Inventário florestal identifica
37 tipos de plantas ameaçadas de extinção no Rio.
por
Redação da Agência Brasil
Iniciado em 2013, o inventário tem o objetivo de
produzir informações atualizadas sobre as matas e consolidar ferramentas de
monitoramento da cobertura florestal do estado. Foto: Arquivo/Agência Brasil.
O Inventário Florestal do Rio catalogou 37 espécies
de plantas ameaçadas de extinção no estado do Rio de Janeiro, entre árvores,
arbustos e cactos. O resultado, ainda parcial, foi divulgado pela
Superintendência de Biodiversidade e Florestas da Secretaria de Estado do
Ambiente (SEA).
Iniciado em 2013, o inventário fez 6 mil coletas
botânicas nas regiões norte e noroeste, dos Lagos e em parte da Serra
fluminense. Foram investidos R$ 3 milhões no projeto, recursos de compensação
ambiental da iniciativa privada.
O inventário tem por objetivo produzir informações
atualizadas sobre matas e consolidar uma ferramenta de monitoramento da
cobertura florestal do estado. A meta é analisar 282 pontos espalhados por todo
o Rio de Janeiro.
De acordo com a SEA, as amostras dos vegetais foram
encaminhadas ao Jardim Botânico, onde serão analisadas e discutidas maneiras
mais adequadas para preservação das espécies. “As amostras serão avaliadas por
especialistas e, conforme a situação de cada espécie, é que se decidirá sobre a
necessidade de criar ou ampliar áreas protegidas para as espécies ou se elas
serão incluídas em listas de reflorestamento”, informou o coordenador do
Inventário Florestal, Telmo Borges.
As análises fornecerão dados sobre uso da terra,
composição e estrutura florestal em diversos solos, fertilidade dos terrenos,
características e níveis de degradação das florestas. O projeto inclui
informações sobre mudanças na cobertura florestal, condições de saúde das
matas, uso de produtos, serviços da população local nas florestas, estoques de
madeira, biomassa e carbono dos terrenos.
Entre engenheiros florestais, biólogos, botânicos e
técnicos, 35 profissionais participam da iniciativa. Eles elaboram etapas de
levantamento em campo, relatório socioambiental, criação de sistema de
informações florestais, mapeamento da cobertura florestal, análise da paisagem
e divulgação dos resultados ao público.
A expectativa do governo é que, até o fim deste
ano, o projeto conclua o estudo florestal no estado e divulgue relatório com os
resultados do trabalho, que ajudará na formulação de políticas públicas de uso
sustentável e conservação florestal. Segundo a Secretaria do Ambiente, os dados
do inventário serão atualizados a cada cinco anos.
* Edição: Armando Cardoso.
Fonte: Agência Brasil
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