Às vésperas de completar 450
anos, Rio de Janeiro tenta ser mais sustentável.
por
Redação do WWF Brasil
Cristo Redentor, Rio de Janeiro. Foto: © © Anand
Gopal / WWF-Canon.
O Fórum Carioca de Mudanças Climáticas e
Desenvolvimento Sustentável é um instrumento participativo, formado por
representantes dos governos, sociedade civil e academia e que tem o objetivo de
discutir propostas de sustentabilidade e políticas públicas para o meio
ambiente. Em parceria com a Coppe/UFRJ, a Prefeitura do Rio de Janeiro lançou
recentemente seu terceiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa com
ano base 2012, que serve de base para os trabalhos de mitigação e adaptação.
O Rio de Janeiro caminha para se tornar uma cidade
mais sustentável. É o que mostra a relatoria no Registro Climático de Cidades
Carbonn, plataforma do ICLEI utilizada para o Desafio das Cidades, uma
iniciativa da Rede WWF e em sua segunda edição no Brasil. A capital fluminense
é concorrente de novo.
Como no Desafio passado, as cidades deveriam reportar o
desenvolvimento de ações urbanas nos setores de energia, transportes, gestão de
resíduos e construções para a transição a uma economia de baixo carbono e com
100% de energias renováveis nas próximas décadas.
Diversos atores, como a sociedade civil, governos
locais e nacional e o setor privado estão reunidos para desenvolver um Plano de
Adaptação e Resiliência da Cidade do Rio de Janeiro.
A criação do Centro de Operações Rio é uma medida
importante neste sentido. Ele integra 30 agências com monitoramento 24 horas da
cidade. Está integrado a todos os níveis da administração de crises, desde a
antecipação, preparação e redução, até respostas imediatas a eventos como
chuvas fortes, deslizamentos e acidentes de trânsito.
No setor de transportes, a nova linha 4 do metrô
prevista para funcionar a partir de dezembro de 2015, levará mais de 300 mil
pessoas por dia, retirando aproximadamente 2000 veículos das ruas. No início do
projeto de ampliação da ciclovias, em 2009, havia 150 km dessas faixas na
cidade. Hoje, já são 305 km e a previsão é chegar a 450 km em 2016. Também foi
implementado o Rio Bike, sistema de aluguel de bicicletas que pode ser
encontrado nas 60 estações com 600 unidades disponíveis.
O Programa BRT, por sua vez, oferece mais rapidez
nos transportes públicos, conforto e custo eficiência por meio do
desenvolvimento de faixas exclusivas e operações rápidas e frequentes. Agora é
possível cruzar os bairros de ônibus com uma redução de tempo de 40%. O tempo
de percurso para carros e táxis também diminuiu.
Energia e Carbono
Desde 1997, o projeto de substituição da rede de
gás da cidade já reformou 692 km, com a substituição de tubos de ferro fundido
por tubos de polietileno para a distribuição de gás pela CEG. Faz parte do
projeto de redução de emissões de GEE através do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo do Protocolo de Quioto.
No Aterro de Seropédica, o biogás gerado pelos
restos de resíduos é queimado, reduzindo assim as emissões de gás metano, que
tem um poder de aquecimento 21 vezes maior que o CO2.
A prefeitura também faz o mapeamento da situação
atual de eficiência energética e sustentabilidade do Centro Administrativo São
Sebastião e Anexo, que servirá de base para as intervenções necessárias.
Desafio das Cidades
Trata-se de uma iniciativa concebida pela Rede WWF
para homenagear as cidades que estão se tornando lugares mais verdes, de vida
mais saudável e sustentável em direção a um futuro de clima mais ameno para o
planeta. O objetivo é reconhecer esforços para o desenvolvimento de baixo
carbono, as ações em andamento, por que e como relatar os compromissos. Estão
convidadas a participar cidades que proponham soluções e planos de mitigação em
setores como transportes, habitação, iluminação pública, resíduos e
alimentação.
Fonte: WF BWrasil
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