WWF-Brasil leva para Austrália
experiência brasileira com os parques nacionais.
por
Redação do WWF Brasil
Vista aérea do Parque Nacional
Montanhas do Tucumaque, uma área de conservação criada com o apoio do
WWF-Brasil. Foto: © WWF-Brazil / Alex Silveira.
A cada dez anos, a União Internacional para a
Conservação da Natureza (UICN) reúne especialistas de todo o mundo para
discutir a situação das áreas protegidas existentes ao redor do planeta. Este
ano, o Congresso Mundial de Parques será realizado em Sydney, na Austrália, de
12 a 19 de novembro sob o lema: Parques, pessoas e planeta: inspirando
soluções.
Já estão confirmados participantes de 168 países em
um evento preparado para quase cinco mil pessoas. A contribuição do WWF-Brasil
será levar ao congresso reflexões sobre a experiência brasileira na gestão de
áreas protegidas e a conexão entre conservação e economia.
No Brasil, são mais de 2 mil áreas protegidas que
abrigam uma extraordinária soma de biodiversidade, recursos hídricos e serviços
ecossistêmicos, mas que ainda não entram nas contas públicas – e privadas –
como um dos principais ativos econômicos de que a Nação dispõe. Sem contar que
essas áreas são vistas por alguns setores políticos e econômicos como
empecilhos ao desenvolvimento.
“Os parques nacionais devem ser protegidos, não só
pelos seus valores intrínsecos, mas pelo que podem contribuir à economia e à
qualidade de vida de todos os brasileiros. Isso tem de estar internalizado nas
políticas públicas e fazer parte da preocupação das empresas”, ressalta Jean
François Timmers, superintendente de Políticas Públicas do WWF-Brasil.
Por isso, uma das discussões que o WWF-Brasil
levará ao Congresso Mundial de Parques é uma análise sobre os sistemas de áreas
protegidas em economias emergentes e o papel do setor privado na criação e gestão
dessas áreas protegidas.
“O congresso será uma oportunidade para discutirmos
com outros países os desafios comuns e soluções possíveis para que as áreas
protegidas sejam consideradas e integradas na economia nacional a partir do
reconhecimento de sua biodiversidade e demais serviços ambientais como
importantes ativos econômicos”, ressalta Timmers.
Segundo ele, o Brasil tem um dos maiores sistemas
de áreas protegidas do mundo, mas seu potencial de contribuir para a economia
nacional é pouco explorado. Durante o congresso, o WWF-Brasil irá promover
eventos paralelos junto com outras organizações para discutir a integração
entre economia e conservação e propor uma agenda mínima para fortalecimento
dessas áreas nos próximos quatro anos.
Também faz parte da programação do WWF-Brasil no
evento discutir formas de favorecer ao cidadão o contato com os parques
nacionais, mesmo que isso se dê virtualmente. Por isso, um dos eventos
paralelos promovidos pela organização durante o congresso irá tratar de
tecnologia e uso público como forma de aproximar a sociedade das áreas
protegidas. No evento, será lançado o Movimento Caminhos da Mata Atlântica, que
consiste em promover o engajamento social para trazer a Mata Atlântica que o
bioma passe a fazer para aparte da vida das pessoas.
O WWF-Brasil também participará de evento do
programa Áreas Protegidas da Amazônia – (ARPA), considerado a maior iniciativa
de conservação de florestas tropicais do mundo, com cerca de 52 milhões de
hectares protegidos. O programa conduzido pelo governo brasileiro tem o apoio
da ONG.
Alguns resultados inéditos, como a compilação do
conhecimento de biodiversidade nas unidades de conservação brasileiras e uma
pesquisa nacional sobre o que o brasileiro conhece e pensa das áreas protegidas
também serão lançados durante o evento.
Fonte: WWF Brasil
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