WWF-Brasil
quer aproximar sociedade das áreas protegidas.
Parque Nacional do Juruena. Foto: © Adriano
Gambarini / WWF-Brasil.
Por Jaime Gesisky, do WWF-Brasil –
Durante o VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC),
que acontece de 21 a 25 de setembro em Curitiba (PR), o WWF-Brasil defenderá
que a sociedade esteja cada vez mais próxima das áreas protegidas, tais como os
parques nacionais, florestas públicas e reservas extrativistas. Seja como
visitante, morador ou pesquisador, as unidades de conservação da natureza são
criadas e mantidas para o benefício de todos. Nada mais justo do que pensá-las
de um ponto de vista mais ampliado socialmente.
“É nessas áreas que estão as nascentes que
abastecem o campo e as cidades, a biodiversidade que instiga a ciência em busca
de novas descobertas e as florestas que ajudam a manter o clima estável. Sem
contar as belíssimas paisagens que atraem visitantes do mundo inteiro”, resume
o secretário-geral do WWF-Brasil, Carlos Nomoto.
Para animar o debate em torno do tema, a delegação
do WWF-Brasil desembarca no CBUC, na próxima semana, para uma série de eventos
em que serão discutidas formas de aproximar as pessoas das unidades de
conservação.
Um estudo, que será lançado pela organização
durante o Congresso, avalia a importância de se pensar a gestão das unidades de
conservação sob o aspecto regional. Trata-se da abordagem pelo modelo dos
mosaicos de áreas protegidas – um desenho em que vários níveis de governos e
instâncias populares se unem para dar conta da tarefa de administrar esses
patrimônios públicos. Além da pesquisa, haverá discussões técnicas sobre este
assunto durante o evento.
A agenda de debates incluirá também mecanismos de
sinalização para orientar os visitantes que buscam as unidades de conservação
como lazer. “Cuidar da maneira como as pessoas serão conduzidas nesses
ambientes, de modo que tirem o melhor proveito da experiência junto à natureza
é uma forma de recepcionar bem o visitante e cativá-lo para que ele volte e
queira compartilhar a experiência com os outros”, considera Mauro Armelin,
Superintendente de Conservação do WWF-Brasil.
No coração dos brasileiros
Outra publicação que terá espaço na programação do
WWF-Brasil traz dados sobre o que as unidades de conservação brasileiras
guardam em termos de biodiversidade – quantidade de organismos vivos, animais e
plantas existentes na natureza.
“Essa já é uma abordagem que interessa mais aos
cientistas, que vivem em busca do que há de potencial nos seres vivos para transformá-lo
em benefícios para a humanidade. Também é uma forma que a sociedade tem de se
apropriar das áreas protegidas, pelo viés da ciência”, lembra Armelin.
Além das discussões e debates, o WWF-Brasil também
deverá se unir a outras ONGs em uma ação nacional, com o objetivo de
popularizar as unidades de conservação de modo a criar cada vez mais empatia do
público com as áreas naturais.
“Em uma pesquisa nacional de opinião pública que
encomendamos ao Ibope no ano passado, ficou evidente que o brasileiro tem
orgulho das áreas verdes do país, e quer que essas áreas sejam cada vez mais
acessíveis a todos”, recorda Armelin.
Os dados da pesquisa mostram que 58% dos
entrevistados têm no meio ambiente um motivo de orgulho. Esse mesmo sentimento
faz bater o coração de 37% da população quando o tema é diversidade cultural, e
30% afirmam que têm no esporte a razão para exaltar sua brasilidade. O
brasileiro, diz a pesquisa, também está ciente do papel das áreas protegidas
para o bem estar de todos. Entre os entrevistados, 65% afirmaram que a proteção
da fauna e da flora é um dos benefícios dessas áreas.
A pesquisa aponta ainda que a população também sabe
que proteger o meio ambiente significa garantir a proteção das nascentes,
represas e rios, as principais reservas de água para o consumo humano. Essa
relação está clara para 55% dos que responderam à pesquisa. Para 48% dos
pesquisados, as áreas protegidas ajudam a melhorar a qualidade do ar; 34%
identificam nesses locais uma oportunidade para o descanso e o lazer e 25% enxergam
perspectivas econômicas a partir da conservação do meio ambiente.
Saiba mais sobre o CBUC aqui.
Fonte: WWF Brasil
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