Área de florestas intactas
diminuiu 8% em 13 anos e 25% dessa área fica na região amazônica.
Destruição é
verificada principalmente em florestas boreais e tropicais. No Brasil, 15
milhões de hectares foram degradados, principalmente na região amazônica.
Mais de 104 milhões de hectares de florestas
intactas foram perdidos nos últimos treze anos e 25% dessa área fica na região
amazônica, que engloba Brasil e países vizinhos. No Brasil, 15 milhões de
hectares foram degradados nesse período, afirma um estudo do Greenpeace, em
parceira com a Universidade de Maryland e da ONG Transparent World, divulgado
nesta quinta-feira (04/09).
A pesquisa analisou imagens de satélite do
programa Landsat, da Nasa e do Serviço Geológico dos Estados Unidos, feitas
entre 2000 e 2013. A comparação dos dados mostra que houve uma diminuição de
8,1% na área de florestas intactas, ou seja, regiões de ao menos 500
quilômetros quadrados que não sofreram alterações causadas pelo homem.
“É incrível o ritmo de destruição de nossos
recursos naturais. Precisamos urgentemente de mais áreas protegidas, onde o
homem não possa destruir”, afirmou Jannes Stoppel, especialista em florestas do
Greenpeace.
A área destruída equivalente a três vezes o
tamanho da Alemanha. Os biomas mais atingidos foram as florestas boreais e
tropicais, justamente as que concentram 95% das áreas intactas. A maior parte
da degradação, ou seja, 47%, foi registrada na taiga, no Canadá, Rússia e
Alasca.
Estradas trazem destruição
A construção de estradas – tantos as legais quanto
as ilegais – que atravessam essas regiões é a principal responsável por essa
destruição. Queimadas também foram outro fator que contribui significativamente
para a redução.
“Assim que surge a estrada, surge também o fogo e
aumenta a ação do homem na região. Esses aspectos são fundamentais para a
redução de florestas intactas”, reforçou Stoppel em entrevista à DW Brasil.
As florestas cobrem cerca de um quarto do
planeta, mas apenas 0,08% da superfície terrestre é coberta por regiões
intactas, que abrangem também lagos, mata nativa, pastagem, pântanos e rochas.
No Brasil restavam, em 2013, cerca de 233 milhões de hectares de florestas
intactas, afirma o relatório.
Essas áreas são fundamentais para a conservação
da biodiversidade, além de diminuir os impactos das mudanças climáticas.
Segundo Stoppel, já foi observado um aumento no risco de queimadas devido às
alterações no clima.
“Nossa avaliação mostra de forma
surpreendentemente clara o crescimento da pressão sobre as florestas. Nós
precisamos reaprender a valorizar as florestas intactas. Elas são o lar de
inúmeras espécies de animais e plantas, elas regulam o clima, limpam o ar e a
água e são a base de vida para muitas populações”, disse Stoppel.
Para combater essa perda, a organização pede que
governos nacionais protejam mais esses locais, por meio da criação de reservas
de proteção. Além disso, o Greenpeace também sugere que consumidores contribuam
para preservar essas regiões, reduzindo o uso de papel e de produtos oriundos
de madeira.
Fonte: Deutsche Welle
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