Ártico
continua diminuindo, e rápido.
Índice mínimo de gelo na região é o quarto mais
baixo desde que começou a ser medido; impactos serão sentidos no mundo inteiro
com o desequilíbrio climático.
Gelo caindo do Scoresby Sund, o maior fiorde do
mundo. Há cada vez menos gelo durante o verão, e a cada inverno a quantidade de
água que volta a congelar é menor! Foto: Christian Åslund / Greenpeace.
No início desta semana, o Centro Nacional de Dados
sobre Neve e Gelo (NSICD, em inglês) divulgou o índice mínimo de gelo no Ártico no ano
de 2015. Em 11 de setembro a plataforma ártica chegou a 4,41 milhões
de quilômetros quadrados de extensão.
O gráfico acima compara o índice mínimo de gelo na
região ártica, medido em 11 de setembro de 2015, com os índices de 2014, 2012,
2007 e 2011 e também com a média entre os anos de 1981 e 2010. Imagem: Centro
Nacional de Dados sobre Neve e Gelo
Em relação à medição anterior (2014-2015), a
plataforma encolheu 62 mil quilômetros quadrados, o que não surpreende, já que
os nove recordes de gelo mínimo aconteceram nos últimos nove anos.
As informações que apresentam o quarto índice mais
baixo desde que a medição começou a ser feita, em 1979, são preliminares, pois
a mudança dos ventos pode derreter ainda mais o gelo. Os dados oficiais devem
ser divulgados no início de outubro, quando os pesquisadores também farão uma
análise completa das possíveis causas por trás dessas condições.
Em 11 de setembro, o gelo mínimo no Ártico chegou a
4,41 milhões de quilômetros quadrados de extensão. A linha laranja mostra a
extensão média do gelo mínimo entre os anos de 1981 e 2010. Imagem: Centro
Nacional de Dados sobre Neve e Gelo.
Menos gelo, menos vida
É comum que parte do gelo ártico derreta no verão,
atingindo um nível mínimo no mês de setembro, e congele novamente no inverno,
atingindo sua extensão máxima entre fevereiro e março. Porém, o que chama
atenção nesses índices é que há cada vez menos gelo durante o verão e, a cada
ano, a quantidade de água que volta a virar gelo é menor, o que afeta toda a
vida que existe na região.
No entanto, os impactos do derretimento excessivo
não têm fronteira. O Ártico é uma espécie de ar condicionado do planeta e o seu
derretimento teria graves consequências para todo o mundo, desequilibrando o
clima e aumentando a temperatura do oceanos.
Mas o que é uma péssima notícia para as mais de 7 milhões de pessoas que
querem salvar o Ártico pode ser motivo de comemoração para as
empresas que querem explorar o petróleo da região. Cada centímetro de gelo que
derrete diminui a barreira congelada que dificulta a navegação dos navios de
exploração até lá.
Se você acha que o Ártico deve ser preservado, em
vez de explorado, junte-se a nós.
Fonte: Greenpeace Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário