Brasil ocupa 18ª posição entre
economias verdes.
por
Gisele Garcia, da Agência Brasil
Na Reserva Mamirauá, pesquisadores e ribeirinhos
buscam a sustentabilidade pelo manejo florestal. Foto: Tomaz Silva/Agência
Brasil.
A quarta edição do Índice Global de Economias
Verdes, publicada ontem(20) pela consultoria Dual Citizens, apresenta o
Brasil na 18ª posição entre as 60 nações avaliadas pela performance na área de
sustentabilidade, atrás da Costa Rica, do Peru e da Colômbia e à frente do
Reino Unido, da Holanda e dos Estados Unidos.
O índice, publicado em 2010, utiliza 32 indicadores
para medir a performance dos países analisados. Esses indicadores são divididos
em quatro dimensões: liderança e mudanças climáticas; setores eficientes;
mercados e investimento; e capital natural e ambiental.
Além da performance, o relatório também apresenta o
ranking de percepção sobre o tema, captado por meio de uma pesquisa feita entre
julho e agosto deste ano, com especialistas e pessoas que atuam na área em
todos os continentes do mundo. Nesse quesito, o Brasil aparece em 15º lugar,
uma posição atrás da Costa Rica, e uma à frente da Índia.
Investimentos na matriz eólica contribuem para a
geração de energia limpa. Foto: Shutterstock.
No relatório, o Brasil é citado como um país
atrativo para investimentos nas áreas de tecnologias limpas e energias
renováveis. A consultoria aponta que, com a abundância em recursos naturais e o
crescimento de seu poder econômico, o país poderia assumir uma liderança maior
na promoção de um crescimento econômico mais sustentável, que permita o
desenvolvimento futuro. “Essa liderança será fundamental para o Brasil melhorar
seu desempenho no relatório, especialmente na dimensão da gestão de seu capital
natural e ambiental, particularmente no que diz respeito a florestas e água”,
ressalta o documento.
Não é possível comparar os resultados do relatório
deste ano com os de 2013, já que foram incluídas, nesta edição, 33 nações às 27
já analisadas. Mas no comentário específico sobre o Brasil, a consultoria
responsável pelo índice observa que não houve grande alteração no desempenho do
Brasil em relação ao período anterior.
Quando analisado globalmente, o relatório mostra a
Suécia no primeiro lugar no ranking de performance, seguida da Noruega e da
Costa Rica, país latino-americano incluído este ano na pesquisa e que surpreendeu
pelo excelente desempenho. Já no ranking de percepção, a Alemanha assume a
liderança, seguida pela Dinamarca e a Suécia.
Muitas das nações em desenvolvimento, de acordo com
a consultoria, precisam reorientar suas economias para um crescimento mais
sustentável. Entre elas estão a China, a Tailândia, o Vietnã, o Camboja, o
Catar e os Emirados Árabes Unidos. O relatório enfatiza que em países
desenvolvidos como a Austrália, o Japão, a Holanda e os Estados Unidos, a
percepção sobre sustentabilidade é muito maior do que a performance no setor.
“São países que parecem receber mais crédito do que merecem, uma falta de
informação que requer uma análise mais profunda”.
A pesquisa também avaliou 70 cidades consideradas
sustentáveis ao redor do mundo. Copenhague, capital da Dinamarca, manteve a
posição apresentada no relatório anterior de cidade mais sustentável do mundo.
Para conferir o relatório completo em inglês, estão no site da Dual Citizens.
* Edição: Marcos Chagas.
Fonte: Agência Brasil
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