sexta-feira, 14 de novembro de 2014

WWF-Brasil leva para Austrália experiência brasileira com os parques nacionais.
por Redação do WWF Brasil

Vista aérea do Parque Nacional Montanhas do Tucumaque, uma área de conservação criada com o apoio do WWF-Brasil. Foto: © WWF-Brazil / Alex Silveira.

A cada dez anos, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) reúne especialistas de todo o mundo para discutir a situação das áreas protegidas existentes ao redor do planeta. Este ano, o Congresso Mundial de Parques será realizado em Sydney, na Austrália, de 12 a 19 de novembro sob o lema: Parques, pessoas e planeta: inspirando soluções.

Já estão confirmados participantes de 168 países em um evento preparado para quase cinco mil pessoas. A contribuição do WWF-Brasil será levar ao congresso reflexões sobre a experiência brasileira na gestão de áreas protegidas e a conexão entre conservação e economia.

No Brasil, são mais de 2 mil áreas protegidas que abrigam uma extraordinária soma de biodiversidade, recursos hídricos e serviços ecossistêmicos, mas que ainda não entram nas contas públicas – e privadas – como um dos principais ativos econômicos de que a Nação dispõe. Sem contar que essas áreas são vistas por alguns setores políticos e econômicos como empecilhos ao desenvolvimento.

“Os parques nacionais devem ser protegidos, não só pelos seus valores intrínsecos, mas pelo que podem contribuir à economia e à qualidade de vida de todos os brasileiros. Isso tem de estar internalizado nas políticas públicas e fazer parte da preocupação das empresas”, ressalta Jean François Timmers, superintendente de Políticas Públicas do WWF-Brasil.

Por isso, uma das discussões que o WWF-Brasil levará ao Congresso Mundial de Parques é uma análise sobre os sistemas de áreas protegidas em economias emergentes e o papel do setor privado na criação e gestão dessas áreas protegidas.

“O congresso será uma oportunidade para discutirmos com outros países os desafios comuns e soluções possíveis para que as áreas protegidas sejam consideradas e integradas na economia nacional a partir do reconhecimento de sua biodiversidade e demais serviços ambientais como importantes ativos econômicos”, ressalta Timmers.

Segundo ele, o Brasil tem um dos maiores sistemas de áreas protegidas do mundo, mas seu potencial de contribuir para a economia nacional é pouco explorado. Durante o congresso, o WWF-Brasil irá promover eventos paralelos junto com outras organizações para discutir a integração entre economia e conservação e propor uma agenda mínima para fortalecimento dessas áreas nos próximos quatro anos.

Também faz parte da programação do WWF-Brasil no evento discutir formas de favorecer ao cidadão o contato com os parques nacionais, mesmo que isso se dê virtualmente. Por isso, um dos eventos paralelos promovidos pela organização durante o congresso irá tratar de tecnologia e uso público como forma de aproximar a sociedade das áreas protegidas. No evento, será lançado o Movimento Caminhos da Mata Atlântica, que consiste em promover o engajamento social para trazer a Mata Atlântica que o bioma passe a fazer para aparte da vida das pessoas.

O WWF-Brasil também participará de evento do programa Áreas Protegidas da Amazônia – (ARPA), considerado a maior iniciativa de conservação de florestas tropicais do mundo, com cerca de 52 milhões de hectares protegidos. O programa conduzido pelo governo brasileiro tem o apoio da ONG.

Alguns resultados inéditos, como a compilação do conhecimento de biodiversidade nas unidades de conservação brasileiras e uma pesquisa nacional sobre o que o brasileiro conhece e pensa das áreas protegidas também serão lançados durante o evento.


Fonte: WWF Brasil

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