Crise hídrica: por um Plano de
Emergência para o Estado de SP.
por
Redação do SOS Mata Atlântica*
Foto: Represa do rio Jagauri que abastece o sistema
Cantareira/ Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas 09/07/2014.
A Aliança pela Água, rede formada por mais de 40
entidades da sociedade civil, da qual a SOS Mata Atlântica faz parte, está
reunida desde outubro de 2014 para alertar e apresentar propostas que ajudem o
estado de São Paulo a lidar com a crise atual e construir uma nova cultura de
uso, economia e conservação de água. Com este olhar, a Aliança divulgou o
documento “Chamado à Ação sobre a Crise Hídrica:
por um Plano de Emergência para o Estado de SP“. No documento
(acesse), a Aliança alerta que nas atuais circunstâncias e “com uma sociedade
cada dia mais sensível ao tema, é inaceitável que os diversos níveis de governo
e os vários setores econômicos ainda não tenham se unido para elaborar um
abrangente Plano de Emergência a fim de mitigar os efeitos da crise e garantir
o abastecimento de água para consumo humano durante a estiagem de 2015, que
começa em março/abril.”
O documento também descreve as etapas para se
chegar a este Plano de Emergência:
I. Instalação de uma Força tarefa para gestão de
crise em âmbito estadual com participação de municípios e sociedade;
II. Plano articulado e coordenado de Gerenciamento
de Oferta de Água;
III. Comunicação institucional, com foco em
educação, autonomia hídrica, engajamento e mídia;
IV. Discutir e detalhar alternativas emergenciais e
de médio prazo para garantir abastecimento de água;
V. Pacto social pelo desmatamento zero e
recuperação das áreas de mananciais do estado de São Paulo, discorrendo sobre
cada uma dessas etapas e apresentando também uma análise de presente e futuro.
O texto defende que “uma crise de grandes
proporções como a que estamos vivendo cria oportunidades para profundas
mudanças de paradigma na gestão da água a partir de três princípios básicos: a
água é um direito humano e não pode ser tratada como mercadoria; todos os
governos têm responsabilidade sobre a água e prestam um serviço à população; e
os planejamentos hídricos devem necessariamente considerar a recuperação e
recomposição dos mananciais e das atuais fontes de água.”
A partir da segunda quinzena de fevereiro, a
Aliança pela Água dará início a uma série de publicações técnicas, eventos,
audiências e aulas públicas em diferentes regiões de São Paulo e em municípios
abastecidos pelo Sistema Cantareira a fim de qualificar o debate, aprofundar a
percepção sobre as causas da falta d’água, mobilizar a sociedade e para
contribuir com soluções e exigir que o poder público gerencie a crise de forma
adequada.
Todos os detalhes estão no documento (acesse aqui).
* Com informações do site da Aliança pela Água.
Fonte: SOS Mata Atlântica
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