quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Brasil e países da América Latina assinam projeto para gestão de pesca sustentável.
Projeto tem impacto positivo na vida de pescadores e no meio ambiente. Foto: Governo brasileiro.

Seis países assinaram projeto que prioriza redução de desperdícios de alimentos e proteção do meio ambiente por meio de mudanças nos métodos de pesca.

Brasil, Colômbia, Costa Rica, México, Suriname, Trinidad e Tobago assinaram o projeto Manejo Sustentável da Fauna Acompanhante na Pesca de Arrasto na América Latina e Caribe (REBYC II-LAC), que visa a gestão sustentável da pesca e a redução de desperdícios na captura de camarões. O projeto é uma iniciativa conjunta da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (FMAM), além de outros parceiros na região. Plano tem duração de cinco anos.

Para Raymon Van Anrooy, secretário da Comissão das Pescas do Atlântico Centro-Oeste (WECAFC), muitos dos estoques de peixe e camarão capturados pela pesca com redes que se arrastam no fundo do mar na região são totalmente explorados ou superexplorados; e, referente a outras espécies de vida marinha, os pescadores não sabem nem o que está sendo capturado. O secretário da WECAFC afirma que esse projeto tem um impacto direto à sobrevivência de pescadores, trabalhadores do setor e suas famílias, além de avançar na segurança alimentar nas comunidades costeiras.

Um dos objetivos do projeto é acabar com a captura acessória, que é a pesca feita aleatoriamente. É comum na América Latina e acontece quando o pescador pega uma porção adicional de outras espécies que não era planejada. A partir disso, grande parte é vendida a preços baixos e outra parte significativa da captura não tem valor comercial e é descartada no mar, já morta.

O plano tem objetivo de reformar a política nacional para reduzir este descarte de camarões, desenvolver tecnologia de pesca, além de colocar em prática alternativas sustentáveis para diminuir o desperdício de peixes. Essas medidas afetam a melhoria de vida das comunidades de pesca e fortalecem as organizações de pescadores.


Fonte: ONU Brasil

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