Fórum Global de Desenvolvimento
Sustentável reúne líderes na Dinamarca.
por
Giselle Garcia, da Agência Brasil
Abertura do Fórum Global de Desenvolvimento
Sustentável (3GF). Foto: Giselle Garcia/Agência Brasil.
Na semana em que o Conselho da União Europeia
decide sobre as metas do clima e energia para os países europeus nos próximos
dez anos, cerca de 300 líderes de alto nível estão reunidos desde ontem
(20) em Copenhague, capital da Dinamarca, para a quarta edição do Fórum
Global de Desenvolvimento Sustentável (3GF). O tema este ano é Mudando Padrões
de Produção e Consumo por Meio de uma Ação Transformadora.
Criado em 2011, o fórum conta com a parceria de
seis governos: Dinamarca, China, México, Etiópia, Quênia e Catar. Grandes
empresas multinacionais, como Hyundai, Samsung e Siemens também são parceiras,
além de organizações como a Agência Internacional de Energia (IEA, a sigla em
inglês), o Pacto Global das Nações Unidas e a Corporação Financeira
Internacional do Banco Mundial (IFC, da sigla em inglês).
Primeira-ministra da Dinamarca, Helle
Thorning-SchmidtGiselle. Foto: Garcia/Agência Brasil.
Na abertura do evento hoje (20), a
primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, enfatizou a importância
do fórum como um espaço de debate entre governos e iniciativa privada na busca
de parcerias e políticas globais que garantam o desenvolvimento sustentável.
Ela convocou os líderes presentes a “tomar as decisões certas, que garantam um
futuro de oportunidades para as próximas gerações”.
O diretor-geral de Questões Globais do Ministério
de Relações Exteriores do México, Roberto Dondisch, lembrou que na 21ª
Conferência do Clima (COP 21), a se realizar em dezembro de 2015, em Paris, as
nações discutirão os termos de um novo acordo climático global. “A cooperação
entre nações desenvolvidas e nações em desenvolvimento, agora, é fundamental para
a construção de políticas sustentáveis no futuro. Queremos aprimorar a nossa
sinergia agora”, afirmou. Também citando a COP 21, o subchefe da Administração
Nacional de Energia da China, Liu Qi, destacou a importância da construção de
uma economia global de baixo carbono, com a redução da emissão de gases de
efeito estufa.
O fórum contará com plenárias, seções temáticas
especiais e rodadas de conversação entre governos e iniciativa privada. Hoje,
os participantes conhecerão projetos bem-sucedidos de cidades sustentáveis e
discutirão com consumidores de classe média dos países parceiros, convidados
pela organização do evento, sobre como atender as expectativas dos cidadãos sem
comprometer as oportunidades para as futuras gerações.
Nos dias 23 e 24 de outubro, um dia depois do
encerramento do 3GF, o Conselho da União Europeia decidirá se aprova o pacote
de medidas sobre Clima e Energia 2030. O marco regulatório, que foi apresentado
pela Comissão Europeia em janeiro, tem como meta principal reduzir em 40% (em relação
a 1990) a emissão de gases de efeito estufa até 2030. Outro objetivo é diminuir
a dependência energética da Europa, que importa mais de 50% da energia que
consome.
O marco regulatório busca incluir os países da
União Europeia entre as economias de baixo carbono, tornando, com isso, o
sistema energético do bloco econômico mais competitivo, seguro e sustentável.
Além da meta de reduzir em 40% a emissão de gases de efeito estufa em 15 anos,
o plano prevê a ampliação, em 27%, do consumo de energias renováveis, o aumento
da eficiência energética das empresas em no mínimo 30% e reformas no sistema de
emissões de créditos de carbono, para torná-lo mais eficaz.
* Edição: Graça Adjuto.
Fonte: Agência Brasil
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