FAO diz que países se uniram na
luta contra a má nutrição global.
por Edgard Júnior, da Rádio
ONU
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação, FAO, José Graziano da Silva, elogiou o acordo
fechado entre países, esta segunda-feira, para combater a má nutrição.
Graziano da Silva explicou que os representantes
dos países-membros da FAO e da Organização Mundial da Saúde chegaram a um
consenso sobre uma declaração e um Quadro de Ação voluntário, com mais de 50
recomendações.
Mensagem
O chefe da FAO disse que o documento envia uma
forte mensagem mostrando que o mundo está levando a sério a nutrição das
pessoas.
Ele afirmou que a declaração e o Quadro de Ação
serão adotados na 2ª Conferência Internacional sobre Nutrição, Icn2, que vai
acontecer em Roma entre 19 e 21 de novembro.
Para Graziano da Silva, o encontro pode ter um
papel importante na promoção da segurança alimentar e da nutrição.
Famintos
A FAO calcula que 805 milhões de pessoas no mundo
passam fome e metade da população mundial sofre de alguma forma de má nutrição,
aproximadamente 3,5 bilhões de homens, mulheres e crianças.
No documento, os países reconhecem que a má
nutrição em todas as suas formas, que inclui também desnutrição, sobrepeso e
obesidade, afeta não só a saúde e o bem estar das pessoas.
Segundo os especialistas, ela também tem
consequências econômicas e sociais negativas a todos.
A agência da ONU disse que os representantes se
comprometeram a erradicar a fome, evitar todas as formas de má nutrição e
aumentar os investimentos para intervenções eficazes e ações que melhorem a
dieta e a nutrição da população.
Pobreza
A declaração afirma que a pobreza, o
subdesenvolvimento e o baixo status socioeconômico são os principais
responsáveis pela má nutrição em áreas urbanas e rurais.
O documento deixa claro que cabe ao governo a responsabilidade primária de atacar a desnutrição.
A FAO informa que a má nutrição é a causa de
aproximadamente metade das mortes de crianças com menos de cinco anos no mundo.
Isso representa mais de 3 milhões de óbitos por ano.
Fonte: Rádio
ONU
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