segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

América Latina e Caribe criam rede pública pioneira de abastecimento e comercialização de alimentos.
Agricultores familiares no Rio de Janeiro. Foto: GERJ/Paulo Filgueiras.

Brasil é um dos primeiros países a aderir à rede, uma iniciativa fundamental para alcançar a fome zero na América Latina e Caribe. Rede proporcioná aos agricultores familiares venda de produtos a preços mais justos.

A Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciou nesta terça-feira (24) a criação da primeira rede regional na América Latina e o Caribe de distribuição e comercialização de alimentos. Na ocasião, a agência da ONU destacou que a existência de sistemas públicos de abastecimento e comércio possibilita a oferta estável de alimentos e seu acesso à população mais vulnerável.

Brasil, Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador e São Vicente e Granadinas são os primeiros membros desta rede, que vai garantir que os alimentos cheguem àqueles que mais precisam e que os agricultores familiares vendam seus produtos a preços justos.

“Através de estes sistemas, o setor público pode dinamizar as economias locais, criar reservas de alimentos, incentivar a agricultura familiar e abastecer seus programas de proteção social e alimentação escolar”, explicou a representante da FAO, Tania Santiváñez.

Produtores familiares geram até 80% dos alimentos de consumo local em alguns países da região. No entanto, atualmente, existe pouca coordenação entre eles e os sistemas públicos de fornecimento de produtos agrícolas. Além de estimular esta produção e garantir preços justos, a rede protege os agricultores familiares dos efeitos de desastres naturais, econômicos ou desequilíbrios de mercado.

A criação da rede é um passo-chave para avançar na estratégia de chegar a fome zero na América Latina e o Caribe e forma parte das ações do Plano para a Segurança Alimentar, Nutrição e de Erradicação da Fome da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e do Caribe (CELAC), o principal acordo político que busca acabar com a subalimentação me todos os países da região até o ano 2025.


Fonte: ONU Brasil

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