A
natureza como inspiração.
Foto: Thiago Lopes
Disney cria preço de carbono para contabilidade
interna e investe na redução de consumo de energia, água e no menor descarte de
resíduos.
Como reduzir significativamente a pegada ambiental
e trazer esse objetivo para o centro do negócio? Como engajar consumidores e
fornecedores? Como fazer tudo isso de forma divertida e inovadora? Foram estas
as questões que permearam o diálogo “O Desafio de Inspirar e Influenciar
Pessoas e Empresas”, conduzido por Beth Stevens, vice-presidente de Cidadania
Corporativa, Meio Ambiente e Conservação da Walt Disney Company, em 23/9,
segundo dia da Conferência Ethos 360º 2015.
Em 2009, a Disney estabeleceu metas ambientais
ambiciosas de lixo zero, conservação de água e redução das emissões de gases de
efeito estufa. Em 2014, a companhia já havia excedido as metas iniciais, com
uma redução de 50% das emissões e 10% do consumo de energia elétrica.
“A preocupação da Disney com as crianças e com a
família vai muito além da diversão. Temos responsabilidade de construir um
futuro melhor. Uma vez que os recursos naturais não são inesgotáveis,
precisamos de metas inteligentes”, destacou Stevens. “Em tudo o que fazemos e
na nossa forma de fazer, usamos o conceito de environmentality’
(ambientalidade), termo que criamos para expressar nossa cultura sustentável.
Somos uma empresa global e precisamos estar constantemente atentos aos nossos
impactos ambientais, buscando um progresso significativo na redução de
resíduos, mitigação dos impactos das mudanças climáticas, uso sustentável da
água e proteção dos animais”, disse.
A Disney foi uma das primeiras empresas a
estabelecer o preço interno para o carbono dentro do negócio, como incentivo às
inovações. “Quanto menos cada empresa emitir, menos pagarão à companhia. Isso é
escalonável”, destacou Stevens.
A empresa investe em inovação, que impacta na
redução de custos e no aumento da eficiência. Para exemplificar, Stevens
apresentou o caso do castelo da Cinderela em Orlando, que possui mais de 170
mil lâmpadas LED, com um consumo equivalente a quatro maquinas de café. Além
disso, a empresa investe na utilização de combustíveis alternativos para os
barcos, trens e ônibus, e na redução de consumo da água. “Atualmente, 30% das
necessidades da Disney são atendidos com a reutilização da água. A taxa fica
ainda mais significativa quando observada a manutenção dos campos e flores: 80%
da irrigação são feitos com água de reúso”, informou.
Com relação às metas de lixo zero, a companhia
direcionará para a reciclagem, até 2020, 60% dos resíduos que vão hoje para
incineração e aterros. Há também altos investimentos no design inteligente dos
brinquedos, que visa a redução das embalagens, com impactos na diminuição dos
resíduos gerados, do espaço que ocupam na prateleira e o custo.
Além dessas ações internas, a Disney investe também
na manutenção e recuperação da Floresta Amazônica e da savana africana,
incluindo a proteção dos animais com risco de extinção, e em programas
educacionais em mais de 60 países.
“Uma parte do que é arrecadado na primeira semana
de cada filme da Disney vai para ações de sustentabilidade. No Brasil já foram
plantadas 3 milhões de árvores com esse recurso”, exemplificou Stevens. “A
natureza é a fonte de inspiração de todos os nossos desenhos”, explicou.
Fonte: Instituto Ethos
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