quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Ecoforte destina 25 milhões para projetos agroecológicos.
Paulo de Araújo/MMA
Redes de populações indígenas serão beneficiadas

Projetos organizados em redes recebem financiamento para fortalecer produção orgânica.

Por: Letícia Verdi – Edição: Vicente Tardin.

Na manhã desta terça-feira (09/12), 21 entidades de agroecologia assinaram convênio com a Fundação Banco do Brasil (FBB) pelo edital Redes Ecoforte, e receberão, no total, R$ 25 milhões em recursos não reembolsáveis, sendo o valor máximo por projeto de R$ 1,25 milhão. Os recursos provêm da FBB e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O diferencial desse edital Ecoforte é o apoio a projetos organizados em forma de redes, um conjunto de entidades que terão como melhorar a estrutura de apoio para produção e comercialização de produtos agroecológicos e orgânicos”, explica o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, que participou da cerimônia de assinatura dos convênios.

O MMA é uma das instituições responsáveis pela Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) do governo federal. A PNAPO tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população brasileira, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.

Segundo Paulo Guilherme, a produção agroecológica e orgânica é muito importante por impulsionar um modelo agrícola que está em consonância com as características ambientais de cada território.

“Ao mesmo tempo em que garantimos a produção de alimentos saudáveis, favorecemos a proteção do solo, das nascentes, da cobertura vegetal e a conservação da paisagem”, ressalta.

CLASSIFICAÇÃO

O edital Ecoforte Redes selecionou inicialmente três projetos para cada região do Brasil, de forma que Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste fossem igualmente contemplados. Em seguida, abriu a concorrência nacional e classificou mais seis projetos para a primeira fase do edital.

Os projetos classificados trabalham com agricultura familiar, povos e comunidade tradicionais - entre eles, os indígenas - sendo que as populações urbanas, que consomem os produtos orgânicos e saudáveis, também são grandes beneficiadas.

EXEMPLOS

O Centro de Agricultura Alternativa de Norte de Minas fornece produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal, que atende creches e escolas. Já o Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado (Cedac), que ficou em terceiro lugar na classificação nacional, é uma organização da sociedade civil que apóia a Rede Cerrado, “cooperativa que alavancou o reconhecimento do baru na alimentação”, conforme explica o gerente de políticas agroambientais do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Eduardo Soares.

O Centro de Tecnologias Alternativas Populares (Cetap) é pioneiro no uso de baculovírus (vírus que contamina e mata a lagarta da soja) no lugar de agrotóxicos, além de comandar uma rede de feiras livres na região Sul. A Associação de Agricultura Natural de Campinas, primeira classificada entre as redes nacionais, tem um importante papel na produção orgânica que abastece supermercados.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - Telefone: 61.2028 1227



Documentos:


Fonte: MMA

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