sábado, 18 de outubro de 2014

Em Santa Catarina, PNUD e FUNAI apoiam a proteção da biodiversidade na Terra Indígena Ibirama.

O Projeto de Gestão Ambiental de Terras Indígenas (GATI) favorece a biodiversidade de ecossistemas florestais brasileiros por meio da proteção de territórios indígenas.

O indigena Kuzung Nuclê desenvolve o microprojeto “Implantação de Agrofloresta Demonstrativa na Aldeia Sede”, em Ibirama (SC). Foto: PNUD Brasil/Fernando Moretti.

Representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) visitaram o povo Xokleng da Terra Indígena (TI) Ibirama, em Santa Catarina, no último mês de setembro. Essa é uma das principais áreas do Projeto de Gestão Ambiental de Terras Indígenas (GATI), desenvolvido pela agência da ONU e a FUNAI a favor da conservação da biodiversidade de ecossistemas florestais brasileiros por meio da proteção de territórios indígenas. 

O  coordenador da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do PNUD, Carlos Castro, destaca que o projeto é o primeiro a ser implementado exclusivamente em terras indígenas. “O projeto busca fortalecer as formas próprias de manejo, uso sustentável e conservação dos recursos naturais, além de promover a inclusão social das comunidades indígenas, fomentando assim a política de gestão ambiental que contribui para a conservação da biodiversidade e para a proteção dos meios de vida e de um desenvolvimento sustentável”, disse. 

Um dos objetivos da visita aos Xokleng foi conhecer as experiências de microprojetos para conservação da biodiversidade implementados em Ibirama, como a iniciativa chamada Apoio ao Viverismo para Produção de Mudas Nativas, que produz mudas de plantas nativas da região. 

A consultora do PNUD para o Projeto GATI, Rosa Villanuevao, falou sobre a contribuição do projeto para a gestão ambiental e territorial indígena da área. Foi apresentada a primeira versão do Mapa da Memória Xokleng, elaborado pelo grupo da Cartografia Social para mostrar a situação da terra indígena antes da implantação da Barragem Norte, que trouxe impactos à população há mais de 35 anos.

A equipe também participou do Centenário do Contato, que contou com palestras dos anciões, desfiles, encontro de mulheres, debates sobre a história e os problemas enfrentados pelo povo Xokleng, relembrando os seus 100 anos de integração com o mundo dos não-índios.


Fonte: ONU Brasil

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