Aquecimento global pode subir de
1,5°C para 4°C até 2100, alerta relatório do Banco Mundial.
A publicação mostra como a elevação das
temperaturas globais está afetando cada vez mais a saúde e os meios de
subsistência das populações mais vulneráveis.
Poluição do ar causada por usina a carvão em
Kosovo. Foto: Banco Mundial/L. Aliu.
O novo relatório “Diminuir
o Calor: Confrontando o novo padrão climático“, publicado pelo Banco
Mundial no último domingo (23) alerta que se o mundo não agir imediatamente para mitigar o aquecimento global, é
provável que até o final deste século o aquecimento suba em relação aos níveis
pré-industriais de 1,5°C – segundo a previsão atual – para 4°C.
A publicação mostra como a elevação das
temperaturas globais está afetando cada vez mais a saúde e os meios de
subsistência das populações mais vulneráveis, ampliando de maneira drástica os
problemas que cada região vem enfrentando atualmente.
A zona costeira da América Latina e o Caribe, o
Oriente Médio e o Norte da África e algumas partes da Europa e da Ásia Central
são as regiões destacadas no relatório a estarem expostas ao mesmo risco: o
calor extremo.
Segundo a publicação, em áreas centrais de produção
agrícola, à medida que a produtividade agrícola diminui devido à seca, os
recursos hídricos se alteram e os meios de subsistência de milhões de pessoas
são postos em risco.
Já em áreas costeiras, o derretimento das geleiras
pode subir o nível do mar desde o período pré-industrial para mais de 30 cm até
2100 e causar fortes inundações em cidades e comunidades. Além disso, se este
“novo padrão climático” persistir, podem surgir alterações irreversíveis e em
grande escala.
“Este relatório confirma o que os cientistas já vinham
dizendo, que as emissões do passado estabeleceram uma trajetória inevitável
rumo ao aquecimento nas próximas duas décadas, o que afetará mais seriamente os
mais pobres e os mais vulneráveis do mundo”, afirmou o presidente do Banco
Mundial, Jim Yong Kim, acrescentando que desde os tempos pré-industriais até
agora o aquecimento mundial já é 0,8°C mais alto.
“A boa notícia é que podemos tomar medidas para
reduzir o ritmo da mudança climática e promover o crescimento econômico,
medidas essas que acabarão por interromper essa perigosa trajetória que estamos
seguindo”, ressaltou.
Para acessar o relatório, na versão em inglês, clique
aqui
Fonte: ONU
Brasil
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