Brasil e
países da América Latina assinam projeto para gestão de pesca sustentável.
Projeto tem impacto positivo na vida de pescadores
e no meio ambiente. Foto: Governo brasileiro.
Seis países assinaram projeto que prioriza redução
de desperdícios de alimentos e proteção do meio ambiente por meio de mudanças
nos métodos de pesca.
Brasil, Colômbia, Costa Rica, México, Suriname,
Trinidad e Tobago assinaram o projeto Manejo Sustentável da Fauna
Acompanhante na Pesca de Arrasto na América Latina e Caribe (REBYC II-LAC), que
visa a gestão sustentável da pesca e a redução de desperdícios na captura de
camarões. O projeto é uma iniciativa conjunta da Organização
das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Fundo para o Meio
Ambiente Mundial (FMAM), além de outros parceiros na região. Plano tem duração
de cinco anos.
Para Raymon Van Anrooy, secretário da Comissão das
Pescas do Atlântico Centro-Oeste (WECAFC), muitos dos estoques de peixe e
camarão capturados pela pesca com redes que se arrastam no fundo do mar na
região são totalmente explorados ou superexplorados; e, referente a outras
espécies de vida marinha, os pescadores não sabem nem o que está sendo capturado.
O secretário da WECAFC afirma que esse projeto tem um impacto direto à
sobrevivência de pescadores, trabalhadores do setor e suas famílias, além de
avançar na segurança alimentar nas comunidades costeiras.
Um dos objetivos do projeto é acabar com a captura
acessória, que é a pesca feita aleatoriamente. É comum na América Latina e
acontece quando o pescador pega uma porção adicional de outras espécies que não
era planejada. A partir disso, grande parte é vendida a preços baixos e outra
parte significativa da captura não tem valor comercial e é descartada no mar,
já morta.
O plano tem objetivo de reformar a política
nacional para reduzir este descarte de camarões, desenvolver tecnologia de
pesca, além de colocar em prática alternativas sustentáveis para diminuir o
desperdício de peixes. Essas medidas afetam a melhoria de vida das comunidades
de pesca e fortalecem as organizações de pescadores.
Fonte: ONU Brasil
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