Futuro
das florestas na América Latina e Caribe dependerá de gestão sustentável.
Mata Atlântica brasileira. Foto:
Wikicommons/Guaráwolf (cc)
Conferência em Lima analisou os avanços na região
para proteger este ecossistema. Desmatamento na região diminuiu de 4,45 milhões
de hectares ao ano para 2,18 milhões, mas continua sendo o segundo mais alto do
mundo.
A gestão das florestas da América Latina e o Caribe
será fundamental para enfrentar o desmatamento regional e erradicar a fome,
duas metas importantes dos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
ressaltou nesta quarta-feira (18) a Organização da ONU para a Alimentação e a
Agricultura (FAO).
Em Lima, especialistas, representantes do governo e
membros da sociedade civil se encontraram durante a 29ª Reunião da Comissão
Florestal para a América Latina e o Caribe (COFLAC) para avaliar os avances em
políticas públicas que favoreçam a boa administração desses ecossistemas. A
cada ano, os países latino-americanos e caribenhos perdem 2 milhões de hectares
de florestas. No entanto, o ritmo está desacelerando. Por ano deixou de perder
4,45 milhões de hectares entre 1990-2000 passando a 2,18 milhões de hectares,
nos registros entre 2010-2015.
“Nos últimos anos, temos visto avanços
significativos na redução do desmatamento devido aos esforços para promover a
gestão florestal sustentável e a implementação de políticas de conservação dos
recursos naturais”, disse o representante de Florestas da FAO, Jorge Meza. Este
compromisso ajudou a reduzir pela metade a taxa de desflorestamento, explicou
Meza, ressaltando os esforços brasileiros neste sentido. Mesmo assim, pontuou,
esta perda continua sendo a segunda maior do mundo.
Os participantes da COFLAC destacaram o papel das
florestas na segurança alimentar e nutricional, como provedora de alimentos
para uma grande parcela da população, e no combate à pobreza, graças aos
rendimentos obtidos pelos trabalhadores rurais. Estes ecossistemas também
desempenham uma função importante na absorção de carbono, atividade que ajuda a
mitigar os efeitos do aquecimento global.
O encontro também reconheceu os avanços alcançados
em Cuba, República Dominica, Porto Rico e Trinidad e Tobago, com um crescimento
em área florestal, devido, principalmente, ao fim de plantações de cana de
açúcar e terras agrícolas. No resto da região da América Latina, Costa Rica e
Uruguai foram os únicos dois países que conseguiram apresentar um
reflorestamento notável entre 2010 e 2015.
Fonte: ONU Brasil
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