Observatório do Clima apresenta
dados sobre emissões brasileiras na COP 20.
por Bruno
Toledo, do Observatório do Clima
Side event oficial da Conferência de Lima reúne
organizações do OC para apontar trajetória histórica das emissões brasileiras,
a partir das informações do Sistema de Estimativas de Emissões (SEEG). Evento
também apresentou projeto para aplicar metodologia do SEEG no Peru.
Uma das principais preocupações dos negociadores
presentes na Conferência do Clima de Lima, a COP 20, é garantir as condições
para construir um novo regime climático que efetivamente diminua as emissões de
gases do efeito estufa (GEE) em todo o mundo nas próximas décadas. O desafio
não é banal: mesmo com os esforços de redução nos últimos anos, continuamos
firmes numa trajetória que pode elevar a temperatura média global muito acima
dos 2ºC considerados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima
(IPCC) como limite para que as alterações climáticas não sejam tão profundas.
Por isso, mais importante do que ter políticas
públicas em si é ter informações confiáveis e atualizadas que permitam a esses
instrumentos ter a efetividade necessária na redução das emissões. Esse é o
propósito do Sistema de Estimativa de Emissões de GEE (SEEG), desenvolvido pelo
Observatório do Clima em 2013 para produzir estimativas anuais das emissões
brasileiras em cinco setores econômicos estratégicos – mudança de uso do solo,
agropecuária, energia, processos industriais, e resíduos – a partir de dados e
informações confiáveis. Neste ano, além das estimativas referentes a 2013, o OC
também se debruçou em mensurar as emissões desses cinco setores a partir de
1970. (Saiba mais sobre os dados apresentados pelo SEEG neste ano).
Tasso Azevedo apresenta principais dados do SEEG
2014 em side event na COP 20 Da esq. para dir.: André Ferretti, Tasso Azevedo,
Loyola Escamilo, Carlos Rittl, Marina Piatto e Amintas Brandão.
Para apresentar a experiência do SEEG e apresentar
os dados referentes a 2013 e aos anos anteriores, o OC promoveu um side event
na programação oficial da COP 20 no dia 06 de dezembro, com a participação de
André Ferretti (Fundação Grupo Boticário), coordenador do OC; Carlos Rittl,
secretário executivo do OC; Marina Piatto, do Imaflora; Amintas Brandão, do
Imazon; Loyola Escamilo, da ONG Pronaturaleza; e Tasso Azevedo, coordenador do
SEEG.
Além de apontar os resultados de 2013 e apontar a
trajetória das emissões brasileiras desde 1970, o evento também serviu para
lançar uma parceria importante com a Pronaturaleza, que está adaptando a
metodologia do SEEG para monitorar as emissões peruanas de GEE a partir desse
ano. “Nossa proposta é que outros países também encontrem no SEEG uma
ferramenta para acompanhar suas próprias emissões, o que apoiará seus governos
no esforço global para redução das emissões de GEE”, explica Tasso.
Os dados do SEEG peruano deverão ser publicado
ainda em 2014 no portal http://www.seeg.eco/.
Fonte: Observatório do Clima
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