quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Crise hídrica: por um Plano de Emergência para o Estado de SP.
por Redação do SOS Mata Atlântica*
Foto: Represa do rio Jagauri que abastece o sistema Cantareira/ Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas 09/07/2014.

A Aliança pela Água, rede formada por mais de 40 entidades da sociedade civil, da qual a SOS Mata Atlântica faz parte, está reunida desde outubro de 2014 para alertar e apresentar propostas que ajudem o estado de São Paulo a lidar com a crise atual e construir uma nova cultura de uso, economia e conservação de água. Com este olhar, a Aliança divulgou o documento “Chamado à Ação sobre a Crise Hídrica: por um Plano de Emergência para o Estado de SP“. No documento (acesse), a Aliança alerta que nas atuais circunstâncias e “com uma sociedade cada dia mais sensível ao tema, é inaceitável que os diversos níveis de governo e os vários setores econômicos ainda não tenham se unido para elaborar um abrangente Plano de Emergência a fim de mitigar os efeitos da crise e garantir o abastecimento de água para consumo humano durante a estiagem de 2015, que começa em março/abril.”

O documento também descreve as etapas para se chegar a este Plano de Emergência:

I. Instalação de uma Força tarefa para gestão de crise em âmbito estadual com participação de municípios e sociedade;

II. Plano articulado e coordenado de Gerenciamento de Oferta de Água;

III. Comunicação institucional, com foco em educação, autonomia hídrica, engajamento e mídia;

IV. Discutir e detalhar alternativas emergenciais e de médio prazo para garantir abastecimento de água;

V. Pacto social pelo desmatamento zero e recuperação das áreas de mananciais do estado de São Paulo, discorrendo sobre cada uma dessas etapas e apresentando também uma análise de presente e futuro.

O texto defende que “uma crise de grandes proporções como a que estamos vivendo cria oportunidades para profundas mudanças de paradigma na gestão da água a partir de três princípios básicos: a água é um direito humano e não pode ser tratada como mercadoria; todos os governos têm responsabilidade sobre a água e prestam um serviço à população; e os planejamentos hídricos devem necessariamente considerar a recuperação e recomposição dos mananciais e das atuais fontes de água.”

A partir da segunda quinzena de fevereiro, a Aliança pela Água dará início a uma série de publicações técnicas, eventos, audiências e aulas públicas em diferentes regiões de São Paulo e em municípios abastecidos pelo Sistema Cantareira a fim de qualificar o debate, aprofundar a percepção sobre as causas da falta d’água, mobilizar a sociedade e para contribuir com soluções e exigir que o poder público gerencie a crise de forma adequada.

Todos os detalhes estão no documento (acesse aqui).

* Com informações do site da Aliança pela Água.


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