Em 2050 mundo precisará de 60%
mais alimentos e 40% mais água.
por
Redação da ONU Brasil
A FAO estima que o ritmo atual de consumo
implicaria que em 2050 seria necessário 60% a mais de comida, 50% a mais de
energia e 40% a mais de água. Foto: Pixabay/Hans.
Para responder a demanda dos 9 bilhões de
habitantes do planeta em 2050, a eficiência do uso dos recursos naturais –
principalmente a água, energia e terra – deverá ser aumentada.
Os sistemas de alimentação devem ser mais
inteligentes e mais eficientes para alimentar o futuro, afirmou o diretor-geral
da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o brasileiro
José Graziano da Silva, durante sua participação no Fórum Global para a
Alimentação e a Agricultura, parte da “Semana Verde” em Berlim (Alemanha), na
última sexta-feira (16). Uma mudança de paradigma é necessária para substituir
o modelo agrícola dos últimos 40 anos, em um mundo que enfrenta alterações
provocadas pelas mudanças climáticas e uma disputa acirrada pelos recursos
naturais, disse Graziano.
Se o atual ritmo de consumo continuar, em 2050 será
necessário 60% a mais de comida, 50% a mais de energia e 40% a mais de água.
Para responder a demanda dos 9 bilhões de habitantes do planeta em 2050, são
necessários esforços concertados e investimentos que promovam essa transição
global para sistemas de agricultura e gestão de terra sustentáveis. Estas
medidas implicam no aumento de eficiência do uso dos recursos naturais –
principalmente a água, energia e terra – mas também na redução considerável de
desperdício de alimentos.
Ao abordar o uso de terras para a produção de
biocombustíveis, o chefe da FAO ressaltou que é preciso deixar para trás o
debate de “comida versus combustível” para alimentar o debate “comida e
combustível”. Para ele, graças a experiência angariada nos últimos anos com a
tecnologia de produção, os países possuem hoje mais conhecimento para avaliar
as oportunidades e riscos do desenvolvimento dessa forma de combustível e,
portanto, podem decidir melhor se o seu uso compensa no âmbito social, econômico
e em questões ambientais.
Fonte: ONU Brasil
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