Ibama autoriza a operação do
parque eólico mais meridional do Brasil.
O presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior,
assinou na segunda-feira (01) a licença de operação do Parque Eólico Minuano,
localizado nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio Grande do
Sul.
A unidade conta com 23 aerogeradores, compostos
por torres de 78 m de altura e rotor com 97 m de diâmetro, com capacidade de
geração de 46 megawatts (MW). Trata-se do parque eólico mais meridional do
Brasil, contando com aerogerador localizado a apenas 650 m do extremo sul do
país, junto ao Uruguai.
O parque integra o Complexo Eólico Campos
Neutrais, da Eletrosul, considerado o maior da América Latina, composto por
diversos parques licenciados pelo órgão estadual de meio ambiente (FEPAM), com
potência total instalada de 583 MW, suficiente para atender ao consumo de 3,3
milhões de habitantes.
Previamente à implantação do empreendimento, foi
executado amplo diagnóstico ambiental, o qual embasou os programas de controle
e monitoramento executados durante sua instalação. Por estar inserido em área
que conta com espécies ameaçadas de anfíbios e peixes anuais, ações específicas
de proteção para estes grupos foram adotadas, incluindo marcação e translocação
de indivíduos e alteração da disposição de aerogeradores e acessos internos.
Foi preservada a dinâmica hídrica da área, essencial para a manutenção do
ecossistema local, sendo que toda a rede de energia interna ao parque, que o
liga à subestação, é subterrânea, com cerca de 20 km de extensão.
O transporte do material destinado à construção
dos acessos e das grandes estruturas que compõem as torres também não foi
esquecido, inclusive, pelo fato de que o único acesso à área atravessa a
Estação Ecológica do Taim. Em acordo com aquela unidade de conservação, foram
doadas pelo empreendedor câmeras fotográficas, que possibilitarão a avaliação
da efetividade das passagens de fauna já existentes sob a BR-471/RS, para
avaliação dos atropelamentos no trecho antes e durante a instalação do parque.
Durante a operação do parque eólico, os programas
ambientais propiciarão o monitoramento dos impactos às aves e aos morcegos, que
incluirá o uso de cães farejadores especialmente treinados para localizar
carcaças de animais que venham a colidir com as estruturas.
O licenciamento foi conduzido pelo Núcleo de
Licenciamento Ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul, referência para a
tipologia, orientado pela Coordenação de Energia Elétrica Nuclear e Dutos, da
Diretoria de Licenciamento Ambiental.
Texto e fotos: Ibama/RS
Fonte: EcoDebate
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