Chove em São Paulo, mas nível do
Cantareira continua baixo.
por Marli
Moreira, da Agência Brasil
Sistema Cantareira. Foto: Sabesp/Divulgação
Nos últimos três dias, o nível do Sistema
Cantareira caiu 0,6 ponto percentual. Nem mesmo a chuva de média intensidade
ocorrida ontem (26) foi suficiente para conter a queda gradual que se observa,
desde o último verão, na maior estiagem da história na Região Sudeste. O tempo
hoje (27) está claro na capital paulista e há alguma possibilidade de chuva
mais forte apenas para o último dia do mês, sexta-feira (31).
Na última sexta-feira (24), a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) passou a contabilizar o
acréscimo de 105 bilhões de litros da segunda reserva técnica para o
abastecimento. O bombeamento, porém, ainda não começou porque ainda restavam 28
bilhões de litros da primeira reserva técnica ou volume morto – água que fica
abaixo da captação por gravidade. Com esse novo volume, o nível de operação
subiu de 3% para 13,6% e, hoje, já baixou para 13%.
O total de chuva acumulada no mês até ontem, de
acordo com a empresa, atingiu 42,5 milímetros – bem inferior ao registrado há
um ano quando tinha alcançado 119,8 milímetros. A média história está em 130,8
milímetros.
A meteorologista Helena Turon Balbino, do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), informou que o calor voltará a fica intenso
na quinta-feira (30), favorecendo as pancadas de chuva, efeito “do encontro da
brisa do mar com o clima quente”. Mas as áreas de instabilidades mais
significativas são esperadas apenas para o dia 31, com a atuação da passagem de
uma nova frente fria.
Segundo a meteorologista, a chuva de ontem
registrada no Mirante de Santa, na zona norte da capital paulista, alcançou
11,6 milímetros, o que é pouco para influenciar a reposição do que se perdeu em
captação. “Deveremos fechar o mês com um outubro muito mais seco do que em anos
anteriores.”
* Edição: Talita Cavalcante.
Fonte: Agência Brasil
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