Fogo destruiu pelo menos 916,8
mil hectares de vegetação de áreas federais de conservação ambiental.
Uma sucessão de incêndios florestais de grandes
proporções se alastram na Região Serrana. Mata em chamas em Itaipava. (Foto:
Fernando Frazão/Agência Brasil).
Segundo a Coordenação de Emergências Ambientais, o
resultado é preliminar e tende a aumentar.
Pelo menos 916,8 mil hectares de vegetação de áreas
de unidade de conservação ambiental federal foram consumidos por incêndios
desde o começo do ano, segundo a Coordenação de Emergências Ambientais do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Somadas, as 320 áreas
federais protegidas existentes totalizam cerca de 75,964 milhões hectares. Um
hectare corresponde aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial.
O bioma mais afetado é o Cerrado.
Segundo a Coordenação de Emergências Ambientais, o
resultado é preliminar e tende a aumentar. Além de boa parte do país continuar
sob os efeitos da seca, a avaliação da dimensão dos estragos provocados pelo
fogo em parques nacionais como o da Serra dos Órgãos (RJ) e do Cipó (MG) ainda
não está concluída.
O resultado registrado não é considerado atípico se
levado em conta os dados dos últimos anos – que confirmam a tese de
especialistas na área de que, após um ano em que a área incinerada é menor, se
segue um ano com grandes áreas incendiadas. Isso acontece porque a vegetação
teve mais tempo para se recompor e, portanto, em tese, há mais biomassa, ou
material combustível.
Em 2013, incêndios queimaram 612 mil hectares de
unidades de conservação federal. Já em 2012, a área destruída, de 1,126 milhão
de hectares, havia sido quase o dobro. Em 2011, foram 630 mil hectares, contra
1,694 milhão de hectares em 2010.
Como de costume, grande parte da área queimada este
ano foi atingida por incêndios que começaram nas últimas semanas, à medida que,
em boa parte do país, se aproximava o período usual do fim da estiagem. Isso
acontece porque o risco de incêndios aumenta conforme a seca se prolonga,
diminuindo a umidade do solo e do ar, ressecando ainda mais a vegetação e
contribuindo para elevar as temperaturas.
Em algumas regiões do país, a chuva das últimas
horas ajudou a amenizar a seca e diminuir o risco de surgimento de novos focos
de incêndio. Na Serra do Cipó, a chuva que começou na noite de domingo (19) foi
decisiva para que brigadistas e voluntários conseguissem controlar as chamas
que, em 11 dias, destruíram mais de 14 mil hectares do parque nacional e da
Área de Preservação Ambiental (APA) Morro da Pedreira, que circunda o parque.
A Agência Brasil não conseguiu obter dados
consolidados sobre os prejuízos que os incêndios causaram em unidades de
conservação estaduais e municipais.
Fonte: Agência
Brasil
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