Site da Sabesp vai informar
horários e locais em que deve faltar água.
por Redação do Akatu
A empresa informou que faz ajustes para
evitar que a população fique mais de 24 horas sem água e orienta que os
moradores adquiram caixa d’água e façam uso racional do recurso
Comentário Akatu:
Inovações tecnológicas e políticas públicas podem ser ferramentas efetivas para
a transição para uma sociedade mais sustentável. Mas é importante lembrar que é
preciso também inovar nos padrões de produção e de consumo para que seja possível
alcançar o bem-estar desejado pela sociedade com um uso muito menor de recursos
naturais como a água. Hoje, já consumimos e descartamos 50% mais recursos
naturais renováveis do que o planeta é capaz de regenerar e absorver, inclusive
a água. A crise hídrica no Brasil é gravíssima, especialmente em São Paulo,
como mostra a reportagem abaixo. Necessitamos, ao mesmo tempo, de uma produção
mais responsável e de um consumo mais consciente.
A Companhia Estadual de Saneamento Básico
(Sabesp) informou que vai disponibilizar em seu site, a partir desta semana,
uma lista com horários e locais onde haverá diminuição da pressão na rede de
abastecimento. A manobra provoca falta d’água em diferentes regiões da cidade.
O órgão reconhece que as localidades mais altas e longe dos reservatórios são
as que mais sofrem com a medida. A empresa informou que faz ajustes para evitar
que a população fique mais de 24 horas sem água e orienta que os moradores
adquiram caixa d’água e façam uso racional do recurso.
Uma das medidas adotadas pela Sabesp para
combater a crise hídrica no estado é o fornecimento gratuito de caixas-d’água a
clientes de baixa renda. De acordo com o órgão, o objetivo é manter o
abastecimento nos imóveis por até 24 horas. Podem participar do programa clientes
com rendimento familiar de até três salários mínimos e residentes em áreas
reconhecidas pela Sabesp com socialmente vulneráveis.
Entre as ações emergenciais, a companhia apontou
que houve um incremento da produção de água de reúso. Atualmente, 0,504 metro
cúbico/segundo (m3/s) é produzido nas estações de Tratamento de Esgotos (ETEs).
Essa água atende a aproximadamente 50 clientes, como prefeituras e empresas que
prestam serviço para prefeituras, empreiteiras, indústrias de papel e celulose,
têxtil e petroquímicas. A Sabesp espera entregar, em dezembro deste ano, duas
estações de Produção de Água de Reúso (Epars). Uma delas vai tratar o esgoto
coletado na região de Interlagos e a outra em Barueri. A primeira deve produzir
2 m3/s e a segunda, 1 m3/s.
A Sabesp destacou que a interligação dos sistemas
de distribuição permitiu um socorro ao Cantareira. Com o deslocamento de água
do Guarapiranga, Alto Tietê e Rio Grande, 3 milhões das 9 milhões de pessoas
que eram atendidas pelo Cantareira passaram a ser abastecidas por outros
sistemas. O órgão espera ampliar a produção de água com o Sistema Produtor de
Água São Lourenço, que tem previsão de entrega para 2017. Cerca de 1,5 milhão
de pessoas da região oeste da região metropolitana devem ser contempladas com o
acréscimo de 4,7 m3/s.
Mesmo com a entrada do volume morto, que
acrescentou 290 bilhões de litros ao Cantareira, o sistema acumula perdas
sucessivas, tendo chegado na sexta-feira (23) a 5,3% da capacidade. A companhia
informou que a produção média de água para a região metropolitana de São Paulo
está em 53 metros cúbicos por segundo (m3/s). Em janeiro de 2014, o volume
produzido chegava a 71 m3/s. A produção atual do Sistema Cantareira é 18 m3/s.
Antes, o volume chegava a 33 m3/s.
Fonte: Akatu
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