sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Às vésperas de completar 450 anos, Rio de Janeiro tenta ser mais sustentável.
por Redação do WWF Brasil
Cristo Redentor, Rio de Janeiro. Foto: © © Anand Gopal / WWF-Canon.

O Fórum Carioca de Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Sustentável é um instrumento participativo, formado por representantes dos governos, sociedade civil e academia e que tem o objetivo de discutir propostas de sustentabilidade e políticas públicas para o meio ambiente. Em parceria com a Coppe/UFRJ, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou recentemente seu terceiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa com ano base 2012, que serve de base para os trabalhos de mitigação e adaptação.

O Rio de Janeiro caminha para se tornar uma cidade mais sustentável. É o que mostra a relatoria no Registro Climático de Cidades Carbonn, plataforma do ICLEI utilizada para o Desafio das Cidades, uma iniciativa da Rede WWF e em sua segunda edição no Brasil. A capital fluminense é concorrente de novo. 

Como no Desafio passado, as cidades deveriam reportar o desenvolvimento de ações urbanas nos setores de energia, transportes, gestão de resíduos e construções para a transição a uma economia de baixo carbono e com 100% de energias renováveis nas próximas décadas.

Diversos atores, como a sociedade civil, governos locais e nacional e o setor privado estão reunidos para desenvolver um Plano de Adaptação e Resiliência da Cidade do Rio de Janeiro.

A criação do Centro de Operações Rio é uma medida importante neste sentido. Ele integra 30 agências com monitoramento 24 horas da cidade. Está integrado a todos os níveis da administração de crises, desde a antecipação, preparação e redução, até respostas imediatas a eventos como chuvas fortes, deslizamentos e acidentes de trânsito.

No setor de transportes, a nova linha 4 do metrô prevista para funcionar a partir de dezembro de 2015, levará mais de 300 mil pessoas por dia, retirando aproximadamente 2000 veículos das ruas. No início do projeto de ampliação da ciclovias, em 2009, havia 150 km dessas faixas na cidade. Hoje, já são 305 km e a previsão é chegar a 450 km em 2016. Também foi implementado o Rio Bike, sistema de aluguel de bicicletas que pode ser encontrado nas 60 estações com 600 unidades disponíveis.

O Programa BRT, por sua vez, oferece mais rapidez nos transportes públicos, conforto e custo eficiência por meio do desenvolvimento de faixas exclusivas e operações rápidas e frequentes. Agora é possível cruzar os bairros de ônibus com uma redução de tempo de 40%. O tempo de percurso para carros e táxis também diminuiu.

Energia e Carbono

Desde 1997, o projeto de substituição da rede de gás da cidade já reformou 692 km, com a substituição de tubos de ferro fundido por tubos de polietileno para a distribuição de gás pela CEG. Faz parte do projeto de redução de emissões de GEE através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto.

No Aterro de Seropédica, o biogás gerado pelos restos de resíduos é queimado, reduzindo assim as emissões de gás metano, que tem um poder de aquecimento 21 vezes maior que o CO2.

A prefeitura também faz o mapeamento da situação atual de eficiência energética e sustentabilidade do Centro Administrativo São Sebastião e Anexo, que servirá de base para as intervenções necessárias.

Desafio das Cidades

Trata-se de uma iniciativa concebida pela Rede WWF para homenagear as cidades que estão se tornando lugares mais verdes, de vida mais saudável e sustentável em direção a um futuro de clima mais ameno para o planeta. O objetivo é reconhecer esforços para o desenvolvimento de baixo carbono, as ações em andamento, por que e como relatar os compromissos. Estão convidadas a participar cidades que proponham soluções e planos de mitigação em setores como transportes, habitação, iluminação pública, resíduos e alimentação.


Fonte: WF BWrasil

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