Brasil pode ter redução de até
70% na produtividade agrícola por causa da mudança climática.
Diminuição das colheitas, alteração dos recursos
hídricos, elevação do nível do mar e ameaça aos meios de subsistência de
milhões de pessoas estão entre as consequências do novo padrão climático global
para a região.
Enchente em Santa Catarina. Alterações nos padrões
de precipitação vão afetar produtividade agrícola, regimes hidrológicos e
biodiversidade da América Latina e do Caribe. Foto: Wikimmedia Commons/CC.
A América Latina e o Caribe serão
gravemente afetados pelos efeitos das mudanças climáticas que
atingem o planeta, de acordo com relatório do Banco Mundial. A diminuição das
colheitas, a alteração dos recursos hídricos, a elevação do nível do mar e a
ameaça aos meios de subsistência de milhões de pessoas estão entre as
consequências do novo padrão climático global para a região.
Os extremos de calor e as alterações nos padrões de
precipitação vão provocar efeitos adversos na produtividade agrícola, nos
regimes hidrológicos e na biodiversidade. O Brasil pode vir a apresentar
redução de 70% na produtividade da soja e de até 60% no caso do trigo – tendo
em vista a perspectiva de aumento de 2°C na temperatura até 2050.
Caso haja elevação térmica de 4°C nesse mesmo
período, as enchentes costeiras poderão causar perdas em torno de US$22
bilhões, por conta dos danos à infraestrutura e das perdas relacionadas ao
turismo na região.
Além disso, a acidificação dos oceanos, a elevação
do nível do mar, os ciclones tropicais e as mudanças na temperatura vão afetar
os meios de subsistência costeiros, o turismo, a saúde e a segurança alimentar
e hídrica, especialmente no Caribe.
Por isso, é imprescindível que a maioria dos países
da América Latina e do Caribe adotem intensas medidas de adaptação, para que
seja possível alcançar os objetivos de erradicação da extrema pobreza e de
prosperidade compartilhada.
De acordo com o vice-presidente do Banco Mundial
para a região, Jorge Familiar, os governos locais já estão estabelecendo
políticas de redução destes impactos, como o incentivo ao uso de energia
renovável – que contribui na redução das emissões de carbono na atmosfera – e à
agricultura inteligente – essencial para garantir a segurança alimentar e
promover o potencial da região como celeiro global.
Fonte: EcoDebate
Nenhum comentário:
Postar um comentário