51% voltam para o governo do Estado, e não
necessariamente o governo tem reinvestido na Sabesp. (Grande parte do investimento
em infraestrutura que a Sabesp fez nos últimos anos foi com financiamento da
Caixa, financiamento do Banco Mundial, várias fontes).
Plano de contingência
MARUSSIA WHATELY: O plano de contingência é a
principal reivindicação da Aliança pela Água. Em final de outubro do ano
passado, fizemos um processo rápido de escuta de mais ou menos 280
especialistas de diferentes áreas. E o plano de contingência apareceu como uma
das principais reivindicações desses especialistas.
Naquela ocasião, a ideia predominante era que se
adotasse um plano de contingência que permitisse que chegássemos a abril deste
ano com um nível de reservação de água nas represas, que desse para aguentar o
período da estiagem. Infelizmente, esse plano não foi elaborado e muito menos
realizado.
O que aconteceu na prática foi uma negação da crise
hídrica por parte do governo do Estado até dezembro de 2014 —uma negação que
vai levar para outras instâncias de responsabilização.
O governador terminou o ano dizendo que não
teríamos racionamento e que não haveria falta d’água. E começou 2015 dizendo
que existe o racionamento e que pode ser que falte água.
Se fosse um novo governador, a gente até poderia
aceitar, mas se trata do mesmo cara. Então tem uma questão aí: a forma como a
crise foi conduzida nos fez perder muito tempo em termos de ações para chegar a
um nível seguro em abril.
Realmente, existe um componente de clima na crise
que não dá para negar. Já está confirmado que 2014 foi o ano mais quente da
história. O que já seria um quadro de extrema gravidade, entretanto, tem sido
agravado porque desde 2011 a Sabesp está superexplorando as represas. Ou seja,
tirando delas mais água do que entra.
O governo do Estado deveria ter assumido a
liderança em relação à crise da água em São Paulo.
No caso do sistema
Cantareira, essa liderança deveria ser dividida com o governo federal, por
intermédio da Agência Nacional de Águas e do Ministério do Meio Ambiente, a
quem compete organizar a Política Nacional de Recursos Hídricos. O problema é
que muitos dos nossos instrumentos de gestão vêm sendo desmantelados em escala
federal, estadual e municipal.
“O Ministério do Meio Ambiente está omisso em
relação aos recursos hídricos. A Agência Nacional de Águas transformou-se num
mero órgão que faz a outorga, já que ficou enfraquecido nesse processo de
construção de Belo Monte.” A síntese é a seguinte: “Já basta a licença
ambiental, não me venham inventar mais uma licença de recursos hídricos, pra
empacar a hidrelétrica”.
É preciso recuperar as represas. O Sistema
Cantareira está com o nível em torno dos 5%. Não dá mais! Não vai encher. Vai
ter que ter racionamento.
A perspectiva com a qual a Aliança da Água trabalha
é a de união entre diferentes setores (especialistas na pauta do meio ambiente
e sociedade) para a elaboração de um Plano de Contingência mais sólido. Ficar
refém, à espera de um plano elaborado pela Sabesp, além de não ser propositivo
também não é eficaz. É fundamental que os movimentos sociais e as universidades
debatam esse tema com profundidade e urgência.
Quem é o responsável?
MARUSSIA WHATELY: O padrão de chuvas, repito, foi
aquém da média histórica, mas houve o acúmulo de infelicidades. Uma que é
certamente muito grave foi a ausência de visão estratégica mínima do
responsável, que é o governo estadual paulista. Ele deveria ter liderado a
gestão da água, mas perdeu um ano negando a existência da crise, afirmando para
a população que não faltaria água, criando uma medida que foi o bônus,
apresentado como uma alternativa ao racionamento. Só que o bônus é muito
questionável porque descapitaliza a empresa. Diminui a capacidade de
investimento da Sabesp. Do ponto de vista econômico, no momento de escassez de
um produto, você baixar o preço dele, é um contrassenso.
Durante os nove meses de campanha, não se conseguiu
mudar o padrão de consumo. Metade dos consumidores aderiu e reduziu 20% o gasto
de água. Um em cada quatro reduziu, mas não atingiu a meta. E um em quatro
aumentou o consumo. A verdade é que junto com o bônus teria de ter a sobretaxa
para o excesso de consumo e uma série de ações. O bônus foi apenas uma ação
paliativa, tentando substituir uma ação mais radical que seria o racionamento.
Ao mesmo tempo, de um ponto de vista mais técnico e operacional, só isso não
gerou a redução do consumo de água que seria necessário.
Desde o início do ano passado, falava-se em reduzir
pela metade a retirada de água do sistema Cantareira. Ou seja, sair de 31
metros cúbicos por segundo para 16. Mas isso só está sendo atingido agora. Eles
foram baixando de 31 para 27, para 24…
No total do abastecimento de água de São Paulo,
conseguiu-se reduzir o consumo de 69 metros cúbicos por segundo para 55. Ou
seja, todas as medidas adotadas – bônus, redução da pressão, ampliação de
captação, melhoria no índice de vazamentos — lograram uma economia de 20%. É
pouco em termos de redução da retirada de água dos mananciais. Precisaria ser
no mínimo 50%.
Em janeiro de 2014 houve um primeiro plano de
contingência, que previa um plano de racionamento no sistema Cantareira. Esse
primeiro plano simplesmente sumiu. Ele não está mais disponível. A proposta era
que o Cantareira, que em janeiro de 2014 estava com 24% de reservação, sem
contar o volume morto, já começasse a fazer um racionamento brando. Veja que
esses 24% de reservação (sem contar o volume morto) equivaliam a 46% da
capacidade total do sistema –e mesmo assim, já soou o alarme e se propôs o
racionamento.
