São Paulo: a cidade cinza sonha
ser verde.
por WWF
Brasil
São Paulo (SP) – Pedalada do WWF-Brasil por
Energias Renováveis, em junho de 2013. Foto: © WWF-Brasil / Julio Vilela.
Primeira cidade brasileira a adotar uma Política
sobre Mudança do Clima, São Paulo foi uma das três finalistas da primeira
edição brasileira do Desafio das Cidades da Hora do Planeta, e agora se
inscreveu novamente para a edição de 2014/2015. Entre as histórias que têm para
contar de seu caminho rumo a uma economia de baixo carbono, a capital
financeira do país tem como pilar justamente sua política de clima. Criada em
2009, ela estabelece princípios, diretrizes e metas para ação municipal, assim
como instrumentos de implementação.
Em 2010, o Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia
lançou o documento “Diretrizes para o Plano de Ação da Cidade de São Paulo para
Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas”. Ele aprofunda a visão de cidade
de baixo carbono.
Como prevê a lei, a prefeitura atualiza seu
inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) a cada cinco anos. “O
último, publicado em 2014, avaliou o período de 2003 a 2009, com uma ampliação
para 2010 e 2011 nos setores Energia e Resíduos, afirma Laura Ceneviva, da
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA).
São Paulo também lançou em 2014 o Plano Integrado
de Gestão de Resíduos Sólidos, documento que norteará o planejamento da coleta,
transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no município nos
próximos 20 anos. Ele foi realizado com participação popular e incorpora as
metas do setor: aumento da coleta pública seletiva de secos de 1,8% para 10%
até 2016 e a construção de quatro centrais mecanizadas de triagem. “Prevê,
ainda, que em 20 anos apenas 20 % dos resíduos serão destinados para aterros
sanitários, que são os grandes emissores do setor Resíduos”, completa Ceneviva.
No âmbito de construções residenciais, comerciais e
industriais, a Lei Municipal de Energia Solar da Cidade de São Paulo determina
que as novas edificações devem instalar sistemas de aquecimento solar de água,
e que ele deve ser o suficiente para cobrir ao menos 40% do uso de energia para
aquela finalidade.
Com o intuito de reduzir as emissões de GEE e,
claro, melhorar seu estigma de cidade com trânsito caótico, São Paulo terá 400
km de ciclovias até o final de 2015, informou a prefeitura. A meta é encerrar
2014 com 200 km construídos. Ao lado das ciclovias, estão as pistas de
automóveis motorizados, e elas também tiveram uma mudança importante: em um ano
e meio foram implantados mais de 200 km de faixas exclusivas para ônibus,
gerando economia de até quatro horas por passageiro a cada semana.
O novo Plano Diretor de São Paulo teve um ativo
processo participativo e foi sancionado em julho de 2014. Ele tem como objetivo
humanizar e reequilibrar São Paulo, com política habitacional, valorização do
meio ambiente, desenvolvimento econômico e fortalecimento da participação
popular nas decisões dos rumos da cidade.
Desafio das Cidades
Trata-se de uma iniciativa concebida pela Rede WWF
para homenagear as cidades que estão se tornando lugares mais verdes, de vida
mais saudável e sustentável em direção a um futuro de clima mais ameno para o
planeta. O objetivo é reconhecer esforços para o desenvolvimento de baixo
carbono, as ações em andamento, por que e como relatar os compromissos. Estão
convidadas a participar cidades que proponham soluções e planos de mitigação em
setores como transportes, habitação, iluminação pública, resíduos e
alimentação.
Fonte: WWF Brasil
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