Crise da água em SP piora e
iniciativa popular pressiona por soluções.
por Pedro
Telles*
Foto: http://www.change.org/
Uma nova medição do volume de água do Sistema
Cantareira, que abastece 8 milhões de pessoas na cidade de São Paulo e mais dez
cidades vizinhas, indica que seu nível já está abaixo de 10% da capacidade
total. O cálculo divulgado na última quinta-feira (11) inclui o chamado “volume
morto”, que normalmente não entra nas contas porque seu uso não é seguro –
contudo, desde maio a Sabesp vem captando água de lá.
Apesar de São Paulo estar sofrendo com baixos
níveis de chuva, o principal responsável por essa crise histórica é o governo
do estado. A gestão de recursos hídricos é deficiente há muito tempo, e mais de
uma década atrás relatórios já indicavam a necessidade de reformas estruturais
que não foram implementadas devidamente. Neste cenário de crise, as prefeituras
também podem atuar de maneira mais firme, uma vez que elas têm contratos com a
Sabesp que não estão sendo adequadamente cumpridos e assumem parte da
responsabilidade por garantir que a água chegue aos cidadãos.
Não faltam caminhos para solucionar o problema, e
para preparar-nos para lidar com instabilidades no ciclo da chuva – que devem
se agravar caso não se tome medidas para barrar as mudanças climáticas a nível
global.
Com o objetivo de pressionar o governo do estado a
agir e simultaneamente coletar propostas sustentáveis de manejo da água com o
apoio da população, um grupo cidadãos paulistanos criou a petição “A crise da água tem solução, adotem
medidas pelo manejo sustentável da água em São Paulo”, conectada a
uma plataforma virtual colaborativa.
O Greenpeace apoia a iniciativa, e está ao lado
daqueles que demandam ação urgente para a superação dessa crise!
* Pedro Telles é assessor de Políticas
Públicas do Greenpeace.
Fonte: Greenpeace
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