Ministra diz que crise hídrica é
preocupante e pede que população economize água.
Governo avalia crise de água “preocupante” e
pede ajuda da população.
Ministra Izabella Teixeira considera
"sensível" e "preocupante" o cenário de abastecimento de
água no paísWilson Dias/Agência Brasil.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,
considera “sensível” e “preocupante” o cenário de abastecimento de água no
país. Apesar da perspectiva de chuva para os próximos dez dias na região, o
diagnóstico é de que nunca se viu nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais (região metropolitana de Belo Horizonte) uma seca tão grande nos
últimos 84 anos, disse ela depois de reunião no Palácio do Planalto, com outros
ministros, para discutir a situação dos reservatórios de água e as previsões de
chuva.
Como resposta à situação, o governo prometeu
fazer mais parcerias com os estados e criar uma campanha de conscientização
para que a população passe a poupar água. Izabella Teixeira defendeu o
acompanhamento da crise até o fim do período de chuvas, mas adiantou que o
Ministério do Meio Ambiente vai criar uma ação mais “incisiva”, pedindo a
colaboração das pessoas.
Ela disse que a reunião é feita semanalmente
pelos técnicos do governo, e hoje foi ampliada, com a participação de
representantes de sete ministérios, para nivelar a informação do que “está
acontecendo”. Além de sua pasta, estiveram presentes os titulares da Casa Civil
(Aloizio Mercadante), de Minas e Energia (Eduardo Braga), da Integração
Nacional (Gilberto Occhi), do Desenvolvimento Agrário (Patrus Ananias) e do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Tereza Campello).
“Ano passado estávamos operando abaixo da mínima
histórica. Agora nós estamos operando abaixo do ano passado. Está tendo uma
vazão afluente muito aquém do que já foi registrado numa série histórica desde
1930”, informou Izabella Teixeira. De acordo com ela, além dos ministérios
participaram representantes do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais, de órgãos metereorológicos e da Agência Nacional de Águas.
Das análises, foi possível prever um cenário de
chuvas nos próximos dias. Existe, segundo ela, “uma sinalização de perspectiva
de chuvas”, mas, obviamente, tem que ver se isso vai acontecer de fato, qual o
volume de água armazenado, e se isso pode melhorar ou não os níveis de
abastecimento.
Esse monitoramento dos dados vai continuar, disse
ela. O governo também vai apoiar estados e municípios, e acompanhar as demandas
deles, já que o abastecimento da população não é competência do governo
federal. Segundo Izabella, as parcerias dependem do que os estados vão
apresentar como medidas emergenciais e de caráter estruturantes.
“Estamos apoiando o financiamento. Pode ter
medidas emergenciais, por exemplo, como mudança de pontos de captação [de água]
em rios para poder assegurar o abastecimento em municípios que captam
diretamente, e isso requer financiamento de curto prazo muitas vezes. O governo
poderá apoiar neste sentido”, acrescentou.
Além de dizer que o governo não vai medir
esforços para auxiliar os projetos a serem apresentados pelos governadores e prefeitos,
Izabella ressalvou que uma campanha sobre o uso correto da água está em
discussão na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
“Viremos, sim, com informação, pedindo apoio da
população. O Ministério do Meio Ambiente entrará com a proposta de trabalhar
cada vez mais de racionalização do uso da água e Informações ao cidadão
brasileiro”, concluiu.
Fonte: Agência Brasil
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