Academias de ginástica poderão
gerar energia elétrica, segundo a Aneel.
por Pedro
Peduzzi, da Agência Brasil
Academia. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Essa ideia será possível a partir da adaptação de
equipamentos, de forma a aproveitar a força motriz humana aplicada durante os
exercícios.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu
no início deste mês o primeiro passo para transformar academias de
ginástica em micro ou minigeradoras de energia elétrica. Isso será possível a
partir da adaptação de equipamentos, de forma a aproveitar a força motriz humana
aplicada durante os exercícios.
Por enquanto, a autorização da Aneel vale apenas
para academias públicas, disponibilizadas nas ruas pela prefeitura do Rio de
Janeiro. Elas fazem parte de um projeto piloto, em parceria com a empresa
Adabliu Eventos e a concessionária Light Serviços de Eletricidade. “Toda
energia gerada será computada e compensada nas instalações da prefeitura”,
informou o relator do processo na Aneel, Reive Barros dos Santos.
“Trata-se do reaproveitamento de energia. Ela seria
desperdiçada, caso não fossem utilizados sistemas de conversão eletromecânica
do trabalho durante a prática desportiva e injeção de eletricidade na rede de
distribuição de energia elétrica”, acrescentou.
Em abril de 2015, o projeto será avaliado, podendo,
então, ser ampliado para outros empreendimentos.
“Temos exemplos de experiência
internacional com valores significativos [de energia gerada]. Como se trata de
projeto inovador, demos prazo de 180 dias para avaliar se realmente [o
potencial] é significativo”, salientou o diretor da Aneel.
Segundo ele, há possibilidade de o projeto se
estender a outros empreendimentos, inclusive privados. “Se o resultado for
satisfatório, é possível replicar a experiência em outras empresas autorizadas
pela Aneel. O que fizemos foi incluir na Resolução Normativa 482/12 [que criou
o sistema de compensação de energia elétrica] a energia obtida a partir da
força de tração humana. Imagino que, se o resultado for exitoso, é natural que
alcance outras empresas e academias privadas”.
Reive Barros observou que empreendimentos
interessados em gerar esse tipo de energia precisa, antes, de autorização da
agência. “Por conta do material elétrico utilizado, as academias privadas são
grandes consumidores de energia. Nesse caso, o equipamento só atenderá
parcialmente às necessidades energéticas. No entanto, poderá representar uma
forma de diminuir despesas com energia”, acrescentou.
* Edição: Armando Cardoso.
Fonte: Agência Brasil
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