Ecoforte destina 25 milhões para
projetos agroecológicos.
Paulo de
Araújo/MMA
Redes de
populações indígenas serão beneficiadas
Projetos organizados em redes recebem financiamento
para fortalecer produção orgânica.
Por: Letícia Verdi – Edição: Vicente Tardin.
Na manhã desta terça-feira (09/12), 21 entidades de
agroecologia assinaram convênio com a Fundação Banco do Brasil (FBB) pelo
edital Redes Ecoforte, e receberão, no total, R$ 25 milhões em recursos não
reembolsáveis, sendo o valor máximo por projeto de R$ 1,25 milhão. Os recursos
provêm da FBB e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
“O diferencial desse edital Ecoforte é o apoio a
projetos organizados em forma de redes, um conjunto de entidades que terão como
melhorar a estrutura de apoio para produção e comercialização de produtos
agroecológicos e orgânicos”, explica o secretário de Extrativismo e
Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo
Guilherme Cabral, que participou da cerimônia de assinatura dos convênios.
O MMA é uma das instituições responsáveis pela
Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) do governo
federal. A PNAPO tem o objetivo de contribuir para o desenvolvimento
sustentável e a qualidade de vida da população brasileira, por meio do uso
sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.
Segundo Paulo Guilherme, a produção agroecológica e
orgânica é muito importante por impulsionar um modelo agrícola que está em
consonância com as características ambientais de cada território.
“Ao mesmo tempo em que garantimos a produção de
alimentos saudáveis, favorecemos a proteção do solo, das nascentes, da
cobertura vegetal e a conservação da paisagem”, ressalta.
CLASSIFICAÇÃO
O edital Ecoforte Redes selecionou inicialmente
três projetos para cada região do Brasil, de forma que Norte, Nordeste, Centro-Oeste,
Sul e Sudeste fossem igualmente contemplados. Em seguida, abriu a concorrência
nacional e classificou mais seis projetos para a primeira fase do edital.
Os projetos classificados trabalham com agricultura
familiar, povos e comunidade tradicionais - entre eles, os indígenas - sendo
que as populações urbanas, que consomem os produtos orgânicos e saudáveis,
também são grandes beneficiadas.
EXEMPLOS
O Centro de Agricultura Alternativa de Norte de
Minas fornece produtos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do
governo federal, que atende creches e escolas. Já o Centro de Desenvolvimento
Agroecológico do Cerrado (Cedac), que ficou em terceiro lugar na classificação
nacional, é uma organização da sociedade civil que apóia a Rede Cerrado, “cooperativa
que alavancou o reconhecimento do baru na alimentação”, conforme explica o
gerente de políticas agroambientais do Departamento de Desenvolvimento Rural
Sustentável do MMA, Eduardo Soares.
O Centro de Tecnologias Alternativas Populares
(Cetap) é pioneiro no uso de baculovírus (vírus que contamina e mata a lagarta
da soja) no lugar de agrotóxicos, além de comandar uma rede de feiras livres na
região Sul. A Associação de Agricultura Natural de Campinas, primeira
classificada entre as redes nacionais, tem um importante papel na produção
orgânica que abastece supermercados.
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Fonte: MMA
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