Hoje, o Cantareira está com um nível de reservação
em 5,6%, já considerando o uso do segundo volume morto. Corremos o risco de ter
de decretar agora um racionamento de cinco dias sem água.
Quem deve ser o responsável pela gestão da crise?
MARUSSIA WHATELY: A questão das responsabilidades é
essencial para estabelecer um plano de contingência. Qual é a grade de
responsabilidades e atribuições? Quem tem de fazer o quê?
A Sabesp é uma companhia prestadora de serviço. E,
como prestadora de serviço tem de ter constância, indicador, desempenho,
eficiência, meta… A Sabesp não é a gestora da política. Não é ela quem deve
decidir onde é melhor investir, quem vai ficar sem água. Quem tem que decidir
isso é a Arsesp, a agência reguladora. A gente tem feito cobranças equivocadas
em cima da Sabesp, quando a cobrança tem de ser em cima da regulação.
É muito fácil colocar a Sabesp na linha de tiro. E
ninguém fala nada sobre as responsabilidades da Secretaria de Recursos
Hídricos, da Arsesp, da Secretaria de Meio Ambiente, que dá licenças, como a de
uso do volume morto. Alguém viu o licenciamento ambiental desse uso extremo do
Cantareira? Quais foram as condicionantes, os compromissos de mitigação? Foi
uma licença emergencial?
Não é só que a água não está mais atingindo suas
margens normais. É que, por centenas de quilômetros, o solo ficará ressecado,
com impactos substanciais sobre todo o meio ambiente em torno.
Construir soluções para a crise vai depender de um
plano de contingência que não é um plano da Sabesp, é um plano do governo
federal, estadual, prefeituras e com a sociedade. Vai ter que entrar defesa
civil, vigilância sanitária, secretaria de segurança…
Como resolver a crise
MARUSSIA WHATELY: O governo do Estado apostou alto
que ia chover. E, na outra mão, ele veio com um conjunto de obras que
conseguirão criar — daqui a cinco anos — mais 20 mil litros. A gente não
precisa de mais 20 mil litros. A gente precisa consumir melhor a água que tem.
Daqui a cinco anos, eu terei feito a transposição
de águas do rio Paraíba do Sul para cá, o Paraíba do Sul, aliás, que agora está
com apenas 5% de água. Então, veja, eu faço uma megaobra para trazer água e, de
repente, pode não haver água pra ser trazida para cá.
E se, em vez disso, houvesse a recuperação da
represa Billings, que está aqui ao lado? Nela, cabe a mesma quantidade de água
do que a Cantareira é capaz de produzir. Ela não produz a mesma quantidade, mas
ela pode guardar. Ou seja, eu posso trazer de outros lugares a água para a
Billings em quantidades menores; posso interligar algumas represas do Alto
Tietê; ou mesmo pensar em pequenos reservatórios no topo da serra do Mar, que
seria uma água de altíssima qualidade, e trazer para a Billings…
São várias idéias que nem chegaram a serem
discutidas, a respeito de uma represa que está aqui, mais perto do que as
alternativas de abastecimento colocadas na mesa. A Billings, como se sabe, é o
destino do esgoto que a Sabesp não consegue tratar, que é jogado no
Tamanduateí, no Anhangabaú, no Pinheiros, no Tietê, em todos os rios que a
gente colocou avenidas em cima.
Depois, tem a drenagem urbana que é esquizofrênica
porque uma parte quem cuida é o Estado, outra são as prefeituras. Só aí haveria
uma capacidade de geração de água de chuva que seria mais ou menos o
equivalente à vazão do rio São Lourenço, 4 metros cúbicos por segundo. O novo
sistema São Lourenço, que deve ficar pronto em 2017, custará R$ 2 bi só em
obras, terá custo operacional de mais R$ 6 bi em cima. Trata-se de uma megaobra
para trazer água lá de longe do rio Ribeira, sem pagar devidamente os encargos
ambientais que serão gerados naquela região, sem que aquilo gere prosperidade
naquela região.
Os ensinamentos da crise
MARUSSIA WHATELY: Com a água acontece uma coisa
curiosa: como cai do céu, é difícil acreditar que vá faltar. Acaba a água da
torneira, mas está tudo alagado lá fora. Isso, imagino, gera uma confusão pra
muita gente… Mas ao mesmo tempo gera um aumento de consciência. Essa água que
está alagando as ruas, será que ela não poderia ser usada?
Essa água é própria para o consumo?, alguém poderia
perguntar. Há controvérsias. Há pessoas filtrando e fazendo testes, dizendo que
é melhor do que a água da Sabesp. Cada vez mais, eu acredito que, quanto mais a
gente tornar as pessoas autônomas em relação a garantir o seu básico, mais a
gente estará caminhando para um mundo sustentável. Ensinar a garantir o mínimo
da sua água, o mínimo da sua comida, pode ser um caminho.
A gente está tendo falta de água, apagão de
energia, enchentes. Todos esses problemas estão ligados à gestão da água. Todo
esse processo é muito didático e deve induzir mudanças de atitude. Como
continuar aceitando como normal descarregar a privada com água potável? O baixo
nível dos reservatórios está mostrando o baixo nível das nossas políticas em
relação a isso. Se não for didático, então a única saída é o êxodo.
* Participaram membros das Redações do Barão de
Itararé, Brasil de Fato, Fórum, Mídia Ninja, Outras Palavras , Ponte e
SpressoSP.
Fonte: Outras Palavras
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