Jogos Olímpicos e Paralímpicos
Rio 2016 poderão emitir cerca de 3,6 milhões de toneladas de carbono.
Emissão de carbono será alta nos Jogos Olímpicos de
2016.
Tânia Braga, gerente-geral de Sustentabilidade do
Rio 2016, anuncia estimativa do cálculo da pegada de carbono dos Jogos (Foto:
Rio 2016/Alex Ferro).
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 poderão
emitir cerca de 3,6 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, segundo
Relatório de Carbono dos Jogos, divulgado hoje (30) pelo Comitê Organizador do
evento, responsável pelas operações dos jogos. A estimativa considera todas as
emissões de operações, construção das instalações, viagens, infraestrutura da
cidade e dos espectadores, sem nenhum tipo de medida de combate ao impacto do
carbono nas operações.
A meta do comitê, entretanto, é reduzir esse número
em pelo menos 18%. A gerente-geral de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado
do Rio 2016, Tania Braga, explicou que medidas para minimizar as emissões de
gases de efeito estufa já começaram. “O que já está acontecendo é um estímulo
que estamos dando para a economia de baixo carbono. As empresas fornecedoras,
que estão fechando contrato com a gente, participando das concorrências, estão
mudando seus processos de produção, procurando outros tipos de matéria-prima e
de material. Já estamos vendo resultados concretos na nossa cadeia de
produção”, declarou.
Todos os objetos de movelaria, por exemplo, serão
feitos com madeira certificada, que não veio do desmatamento, e que por isso
tem emissão de carbono bem menor. Também serão priorizados os produtos com
plástico reciclável.
Tania explicou que as maiores emissões de carbono
ocorrem nas instalações das estruturas temporárias nos locais dos jogos. “É uma
grande quantidade de tendas, contêineres, barreiras, elementos visuais. Então,
a primeira medida mais importante é combater o desperdício”, comentou ela.
Design inteligente e a substituição de combustíveis fósseis por combustíveis
renováveis e alternativos são outras medidas incluídas na lista para reduzir a
emissão de gases poluentes. Todos os carros flex, que correspondem a 80% da
frota, deverão rodar apenas com etanol, garantiu a representante do comitê.
Além da redução, está prevista a compensação, por
meio de mitigação tecnológica, de 2 milhões de toneladas, com o uso de
tecnologia para alcançar maior eficiência energética e diminuir o desperdício
de alimentos. Esse trabalho está sendo desenvolvido pela empresa Dow Chemical
Company, parceira oficial dos Jogos Olímpicos até 2020.
O governo estadual será responsável pela
compensação dos 1,6 milhão de toneladas de carbono restantes, por meio do
plantio de árvores e desenvolvimento de programas de restauração do bioma Mata
Atlântica, entre outras soluções de incentivo à economia de baixo carbono.
O relatório completo pode ser acessado no link http://www.rio2016.com/jogo-aberto/documentos.
Fonte: Agência
Brasil
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