Ar seco mantém em baixa, níveis
de reservatórios em SP.
por Marli
Moreira, da Agência Brasil
Sistema Cantareira. Foto: Sabesp/Divulgação.
Com o clima seco dos últimos dias, os seis sistemas
de captação e tratamento de água para abastecimento administrados pela
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) continuam com
queda gradual nos níveis dos reservatórios. Segundo o Centro de Previsão do
Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), o mês de novembro, que começa sábado (1º),
deve ter ocorrência de chuvas mais regulares.
A estiagem tem castigado, principalmente, os
mananciais da Cantareira e do Alto Tietê. Nesse último, de onde é retirada a
água para fornecer a 4,5 milhões de pessoas, o volume em operação hoje (30)
atingiu 7% , ou 0,2 ponto percentual abaixo da medição feita ontem (29).
Faltando apenas um dia para encerrar o mês, o acumulado de chuva nesse sistema
é 20,1 milímetros, ante a média histórica de 117,1 milímetros.
No Cantareira, o maior deles e que abastece uma
população estimada em 6,5 milhões, o nível caiu de 12,7% ontem (29) para 12,6%
hoje (30). Essa marca inclui as duas reservas técnicas disponíveis, ou seja, o
volume de água que fica abaixo da captação por gravidade. A primeira começou a
ser bombeada no último dia 16 de maio, e nesta quinta-feira ainda podiam ser retirados
dela 20 bilhões de litros. Da última sexta-feira (24) até hoje (29), foram
gastos 8 bilhões de litros.
Segundo a Sabesp, a segunda cota incorporou ao
sistema 105 bilhões de litros, que serão utilizados apenas quando se esgotar o
volume da primeira cota. A volta da chuva sobre as nascentes do Cantareira, por
enquanto, tem sido insuficiente para garantir a reposição da água perdida desde
o último verão.
No Sistema Guarapiranga, choveu neste mês 15,4
milímetros, quantidade muito inferior aos 116,9 milímetros da média histórica.
O nível de operação baixou de 40,5% para 40,1% de ontem (29) para hoje (30). Na
mesma base de comparação, o nível do Sistema Alto Cotia caiu de 30,6% para
30,3%, com o acumulado de chuva em 61 milímetros, quase a metade da média histórica
(118,1 milímetros).
No Sistema Rio Grande, o nível passou de 69,8% para
69,4% e o volume de chuva atingiu 17,6 milímetros, ante 138,4 milímetros da
média histórica. No sistema Rio Claro, o nível baixou de 45% para 44,2%. Nesse
manancial, houve mais abundância de chuva do que nos outros seis, com 107,2
milímetros, ainda assim inferior à média (179,2 milímetros).
De acordo com o meteorologista Fábio Rocha, do
Cptec, a chegada de umidade procedente da região amazônica e o encontro com o
ar quente pode provocar pancadas de chuva com certa intensidade no próximo fim
de semana no estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, região onde estão
localizadas algumas das nascentes que alimentam o Cantareira.
O meteorologista adverte, porém, que “serão
pancadas de curta duração e que podem ser localizadas”. Ele informou que essas
áreas de instabilidade se prolongarão até quarta-feira (5), quando está
prevista a entrada de nova frente fria, cujos efeitos ainda não se pode prever.
O Instituto Nacional de Meteorologia informou que,
de amanhã (31) a terça-feira (4), o tempo deve ficar abafado, com pancadas de
chuva e trovoadas, especialmente no período da tarde.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário