Rio, BH e São Paulo disputam com
capitais mundiais o Desafio das Cidades da Hora do Planeta.
por
Redação do WWF Brasil
São ao todo 44 cidades de 17 países as finalistas
mundiais do Desafio das Cidades da Hora do Planeta. O certame anual realizado
pela Rede WWF, em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade,
é um reconhecimento internacional às cidades que inovam e inspiram o combate ao
aquecimento global, tema da maior relevância neste ano em que os países
tentarão um acordo para conter as mudanças climáticas, na Conferência do Clima
da ONU, a COP21, em Paris.
Em sua segunda edição no Brasil, o Desafio das
Cidades da Hora do Planeta já tem seus três finalistas (curiosamente, os mesmos
da edição anterior): Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Elas venceram
Betim (MG), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Campo Grande (MS),
Maceió (AL) e Recife (PE). As três finalistas agora disputam o posto de cidade
mais engajada por um planeta de clima mais ameno no futuro.
BH, RJ e SP foram eleitas por uma consultoria
especializada. Entre os critérios adotados, estão iniciativas urbanas nos
setores de energia, transportes, gestão de resíduos e construções para a
transição a uma economia de baixo carbono e com 100% de energias renováveis nas
próximas décadas. Os planos de mitigação das mudanças climáticas também são
avaliados.
Durante oito semanas, a partir de hoje, as pessoas
de todo o mundo podem votar em suas cidades favoritas no site do We Love
Cities, e também enviar comentários, fotos e vídeos sobre o que mais amam
nelas. Há ainda um espaço para sugestões de como tornar as cidades ainda mais
sustentáveis. As capitais mais votadas participarão da disputa mundial. No
Brasil, a participação será possível somente a partir do final deste mês. E
será uma chance para mineiros, paulistas e cariocas falarem sobre suas
capitais.
Um corpo de jurados internacional irá definir as
Capitais Nacionais da Hora do Planeta dos 17 países participantes durante os
primeiros meses deste ano. Eles se baseiam nas informações reportadas no
Registro Climático Carbonn (cCR), coordenado pelo ICLEI ao lado do Grupo C40 de
Grandes Cidades para a Liderança Climática – 40 e a coalizão Cidades e Governos
Locais Unidos – CGLU.
Na edição 2013/2014 do Desafio, a primeira a ser
realizada pelo WWF-Brasil, Belo Horizonte foi eleita a Capital Nacional da Hora
do Planeta e foi até Vancouver, no Canadá, para concorrer na disputa mundial.
Confira abaixo os motivos que levaram Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São
Paulo a estarem novamente na final:
Igreja da Pampulha, Belo Horizonte (MG).
© Prefeitura Municipal de Belo Horizonte/Divino
Advincula
Belo Horizonte
Atual capital nacional da Hora do Planeta, Belo
Horizonte luta pelo bicampeonato. Inscrita na segunda edição brasileira do
“Desafio das Cidades da Hora do Planeta”, organizado pela Rede WWF, BH chegou
mais uma vez à final e concorre novamente com Rio de Janeiro e São Paulo pelo
título de cidade com ações mais concretas rumo a uma economia de baixo carbono.
“Belo Horizonte é amplamente conhecida como a
Capital Solar do Brasil, refletida pelo telhado solar no Mineirão, estádio da
Copa do Mundo 2014, e pelo Projeto de Lei que exige aquecimento da água por
meio da energia solar para todas as novas construções. Além disso, a cidade
gera energia a partir de resíduos dos aterros e das águas residuais. Mostra
forte participação popular por meio de seu abrangente programa de certificação
sustentável, que premia o público e agentes privados que promovem edificações
sustentáveis”, diz o relatório da consultoria, em sua avaliação de Belo
Horizonte.
Rio de Janeiro
Cristo Reddentor, Rio de Janeiro (RJ).
© Christian Knepper /Embratur
Ao completar 450 anos em 2015, o Rio é finalista do
Desafio das Cidades – pela segunda vez consecutiva. “O município tem mostrado
uma forte liderança climática, reunindo os principais atores climáticos do
estado para a formulação de proposições e soluções sustentáveis. A cidade
trabalha estrategicamente com a formulação de ações que têm impacto direto em
áreas-chave no seu inventário de emissões de gases de efeito estufa. Para
contornar suas altas emissões no setor de transporte, realiza ações como a
expansão do metrô, BRS e da malha cicloviária. Ao fazer isso, a cidade dá
passos importantes para a redução da poluição do ar e melhoria da qualidade de
vida da população”, disse a consultoria em sua justificativa dos finalistas.
O Rio é primeira cidade da América do Sul a ter um
Inventário de Emissões dentro dos novos padrões internacionais estabelecidos
pelo Global Protocol for Community-Scale GHG Emissions (GPC). E tem metas de
redução de emissão de 16% para 2016 e de 20% para 2020, tendo como ano-base
2005.
São Paulo
São Paulo (SP) – Pedalada do WWF-Brasil por
Energias Renováveis, em junho de 2013. Foto: © WWF-Brasil / Julio Vilela.
São Paulo é pioneira no país quando o assunto é
economia de baixo carbono. Primeira cidade brasileira a adotar uma Política
sobre Mudança do Clima, em 2009, atualiza seu inventário de emissões de Gases
de Efeito Estufa (GEE) a cada cinco anos. Publicado em 2014, a última versão
avaliou o período de 2003 e 2009, com uma ampliação para 2010 e 2011 nos
setores de Energia e Resíduos. Ao lado de sua política de transporte, com
corredores exclusivos para ônibus e aumento da malha cicloviária, foi eleita
por uma consultoria especializada uma das três finalistas do Desafio das
Cidades da Hora do Planeta 2014/2015 no Brasil.
Com um forte compromisso de aumentar a participação
de combustíveis renováveis na frota municipal, São Paulo apresenta
significativa determinação para reduzir a poluição no setor de transporte. A
cidade aumentou seu uso de etanol e ônibus híbridos. E há um esforço em favor
do uso de energia renovável por meio da geração de biogás a partir de resíduos
dos aterros e impondo uma regulação que assegure o aquecimento da água em novas
edificações através de energia solar.
Fonte: WWF Brasil
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